Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

segunda-feira, 28 de maio de 2012

COVARDIA NO RIO - Criança diz que a professora enfiou sua cabeça na privada


Mãe de menina de 5 anos denuncia o suposto crime, que não teria sido o primeiro na creche

POR FRANCISCO EDSON ALVES
JORNAL O DIA

Rio - O suposto castigo sofrido por uma menina de 5 anos na Creche Comunitária Cidadão do Futuro, no bairro Porto da Pedra, em São Gonçalo, virou caso de polícia. Os pais registraram queixa na 73ª DP (Neves), acusando a professora da criança de ter enfiado a cabeça da garota dentro de um vaso sanitário, para puni-la por mau comportamento na última quarta-feira.

Renata e sua filha: ela e o marido registraram queixa na 73ª DP (Neves) | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia

A mãe da menina, a funcionária pública Renata de Jesus Lima, de 37 anos, contou que no dia 23 notou que a filha — aluna do pré-escolar da creche, administrada por uma ONG — estava muito agitada. “Em casa, ela pedia para tirá-la da escola. Ao perguntar o motivo, falou: ‘A tia disse que eu fiz bagunça e botou minha cara dentro da privada para eu ver bactérias de perto’”.

Acompanhada do marido, Caíque de Oliveira, 33, Renata foi à creche. “A professora disse que minha filha era muito levada e que tinha mesmo que sofrer aquele tipo de castigo. Procurei a polícia na hora”, afirmou Renata. “Encaminhamos o assunto ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público. Vamos processar a professora e a direção”, completou Caíque.

Outro possível crime, de abuso sexual, que teria sido praticado por uma professora contra um menino de 4 anos, no dia 7 deste mês, na mesma escola, também foi registrado na delegacia. O garoto teria sofrido lesão no pênis, supostamente puxado pela agressora.

Diretora da instituição nega a acusação

Procurada ontem pelo DIA, a diretora da creche, Luzia Simões, não foi encontrada. Em entrevista à TV Record, porém, negou que a menina tenha sofrido qualquer tipo de castigo e disse que “era tudo mentira” da aluna. “De maneira nenhuma uma professora cometeria essa barbaridade. A mãe esteve aqui e admitiu que a criança tem o hábito de mentir”, argumentou a diretora.

Os pais e algumas testemunhas já prestaram depoimentos. O delegado da 73ª DP, Luiz Antônio Ferreira, disse estar apurando rigorosamente indícios de dois tipos de crimes: de injúria e maus tratos, no caso da menina, e estupro de vulnerável, em relação ao garoto. “São duas acusações gravíssimas em menos de 20 dias. Agora vamos ouvir as professoras supostamente envolvidas e os diretores da creche”, avisou o delegado.

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