Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

quarta-feira, 3 de março de 2010

HOMENAGEM : ZICO - O GALINHO DE QUINTINO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Zico Futebolista
Zico.JPG
Zico na comissão do CSKA Moscou.
Informações pessoais
Nome completo Arthur Antunes Coimbra
Data de nasc. 3 de março de 1953 (57 anos)
Local de nasc. Rio de Janeiro (RJ), Brasil
Altura 1,72 m
Peso 72 kg
Apelido Zico
Galinho de Quintino
White Pelé ("Pelé Branco")
サッカーの神様 ("Deus do Futebol", no Japão)
Kral Arthur ("Rei Artur", na Turquia)
Informações atuais
Clube atual Sem clube
Posição Treinador (ex-meia)
Clubes de juventude
19671971 Brasil Flamengo
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
19711983
19831985
19851989
19911994
Brasil Flamengo
Flag of Italy.svg Udinese
Brasil Flamengo
Flag of Japan.svg Kashima Antlers
00637 (438)
00079 0(56)
00094 0(30)
00088 0(54)
Seleção nacional
19761989 Brasil Brasil 00094 0(68)
Times que treinou
Anos Clubes Jogos
1999[1]
???[1]
20022006[1]
20062008[1]
20082009[1]
2009[1]
20092010
Flag of Japan.svg Kashima Antlers
Brasil CFZ
Flag of Japan.svg Japão
Flag of Turkey.svg Fenerbahçe
Flag of Uzbekistan.svg Bunyodkor
Flag of Russia.svg CSKA Moscou
Grécia Olympiakos
015 (10V, 02E, 03D)
003 (00V, 03E, 00D)
072 (38V, 15E, 19D)
117 (71V, 28E, 07D)
013 (10V, 01E, 02D)
035 (20V, 05E, 010D)
021 (12V, 04E, 05D)
Última atualização: 22 de janeiro de 2010
Arthur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico (Rio de Janeiro, 3 de março de 1953), é um treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava como meia. Atualmente está sem clube.
Notabilizou-se como o carismático líder da vitoriosa trajetória do Flamengo nas décadas de 1970 e 80, com ápice nas conquistas da Taça Libertadores da América e do Campeonato Mundial de Clubes pela equipe carioca, além de quatro títulos no Campeonato Brasileiro; e em suas participações pela Seleção Brasileira nas Copas de Espanha 1982 e México 1986.
É considerado por muitos especialistas, profissionais do esporte e, em especial, pelos torcedores do Flamengo, o maior jogador brasileiro da história do clube e o maior futebolista brasileiro desde Pelé. Não são poucos, também, os que o consideram como o melhor jogador de futebol dos anos 1980, sendo chamado frequentemente no exterior de "Pelé Branco". É o maior artilheiro da história do estádio do Maracanã, com 333 gols em 435 partidas. Marcou 135 gols em campeonatos brasileiros.
Foi eleito como o terceiro maior jogador brasileiro do século XX, o sétimo maior da América do Sul e o décimo quarto entre todos do Mundo, segundo a FIFA. É um dos quatro brasileiros a figurar no Hall da fama da FIFA (os outros são Pelé, Garrincha e Didi). Foi eleito o nono maior jogador do século XX pela revista France Football, e o nono Brasileiro do Século no esporte, segundo pesquisa realizada pela revista IstoÉ.
Zico tem também a nacionalidade portuguesa.[2]

Índice

O início de sua carreira

Zico jogava num pequeno time de futebol de salão formado por amigos e familiares, o Juventude de Quintino, do bairro de Quintino Bocaiuva, na zona norte do Rio de Janeiro. Além do Juventude, ele passou a praticar o esporte conhecido hoje como futsal no Ríver Futebol Clube, tradicional clube da Piedade, onde um dos professores era Joaquim Pedro da Luz Filho, Seu Quinzinho. No Ríver, seu futebol ainda menino chamou a atenção.
Mas seu primeiro clube de futebol de campo foi o Flamengo, para onde se transferiu aos catorze anos de idade, quando em 1967 o radialista Celso Garcia, amigo da família, assistiu uma partida de Zico em um torneio no Ríver, onde jogava com a camisa do Santos,[3] em que o garoto marcou dez gols em vitória de 14 x 4 de seu time. Garcia o levou para a escolinha de futebol do clube.

Flamengo

Primeiros Anos

Zico só estreou no time principal em 1971, em uma partida contra o Vasco da Gama, cujo placar terminou 2 a 1 para o time rubronegro, em que o debutante deu o passe para Fio Maravilha marcar o gol da vitória.[4] Zico só foi se firmar como titular na equipe em 1974, depois de passar por uma intensa preparação física que incluía dedicação de boa parte de seu dia, desde quando chegou ao clube, em 1967 (quando ainda estava na escola), a um trabalho de fortalecimento muscular, devido ao corpo antes franzino.[5] E devido ao seu franzino corpo de início de carreira e de seu bairro de origem (Quintino) ganhou o carinhoso apelido de "Galinho de Quintino".
Ainda atuando pelo time juvenil, participou de duas partidas pela equipe principal do Flamengo no Campeonato Carioca de 1972, o bastante para conquistar seu primeiro título como profissional. Ainda demoraria, entretanto, dois anos para firmar-se no elenco e enterrar a imagem de um jogador de físico fraco, que sucumbia à primeira pancada dos adversários.[5] Após esses dois anos, em 1974 (quando também recebeu a camisa 10), começava a demonstrar futebol empolgante, com dribles, lançamentos e arrancadas fulminantes em direção ao gol e também a habilidade que lhe caracterizaria, a de cobrar milimetricamente as faltas que batia.[5]
Neste ano, conquistou seu segundo Carioca pelo Flamengo, o primeiro como titular e camisa 10, liderando uma equipe jovem em decisões contra as equipes mais experientes de Vasco e América[5](onde há época jogava seu irmão Edu). No Campeonato Brasileiro, recebeu sua primeira Bola de Ouro da Revista Placar, eleito pela publicação o melhor jogador do campeonato.
Nos três anos seguintes, entretanto, Zico viu rivais comemorarem o título estadual: o Fluminense de Rivellino foi bicampeão em 1975 e 1976 e, mais dolorosamente, o Vasco levou a taça em 1977 após decisão por pênaltis contra o Flamengo, em que Zico, tendo a chance de dar o título a seu clube se convertesse sua cobrança, perdeu. A série de pênaltis prosseguiria e terminaria em vitória vascaína..[6]

A "Era Zico"

A partir de 1978, entretanto, o Flamengo ingressaria em um período áureo sob o comando em campo de Zico. Com um futebol quase perfeito, só possível de ser parado com violência,[5] Zico conquistou um tricampeonato carioca, o terceiro do clube, nas edições daquele ano com as duas realizadas em 1979, mesmo ano em que o time conquistaria o prestigiado torneio amistoso Ramón de Carranza, com destaque para a vitória por 2 x 1, em que ele marcou um dos gols, sobre o Barcelona de Johan Neeskens, Allan Simonsen, Hans Krankl e Carles Rexach.[7] Em 1979 ele também marcou seu 245º gol, em partida contra o Goytacaz, superando Dida como o maior artilheiro da história do Flamengo.
No ano seguinte, viria finalmente o inédito título no Campeonato Brasileiro. As finais foram contra o Atlético Mineiro de Reinaldo, Toninho Cerezo e Éder. Contundido, Zico não jogou a primeira partida, em que os alvinegros venceram, no Mineirão, por 1 x 0. Voltou ao time no jogo de volta, no Maracanã, tendo dado passe para o primeiro gol e marcando o segundo do Flamengo na vitória por 3 x 2 que lhe deram pela primeira vez às suas mãos a taça de campeão nacional.[8] Ainda em 1980, Zico conquistaria com o Flamengo outros dois torneios amistosos europeus: o Torneio Astúrias e Algarve, com vitórias sobre Real Sociedad e Spartak Sófia; e um bi no Ramón de Carranza, passando por Dínamo Tbilisi e Real Betis.[9]
Com o título nacional, o clube credenciou-se pela primeira vez para disputar a Taça Libertadores da América. Na fase de grupos, o Flamengo teve que novamente superar o Atlético, em partida-desempate marcada pela expulsão de cinco jogadores do adversário, o que deu a vitória aos rubronegros após apenas dez minutos de jogo.[10] O time chegou à decisão, onde enfrentaria os chilenos do Cobreloa. Zico marcou os dois gols na vitória por 2 x 1 na partida de ida, no Maracanã. A de volta, no Chile, foi marcada pela enorme violência dos rivais, especialmente de seu zagueiro Mario Soto, que agrediu com um anel afiado os flamenguistas Andrade e Lico. Os chilenos venceram por 1 x 0 e, pelo regulamento da época, o troféu seria decidido em campo neutro, que foi em Montevidéu, no Estádio Centenário. Zico novamente marcou os dois gols da vitória, dessa vez de 2 x 0, o segundo deles, a dez minutos do fim, em uma de suas mais inesquecíveis cobranças de falta.[11]
O título continental foi seguido por mais um Carioca, sobre os rivais do Vasco, em partida dedicada ao técnico Cláudio Coutinho, falecido antes do primeiro jogo da decisão. O Campeonato Carioca já havia reservado a alegria de ter imposto uma goleada de 6 x 0 sobre o Botafogo, devolvendo uma derrota de nove anos antes que ainda ressoava entre as duas torcidas. O ano mágico de 1981 terminava da melhor forma possível: da decisão estadual, o time foi para Tóquio enfrentar os britânicos do Liverpool no Mundial Interclubes.
A equipe inglesa era amplamente favorita: nos últimos oito anos, havia conquistado cinco vezes o campeonato inglês, uma Copa da UEFA e três Copa dos Campeões da UEFA, possuindo um elenco de respeitados jogadores das Seleções Inglesa e Escocesa, que não deixaram de fitar com superioridade os brasileiros no vestiário, antes da partida.[12][13][14] O título mundial, que até então só havia vindo ao Brasil por meio do Santos de Pelé, foi conquistado após exibição primorosa do Flamengo, que venceu por 3 x 0. Os três gols, marcados todos ainda no primeiro tempo, saíram de jogadas de Zico: no primeiro e no terceiro, por assistência direta a Nunes e, no segundo, marcado por Adílio, após cobrança de falta do Galinho rebatida pelo goleiro adversário Bruce Grobbelaar. Eleito o melhor em campo mesmo sem ter marcado, recebeu como premiação individual um cobiçado carro esporte da patrocinadora da partida, a Toyota.[5] Ainda antes da partida, ao ser indagado sobre o favoritismo dos britânicos, teria dito: "eles são favoritos sim, mas para o segundo lugar, o que é até muito honroso". Durante ela, desesperado, o goleiro Grobbelaar gritava ao zagueiro e capitão Phil Thompson: "Joga o Zico para longe, Thompson, joga o Zico para longe, em nome de Deus!". Após, o técnico adversário, Bob Paisley, declarou: "Vocês jogam um jogo que desconhecemos. Vocês dançam, isso devia ser proibido".[15]
A Era de Ouro no Flamengo prosseguiu no ano seguinte, em que o clube conquistou o único título que faltara em 1981, o Campeonato Brasileiro, em campanha destacada por vitórias fora de casa, mais uma resposta às críticas de que o time (e Zico) só jogavam bem no Maracanã:[16] dois 4 x 3, sobre Náutico e São Paulo; dois 3 x 2 sobre o Internacional e Guarani - nesta partida, Zico marcou os três gols da vitória.[16] Para completar, A taça também foi conquistada fora de casa, contra o Grêmio, em vitória por 1 x 0 com nova assistência de Zico a Nunes. O Galinho já havia sido heroi no primeiro jogo da decisão, marcando um gol de trivela no canto esquerdo de Emerson Leão, empatando uma partida em casa que já estava acabando.[16]
Em 1983, o Flamengo igualava-se aos gaúchos do Internacional como maior vencedor do Brasileirão, conquistando seu terceiro título. O sabor foi mais especial por ter eliminado no caminho o Vasco, nas quartas-de-final, com Zico marcando o gol do empate (que garantia a classificação flamenguista) aos 44 minutos do segundo tempo.[17] As finais foram contra o Santos. Os paulistas, que aspiravam a seu primeiro título no torneio, haviam vencido o jogo de ida por 2 x 1. Na volta, jogando machucado,[18] Zico ruiu o sonho santista ao marcar antes do primeiro minuto, em partida terminada em vitória rubronegra por 3 x 0. Zico ergueu a taça consciente de que seria sua até então última partida pelo Flamengo: embora ainda não divulgada a transferência, o Galinho já sabia se sua venda para a equipe italiana da Udinese,[18] em transferência já acertada um mês antes da decisão e mantida em sigilo para eventuais protestos da torcida não atrapalharem a caminhada rumo ao título.[19]

Volta

Após duas temporadas na Itália, Zico voltou no segundo semestre de 1985 ao time do coração. Os festejos, entretanto, deram lugar à agonia pouco depois, após sofrer falta desleal de Márcio Nunes, em partida contra o Bangu. A pancada devastou suas pernas: Zico teve torções nos dois joelhos e no tornozelo esquerdo, contusão na cabeça do perônio esquerdo e profundas escoriações na perna direita.[20] Teve de se submeter a três cirurgias no joelho esquerdo e a longo período de recuperações devido as consequentes problemas musculares. Só optou por elas pois teria de encerrar a carreira se não as fizesse.
"Decidi tentar, pois não admitia a ideia de ser obrigado a abandonar os campos. Queria um dia parar com o futebol e não o futebol parar comigo", declarou Zico que, em virtude da recuperação, teve a curvatura da perna esquerda alterada, tendo de alterar também a sua forma de pisar.[20] Havia também a motivação extra pela realização de nova Copa do Mundo, no ano seguinte. Para voltar a jogar, teve de suportar até oito horas diárias na sala de musculação da Gávea, lutando para conseguir novos centímetros para a perna esquerda, que sofrera atrofia.
A resposta aos que já o consideravam ex-jogador veio em fevereiro de 1986, às vésperas da Copa, em um Fla x Flu. Os festejos rubronegros antes da partida eram destinados à estreia de Sócrates como jogador do Flamengo, naquele dia.[21] Após o jogo, as comemorações deram-se em função da atuação de gala de Zico, que marcou três gols - um de falta - na vitória flamenguista por 4 x 1.[22] No Flamengo, a recompensa viria com o título estadual naquele ano e, no seguinte, com o tetracampeonato brasileiro, com a conquista do módulo verde da Copa União, já com ele tendo alterado seu estilo de jogo: substituiu seu ímpeto pela cadência, os dribles rumo ao gol por toques de primeira e lançamentos.[5]
A taça de 1987 seria a última taça levantada pelo Galinho no Flamengo. Sua última partida profissional terminou da melhor forma: em inesquecível goleada de 5 x 0 sobre o Fluminense, em Juiz de Fora, em jogo em que Zico não poupou dribles, lançamentos e um novo inesquecível gol de sua especialidade: "Era tudo o que queria. Terminar com um gol e justo do jeito que eu mais gosto: de falta".[23]

Udinese

Cobiçado por clubes mais tradicionais do país, como Roma e Juventus, sua ida à modesta equipe de Friuli causou escândalo no resto da Itália. A Federação chegou a suspender a compra, orçada em 4 milhões de dólares (em valores da época) - o maior valor pago até então no país por um jogador -, o que revoltou os moradores de Udine, que começaram a disparar mensagens de separatismo. O lema era "ou Zico ou Áustria!", uma referência à época em que a região pertencia ao Império Austríaco.[24] A ameaça foi levada a sério pelo presidente da Federação, Sandro Pertini, que enfim acatou a compra de Zico.
O Galinho chegou a Udine tratado desde logo como um rei.[24] Mesmo assim, manteve sua postura humilde e profissional, procurando deixar todos à vontade: um dos reservas do time, Pradella, chegara a ter calafrios e desarranjos intestinais na primeira vez em que foi escalado para jogar ao lado do brasileiro.[25] Dedicado a ajudar o clube a conseguir o título na Serie A, Zico fez sua parte, liderando um time fraco a uma honrosa nona colocação na temporada 1983/84, a quatro pontos do time que ficou na quarta (a Internazionale), que daria vaga para a Copa da UEFA. Zico marcou 19 gols, apenas um atrás na artilharia do campeonato, que ficou com Michel Platini, da campeã Juventus. O detalhe é que o francês jogou seis partidas a mais,[25] muito por conta de uma lesão que Zico sofrera em amistoso contra o Brescia.[24]
Jogando muitas vezes machucado, sabendo da dependência que o time tinha em relação a ele, Zico começou a se desencantar com os dirigentes do clube, que haviam prometido formar uma equipe forte o capaz para brigar pelo título, o que não vinha acontencendo - além dele, os únicos jogadores com certo reconhecimento eram seu colega de Seleção (e futuramente também de Flamengo) Edinho e um reserva da Seleção Italiana, Franco Causio, com quem fazia dupla no meio-de-campo. Começou a sonhar com sua volta ao Flamengo.[25] A segunda temporada acabou marcada pela luta para não cair, com ele jogando apenas quinze vezes, ainda assim marcando doze.[25] Outro motivo para o seu desejo em ir embora era o processo que sofria na Justiça Italiana por supostamente enviar ilegalmente dinheiro ao Brasil, que só mais tarde terminaria em sua absolvição.[24] Em recente entrevista à revista inglesa FourFourTwo, Zico esclareceu o ocorrido:
Cquote1.png Assinei um contrato de uso de imagem no Brasil e, na Itália, o presidente da Udinese acertou um outro contrato de publicidade. Seria preciso uma autorização da receita federal italiana para que eu pudesse fazer publicidade na Itália. Respeitei isso e cumpri meu outro contrato. Mas aí os agentes da receita entraram com uma ação contra mim e tive que apelar. Mostrei, então, o contrato que tinha assinado no Brasil, que respeitava as leis brasileiras, e provei que pagava impostos corretamente. O engraçado é que acabei pagando mais impostos do que um cidadão de Udine normalmente pagava. Paguei algo próximo de US$500 000 e fui processado por sonegação devido a um erro contratual. Apelei e fui totalmente absolvido. Era totalmente legal e não fiz nada para evitar pagar meus impostos. Só que a imprensa não mencionava isso.[13] Cquote2.png
Zico não deixou de reproduzir na Itália sua jogada característica, apavorando os goleiros adversários com suas cobranças de falta, gerando até acirrados debates nos programas esportivos nos canais de televisão do país: "Como evitar os gols de Zico?", discutiam.[25] Em sua passagem pela Udinese, Zico marcou 17 gols de falta dentre seus 57 gols.[25] Dos gols "normais", dois são lembrados em especial: o da vitória de 1 x 0, em novembro de 1983, marcado aos 41 minutos do segundo tempo, sobre a então campeã, a Roma, que nunca havia perdido para a Udinese.[26] Outro foi uma bicicleta em sua estreia no mítico Estádio San Siro, em jogo contra o Milan, diminuindo no final da partida o placar para 3 x 2 - ainda arranjaria tempo para dar assistência a Causio para o gol de empate.[24]
Foi também muito aplaudido e teve o seu nome gritado e cantado pelas torcidas adversárias, fato que ocorreu contra o Ascoli, Genoa e Catania.[24] Contra o Ascoli, torcedores, repórteres e até o goleiro adversário o aplaudiram. Em Gênova, o estádio inteiro cantou o seu nome e em Catania os torcedores do time rival não só gritavam e cantavam o seu nome como também torciam por ele: todas as vezes que ele tocava na bola era ovacionado e quando surgia uma falta próximo a área, clamavam para que Zico a cobrasse. Ao terminar a partida, o jogador brasileiro Pedrinho, do Catania, foi indagado por um réporter: "Vocês poderiam ter vencido o jogo?". E ele respondeu: "Como poderíamos se até a nossa torcida estava torcendo pelo Zico?".[24]
Em uma pesquisa realizada em novembro de 2006 pelo jornal italiano La Repubblica[27] sobre os maiores jogadores brasileiros na Itália, Zico aparece em primeiro, à frente de Falcão, Kaká, Careca e Ronaldo, dentre outros. Seu carisma e talento continuaram a ficar no coração do torcedor da Udinese mesmo após sua saída: em 1989, quatro anos após ter deixado o clube (que caíra para a Serie B duas temporadas após o ídolo ter ido embora), lotou o Estádio Comunale del Friuli na partida que marcava a sua despedida da Seleção Brasileira.[25] Vinte anos depois, em novembro de 2009, o Galinho recebeu a cidadania honorária de Udine.[28]
Quem sintetizou de forma mais aprimorada a grande metamorfose operada por ele na cidade foi um jornalista do "Il Gazzettino de Veneza", profissional encarregado de seguir os passos do Galinho, Luigi Maffei.
Cquote1.png Para nós, friulanos, Zico tem o mesmo significado de um motor da Ferrari colocado dentro de um fusca. Sentimo-nos os únicos no mundo a possuir um carro tão maravilhoso e absurdo.[24] Cquote2.png

Seleção Brasileira

Descontado seu jogo de despedida em 1989, em Udine, e partidas por seleções inferiores, Zico atuou por dez anos pelo Brasil, marcando 66 gols em 89 partidas, tendo saído como segundo maior artilheiro da Seleção, atrás apenas de Pelé (depois, foi ultrapassado por Romário).
Disputou três Copas do Mundo, não tendo experimentado o sabor do título mundial. Suas únicas taças pela Seleção foram conquistadas no ano de seu debute, 1976: a Copa Rio Branco e o Torneio Bicentenário dos Estados Unidos (em que marcou, nos 4 x 1 a Itália, um de seus gols mais bonitos, driblando três adversários e chutando de pé esquerdo na meta de Dino Zoff).
Seu debute ocorreu em partida válida pela Rio Branco. Foi contra o Uruguai, em Montevidéu. Marcando gol: com a partida empatada em 1 x 1 e com Rivellino e Nelinho expulsos, Zico fez o gol da vitória em cobrança de falta no final da partida.[29] Apenas em 2009 o Brasil voltaria a vencer a Seleção Uruguaia na casa dela.
Zico foi à Copa do Mundo de 1978 em momento onde ainda se firmava na equipe treinada por Cláudio Coutinho. O que seria seu único gol no torneio terminou mal anulado: no final da segunda partida da primeira fase de grupos, contra a Suécia, o árbitro (o galês Clive Thomas) encerrou a partida no momento em que a bola estava no ar após cobrança de escanteio, antes que o cabeceio dado por Zico a fizesse entrar nas redes. Despediu-se na partida contra a Polônia, a última da segunda fase de grupos, quando sofreu grave problema muscular ao prender o tornozelo em lance com o adversário Zbigniew Boniek[20][30] - se o Brasil passasse à final, Zico não jogaria. A Seleção teve de contentar-se com a decisão do terceiro lugar (conquistado) após ficar empatado em pontos e com menos saldo de gols que a anfitriã Argentina, após a vitória desta por 6 x 0 sobre o Peru, o grande escândalo do torneio.
Um drama talvez maior veio na Copa do Mundo de 1982, onde o Brasil vivia enorme favoritismo. Zico marcou quatro vezes no mundial: de falta contra a Escócia, em jogo em que reencontrou três jogadores do Liverpool contra quem jogara seis meses antes: Alan Hansen, Kenny Dalglish e Graeme Souness; dois contra a Nova Zelândia (um deles, de voleio); e outro contra a Argentina. Na partida contra os rivais, também deu passe para Júnior marcar o terceiro e também envolveu-se no segundo, tendo dado passe para Falcão assistir a Serginho Chulapa. O jogo foi válido já pela segunda fase, onde um grupo formado também pela Itália daria uma vaga para as semifinais. O Brasil foi ao jogo contra os italianos podendo empatar para passar de fase: ambos haviam vencido a Argentina, mas o Brasil o fizera com um gol a mais.
Tudo deu errado na partida decisiva do grupo. O técnico da Azzurra, Enzo Bearzot, já presenciara as habilidades de Zico em 1979, quando treinou a Seleção do Resto do Mundo em amistoso contra a Argentina comemorativo do aniversário de um ano do título do país na Copa de 1978. Zico chegara a Buenos Aires minutos antes da partida, entrando no segundo tempo. Marcou o gol de empate e levou o time da FIFA à vitória de virada[5] Para anular o Galinho, escalou o violento Claudio Gentile, que já parara Maradona, à base de muitas pancadas, na partida contra a Argentina. No único momento em que conseguiu desvencilhar-se da pesada marcação de Gentile, Zico deu o passe para o gol de Sócrates, que empatava a partida em 1 x 1.[24] Em outro momento, o adversário chegou a puxar tão forte a camisa de Zico que terminou por rasgá-la. O lance foi dentro da grande área, mas o pênalti evidente não foi marcado pelo árbitro Abraham Klein. A Itália venceu por 3 x 2 no que Zico, até então empatado com o alemão-ocidental Karl-Heinz Rummenigge na artilharia do mundial (premiação que ficaria com o carrasco Paolo Rossi, que fizera os três gols da vitória italiana naquela partida e faria outros três depois), considera sua "maior frustração no futebol".[31]
A terceira e última Copa de Zico seria a de 1986. O Galinho ainda vivia a desconfiança da crítica em relação a seu estado físico após a lesão provocada por Márcio Nunes, em 1985. Sua resposta pela Seleção viria em abril, em amistoso contra a Iugoslávia. Na vitória brasileira por 4 x 2, marcou outro de seus gols mais bonitos, invadindo a área adversária deixando para trás uma fileira de quatro zagueiros e ainda livrando-se do goleiro antes de concluir para as redes.[23]
Ainda assim, em virtude de sua recuperação, foi ao mundial como reserva. Jogou três das cinco partidas jogadas pelo Brasil na Copa, contra Irlanda do Norte, na primeira fase, com o Brasil já classificado; Polônia, nas oitavas-de-final; e França, nas quartas. Não marcou gols, perdendo a melhor chance que teve para fazê-lo, um pênalti contra os franceses. Zico havia acabado de entrar na partida, já empatada em 1 x 1, e feito sensacional lançamento para Branco, que foi derrubado na grande área pelo goleiro Joël Bats. Como ainda estava frio na partida, Zico foi bater o pênalti relutantemente, ao qual ele mesmo reconheceu ter cobrado mal.[32] O empate perdurou na prorrogação e a vaga nas semifinais foi decidida na série de pênaltis. Escalado para bater novamente, Zico acertou sua cobrança na decisão, mas Sócrates e Júlio César perderiam as suas e o Brasil acabaria eliminado. Foi a última partida oficial do Galinho pelo Brasil - curiosamente, o craque perdeu apenas uma vez pela Seleção em Copas, no fatídico jogo contra a Itália em 1982.
Na Copa do Mundo de 1990, o técnico Sebastião Lazaroni, chegou a conversar com Zico se o jogador não poderia repensar a sua decisão de não disputar a Copa. O Galinho optou por não jogar, tendo outros plantos: naquele ano, durante a presidência de Fernando Collor, foi Secretário Nacional de Esportes, cargo público que exerceu até o ano seguinte.
Pela Seleção Pré-Olímpica, Zico foi durante o torneio classificatório para as Olímpiadas de 1972 um dos destaques da Seleção. Inclusive fez o gol da classificação, porém foi de maneira suspeita cortado dos Jogos. Sua decepção com a ausência lhe fez pensar em parar de jogar, na época.[13]

Voltando a jogar

Em 1991, retornou ao futebol, para disputar o ainda incipiente futebol japonês. No Japão, ele atuou pelo Sumitomo Metals e pelo clube originado deste, o atual Kashima Antlers, de 1991 a 1994, quando deixou definitivamente os campos.
Sua passagem no Japão, junto com outros jogadores famosos já aposentados ou em vias de se aposentar é hoje apontado como uma das maiores razões da popularização e profissionalização do futebol no país, que finalmente promoveria a primeira edição profissional do campeonato japonês em 1993. Na final, contra o Very Kawasaki (atual Tokyo Verdy), recebeu uma das raras expulsões na carreira, ao cuspir na bola por sua irritação com a atuação do árbitro, que estaria favorecendo o adversário (que acabou ficando com o título).[33] Os gols da finais, de qualquer forma, saíram de jogadores inspirados por Zico a jogar no recém-profissionalizado futebol nipônico: pelo Kashima, seu ex-colega de Flamengo Alcindo; pelo Verdy, o ex-adversário de Vasco Bismarck e Kazu, japonês que jogava no Brasil.
Zico aposentou-se após o término da segunda edição da J-League, com o Kashima ficando em terceiro na classificação geral. Mesmo não tendo conseguido taças no Japão, Zico ficou bastante reverenciado no país, que aprendeu a gostar de futebol muito por conta do carisma e atuações do veterano ídolo,[33] que inclusive ganhou uma estátua em sua homenagem por lá.
Zico continuou a jogar futebol um ano após deixar os gramados, mas na areia. De volta ao Brasil, onde fundou o clube que leva o seu nome, o CFZ, participou pela Seleção Brasileira nos dois primeiros campeonatos mundiais do chamado beach soccer (1995 e 1996), sendo campeão e, no primeiro, também o artilheiro.

Treinador

Apesar de ter sido várias vezes convidado a assumir cargos no Flamengo[carece de fontes?], Zico nunca aceitou. Especula-se que isso se deva em grande parte aos rumos tomados pelas administrações do clube carioca, que desde a época de Zico vêm gradativamente acumulando dívidas e maus resultados. Já disse que nunca quer ser técnico do Flamengo para não manchar essa imagem maravilhosa que tem com a torcida[carece de fontes?].

Seleção Japonesa

A partir de Junho de 2002, passou a exercer o cargo de selecionador da Seleção Japonesa, sucedendo o francês Philippe Troussier, que treinara o país na Copa do Mundo daquele ano. Após eliminação na primeira fase na Copa das Confederações de 2003, Zico os nipônicos ao título na Copa da Ásia de 2004. Com o título continental, o Japão credenciou-se a disputar no ano seguinte a Copa das Confederações e, embora eliminado na fase de grupos, não fez feio, tendo ficado perto de eliminar a Seleção Brasileira nesta fase.
O Japão de Zico reencontraria o Brasil no ano seguinte, na Copa do Mundo de 2006, com nova eliminação na primeira fase e um futebol aquém do que se esperava. Zico afirmou que fez o melhor que pôde pela seleção japonesa e que não se arrependeu de nenhuma decisão que tomou[carece de fontes?].

Fenerbahçe

Após a Copa, Zico foi contratado para treinar a equipe turca do Fenerbahçe, ajudando a popularizá-lo no Brasil. Comandando um time cujo elenco contava com vários ex-jogadores do futebol brasileiro (Alex, Edu Dracena, Deivid, Fábio Luciano e, posteriormente, Roberto Carlos, além do naturalizado turco Gökçek Vederson, do uruguaio Diego Lugano e do chileno Claudio Maldonado), ganhou em sua primeira temporada o campeonato turco e, na seguinte, levou a equipe às quartas-de-finais da Liga dos Campeões da UEFA de 2007-08, sendo esta a melhor participação de um clube da Turquia no principal torneio europeu de clubes.

Bunyodkor

Em 22 de Setembro de 2008, foi contratado para treinar a equipe Bunyodkor, do Uzbequistão, clube onde já jogava o astro Rivaldo, substituindo Mirjalol Qosimov, que assumira a Seleção Uzbeque.[34]
Zico ficou apenas pouco mais de quatro meses como técnico do Bunyodkor, o suficiente para trazer mais mídia para o futebol local, para conquistar a Copa do Uzbequistão de 2008,[35] em cima do rival Paxtakor e deixá-la na liderança do campeonato uzbeque, que o clube posteriormente também venceu. Além disso, o clube também chegou às semifinais da Liga dos Campeões da AFC.

CSKA Moscou

Em 9 de janeiro de 2009, anunciou a troca do Bunyodkor pelo CSKA Moscou, substituindo Valeriy Gazzayev.[36] Estreou na fase decisiva da Copa da UEFA contra o Aston Villa e a equipe se classificou para as oitavas-de-final da competição após um empate em 1 a 1 na primeira partida e uma vitória por 2 a 0 no jogo de volta, em casa.[37] Porém na fase seguinte, o seu clube foi eliminado pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e futuro campeão do torneio.
Em 10 de setembro foi demitido do clube.[38]

Olympiacos

Em 16 de setembro, o Olympiakos anunciou sua contratação por dois anos. A decisão foi surpresa até para a família. Zico já assiste a partida contra o AZ Alkmaar, no Estádio Karaiskákis em Atenas, pela Liga dos Campeões da UEFA.[39]
Em 19 de janeiro de 2010, o clube anunciou o "fim de sua cooperação com o treinador" em um breve comunicado no sítio oficial.[40]

Família

Zico descende de portugueses tanto pelo lado materno como pelo lado paterno. O seu avô materno, Arthur[41] Ferreira da Costa Silva era de Oliveira de Azeméis e emigrou para o Rio de Janeiro nos últimos anos do século XIX. Estabeleceu-se com uma fábrica de cerâmica no bairro de Quintino. A mãe de Zico, Matilde Ferreira da Costa Silva (19 de Janeiro de 1919 - 17 de Novembro de 2002), nasceu já no Brasil.
O avô paterno, Fernando Antunes Coimbra, nasceu e viveu a maior parte da sua vida em Tondela. É aí que nasce José Antunes Coimbra (10 de Junho de 1901 - 12 de Novembro de 1986), que viria ser o pai do jogador. José Antunes Coimbra, aos 10 anos de idade, juntamente com sua família, emigra para o Brasil. Ainda que tenha saído de Portugal muito jovem, José sempre guardou uma grande ligação ao seu país de origem. Era, aliás, adepto do Sporting Lisboa, porquanto seguiu durante grande parte de sua vida os relatos dos jogos de seu clube através da rádio.
Matilde Ferreira da Costa Silva e José Antunes Coimbra conheceram-se em 1926, José Antunes tinha 25 anos e era motorista na fabrica de cerâmica do pai de Matilde; esta tinha apenas sete anos de idade. Casaram 17 anos depois, em 1943; ela com 24 anos, ele já com 42. Do casamento nasceram seis filhos, todos homens: Zezé (falecido em 8 de Janeiro de 1997), Zeca, Nando, Edu e Tunico, e finalmente Zico.[42] Zico nasceu na rua Lucinda Barbosa, número 7 em Quintino, às 7h00 de parto natural. O nome Arthur foi escolhido pela mãe por causa de seu avô (que viria a falecer um ano depois).
Zico conheceu Sandra Carvalho de Sá, que vem a ser irmã de Sueli, a esposa de seu irmão Edu, em 1969, em treinamento do Flamengo: ela passava pela Gávea para suspirar por seu ídolo do elenco flamenguista, o galã argentino Doval. Em 23 de Agosto de 1970, Zico e Sandra começam a namorar e casaram-se em 18 de Dezembro de 1975, na igreja de São José, na Lagoa. Zico e Sandra têm três filhos: Arthur Antunes Coimbra Júnior (nascido a 15 de Outubro de 1977), Bruno de Sá Coimbra (nascido a 16 de Outubro de 1978) e Thiago de Sá Coimbra (nascido a 6 de Janeiro de 1983).

Estatísticas

Zico anotou 826 gols em toda sua carreira; 516 gols em partidos oficiais (Primeira divisão, Seleção Brasileira, copas nacionais e internacionais) e 310 em torneios não oficiais, Juvenil e amistosos.
Time Número de Gols Partidas Média
Flamengo - Escolinha (BRA) 66 88 0,83
Flamengo - Juvenil (BRA) 37 63 0,59
Flamengo - Profissional (BRA) 508 731 0,69
Udinese (ITA) 56 79 0,71
Sumitomo/Kashima Antlers (JAP) 54 88 0,51
Seleção Brasileira Pré-Olímpica 1 8 0,13
Seleção Brasileira Profissional 66 88 0,75
Seleção Brasileira de Masters 10 18 0,55
Seleção Carioca 1 1 1
Jogos de Exibição 49 51 0,96
TOTAL 826 1180 0,7

Títulos

Como jogador

Flamengo
Seleção Brasileira
Seleção Brasileira de Masters
Seleção Brasileira de Futebol de Praia
Udinese
  • Flag of Italy.svg Torneio Quadrangular de Udine: 1983
Kashima Antlers
  • Flag of Japan.svg Copa Muroran: 1992
  • Flag of Japan.svg Copa Suntory (1ª fase): 1993
  • Flag of Japan.svg Meiers Cup: 1993
  • Flag of Japan.svg Pepsi Cup: 1993

Como técnico

Seleção Japonesa
Fenerbahçe
Bunyodkor
CSKA Moscou

Prêmios

Gol 500

Zico marcou o seu 500º gol em 15 de março de 1981, no jogo que o Brasil venceu a França por 3 a 1, no Estádio Parc des Princes em Paris na França.

Recordes

  • Recorde de gols pelo Flamengo em uma só temporada - 49 gols - 1974
  • Maior goleador do Maracanã num único campeonato - 30 gols - 1975
  • Recorde de gols pelo Flamengo em uma só temporada - 56 gols - 1976
  • Zico foi quem mais marcou num único jogo no Maracanã - 6 gols, na goleada de 7 a 1 do Flamengo contra o Goytacaz - 1979
  • Marcou 81 gols em 70 partidas com a camisa do Flamengo - 1979
  • Artilheiro da temporada no Brasil - 59 gols - 1982
  • Recorde de gols em partidas seguidas no Campeonato Japonês - 11 gols em 10 jogos seguidos - 1992
  • Maior artilheiro de todos os tempos do Estádio Mário Filho (Maracanã) - 333 gols
  • Maior vencedor da Bola de Ouro Sulamericana, prêmio "Rei da América" oficial El Mundo (VEN)
  • Maior vencedor de todos os tempos do prêmio Bola de Prata / Bola de Ouro - Revista Placar.
  • Maior artilheiro da história do Flamengo - 568 gols
  • Maior artilheiro meio campista do mundo em todos os tempos - gols oficiais 522, gols no total 826
  • Maior artilheiro da Seleção Brasileira em eliminatórias de copas do Mundo com 11, gols

Artilharia

Despedidas

Seleção Brasileira: "O fim de uma era"

A última vez do galinho com a amarelinha aconteceu em 27 de março de 1989 num jogo entre a Seleção Brasileira e uma equipe representando o Resto do mundo. A equipe do Resto do mundo venceu, por 2 a 1, o Brasil. O jogo foi realizado no Estádio Friuli em Udine na Itália com o público de 41.000 pessoas e o evento foi promovido pela comissão italiana da Copa do Mundo de 1990.

Flamengo: "O ensaio"

A despedida do maior ídolo e artilheiro da história do Flamengo e do Maracanã é marcada, em 6 de janeiro de 1990, por um jogo em que o Flamengo e a Seleção de craques nacionais e internacionais "World cup master" empataram em 2 a 2. O jogo foi realizado no seu palco principal, o Maracanã e teve um público de 150 mil pessoas, sendo 90 mil pagantes.

Kashima Antlers: "O adeus definitivo"

Em 10 de outubro de 1994, "God Soccer" como é conhecido por lá, despediu-se em definitivo do futebol japonês e mundial num evento promovido pelo clube Kashima Antlers, num jogo em que enfrentou um combinado de estrangeiros que atuavam no futebol japonês. O jogo terminou empatado em 4 a 4 e o público foi de 38 mil pessoas, capacidade máxima do estádio.

Nas artes

Teatro

Participação na peça "Histórias com Tortilhas", com Pepita Rodrigues - 2008.

Livros

  • Zico A história do maior artilheiro rubro negro (Revista, RGE-1976)
  • Zico, Uma Lição de Vida - 1 (Autor: Marcos Vinícius Bucar Nunes - 1986)
  • Deixa Que Eu Chuto (Autor: Renato Maurício Prado - 1998)
  • Zico Conta Sua História (Autor: Zico - 1998)
  • Zico: Paixão e Glória de um Ídolo (Autora: Lúcia Rito - 2000)
  • Zico: 50 Anos de Futebol (Autor: Zico, Roberto Assaf e Roger Garcia - 2003)
  • Flamengo - O Vermelho e o Negro (Autor: Ruy Castro 2004)
  • Zico, Uma Lição de Vida - 2 (Autor: Marcos V. B. Nunes - 2006) sucesso de vendas, EUA e Japão
  • Os Reis do futebol Brasileiro (Autor:Antonio Falcão - 2006)

Flimografia

  • A vida do jogador Zico, uma lenda do nosso futebol (Documentário, década de 1980)
  • Zico um gênio da bola (Documentário, década de 1990)
  • Os mais belos gols de Zico (Documentário, Década de 1990)
  • Uma aventura do Zico (infantil - 1998)
  • Zico - O filme (Documentário sobre a vida e a carreira do craque - 2003)
  • Mitos do futebol (Miti - Documentário Italiano do jornal La Gazeta dello Sport - 2008)
  • Zico o galinho de ouro do Brasil (Documentário, coleção grandes craques - Placar 2009)
  • Zico na Rede (Documentário, com os gols mais importantes de sua carreira - 2009)

Discografia

  • Batuquê de Praia e Cantos do Rio (Compacto, Zico e Fagner - 1982)
  • Reedição devido a grande procura (Compacto, Batuquê de Praia e Cantos do Rio - 1983)
  • O mundo é verde e amarelo (Zico e Seleção Brasileira - 1986)

Homenagens

Música

  • Camisa 10 da Gávea (Jorge Ben Jor - 1976), um pouco depois a cantora Maria Alcina regravou este sucesso.
  • Saudades do Galinho (Moraes Moreira - 1983)
  • Galinho de Briga (Fagner, tema do filme - Uma aventura do Zico - 1998)
  • Brazuca (Gabriel, O pensador - 1999)
  • Bola no Pé (Fagner, tema do filme - Zico , O Filme - 2003)
  • Kamisama " O Senhor Deus " (Banda de Heavy Metal - Eyes of shiva - 2006)
  • 1967 (Marcelo D2 - 2007)
  • Zico é o nosso Rei (Alexandre Pires, tema do filme - Zico na rede - 2009)

Teatro

  • O dia em que Zico virou Rei (Grupo de teatro do nordeste , Década de 1990)

Referências

  1. a b c d e f Zico na rede (Sítio oficial do Zico). Zico trienador - Estatísticas detalhadas. Página visitada em 23 de setembro de 2008.
  2. Zico obteve a nacionalidade portuguesa em 2004, dado que é filho e neto de cidadãos portuguese. (Ver aqui.)
  3. Antes do Fla, Zico brilhou com a 10 de Pelé.
  4. "Arthur Antunes Coimbra - Zico", LANCE! Especial Flamengo 1981 - O Melhor do Mundo, 2007, Areté Editorial S/A, págs. 11-13
  5. a b c d e f g h "O Matador de Leões", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, págs. 10-13
  6. "Gosto amargo do erro", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, pág. 26
  7. "Prestígio na Europa", LANCE! Especial Flamengo 1981 - O Melhor do Mundo, 2007, Areté Editorial S/A, págs. 18-19
  8. "Emoção total", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, pág. 26
  9. "Sequência formidável", LANCE! Especial Flamengo 1981 - O Melhor do Mundo, 2007, Areté Editorial S/A, págs. 32-33
  10. "Libertadores cria rivalidade com os mineiros", LANCE! Série Grandes Clubes - As 10 Maiores Glórias do Mengão, 2001, Areté Editorial S/A, pág. 13
  11. "Coração e coragem", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, pág. 27
  12. "Coração e coragem", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, pág. 28
  13. a b c "Zico", FourFourTwo, número 6, abril de 2009, Editora Cádiz, págs. 58-63
  14. "Campeão do Mundo", LANCE! Especial Flamengo 1981 - O Melhor do Mundo, 2007, Areté Editorial S/A, págs. 6-9
  15. "Mais mengão do que nunca", LANCE! Série Grandes Clubes - As 10 Maiores Glórias do Mengão, 2001, Areté Editorial S/A, pág. 32
  16. a b c "O bi em pleno Olímpico", LANCE! Especial Flamengo 1981 - O Melhor do Mundo, 2007, Areté Editorial S/A, págs. 54-55
  17. "O tri agora é brasileiro", LANCE! Especial Flamengo 1981 - O Melhor do Mundo, 2007, Areté Editorial S/A, págs. 62-63
  18. a b "Dois dramas e um tri", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, pág. 28
  19. "Zico vai para a Itália", LANCE! Especial Flamengo 1981 - O Melhor do Mundo, 2007, Areté Editorial S/A, págs. 54-55
  20. a b c "O triste calvário das contusões", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, págs. 32-33
  21. "Sócrates e Zico, enfim juntos" Especial Placar 35 Anos - Os Grandes Clássicos, número 2, maio de 2005, Editora Abril, pág. 12
  22. "Os números do Galinho", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, págs. 38-41
  23. a b "Dez gols históricos", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, pág. 17-20
  24. a b c d e f g h i DVD Placar Coleção Grandes Craques - Zico, o Galinho de Ouro do Brasil
  25. a b c d e f g "Udine agradece eternamente", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, pág. 16
  26. "A queda de Roma", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, pág. 30
  27. Título ainda não informado (favor adicionar).
  28. GloboEsporte.com (11 de novembro de 2009). Zico, o italiano (em português). Página visitada em 11 de novembro de 2009.
  29. "Batismo na Seleção", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, pág. 25
  30. "Justiça seja feita", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, págs. 14-15
  31. "Injustiça histórica", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, pág. 29
  32. "Um final infeliz", Placar Especial Zico, 1989, Editora Abril, pág. 30
  33. a b "O Flamengo em carne e osso", Especial Placar - Os Craques do Século, novembro de 1999, Editora Abril, pág. 27
  34. O Globo Online; Agência EFE (22 de setembro de 2008). Zico é o novo técnico do time de Rivaldo (em português). Página visitada em 23 de setembro de 2008.
  35. a b O Globo Online; Lancepress (31 de outubro de 2008). Zico e Rivaldo são campeões no Uzbequistão (em português). Página visitada em 31 de outubro de 2008.
  36. O Globo Online. Zico é o novo treinador do CSKA Moscou. Página visitada em 9 de janeiro de 2009.
  37. GloboEsporte.com (26 de fevereiro de 2009). Vagner Love marca, CSKA bate Aston Villa e está nas oitavas (em português). Página visitada em 27 de fevereiro de 2009.
  38. GloboEsporte.com (10 de setembro de 2009). CSKA oficializa técnico espanhol e espera amizade com Zico (em português). Página visitada em 10 de setembro de 2009.
  39. GloboEsporte.com (16 de setembro de 2009). Olympiacos anuncia acerto com Zico (em português). Página visitada em 16 de setembro de 2009.
  40. O Globe Online (19 de janeiro de 2010). Zico é demitido do Olympiakos (em português). Página visitada em 19 de janeiro de 2010.
  41. Arthur, em vez de Artur, foi a grafia comum em Portugal até 1911.
  42. Realizou-se assim o ditado popular na região de Tondela de que marido velho com mulher nova dá filhos até à cova.
  43. Zico na Rede (14 de novembro de 2008). Bunyodkor é campeão do Uzbequistão pela primeira vez (em português). Página visitada em 8 de dezembro de 2008.

Ver também

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