Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

RUAS, IGREJAS E MONUMENTOS DO RIO DE JANEIRO - Ilha Fiscal #inforio


Ilha Fiscal, Rio de Janeiro: panorâmica.

Ilha Fiscal, Rio de Janeiro: panorâmica.

Ilha Fiscal, Rio de Janeiro: panorâmica da ilha e do palacete neo-gótico.



Entrada da baía do Rio de Janeiro com a Ilha Fiscal (aquarela, Friedrich Hagedorn, séc. XIX.)

Ilha Fiscal, Rio de Janeiro (fotografia, Marc Ferrez, 1885).

Ilha Fiscal, Rio de Janeiro: fachada do palacete.

Ilha Fiscal: vitral representando Pedro II do Brasil.

Localização 

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A Ilha Fiscal localiza-se no interior da baía de Guanabara, fronteira ao centro histórico da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
Primitivamente denominada pelos europeus como ilha dos Ratos, o seu atual nome provém do fato de ali ter funcionado o posto da Guarda Fiscal, que atendia o porto da então capital do Império, no século XIX.
A ilha celebrizou-se por ter abrigado o famoso baile da Ilha Fiscal, a última grande festa do Império antes da proclamação da República, em Novembro de 1889.
Atualmente abriga um museu histórico-cultural, mantido pela Marinha do Brasil.

Índice


História

No século XIX, o Conselheiro José Antônio Saraiva do Ministério da Fazenda, solicitou construir-se um posto alfandegário para o controle das mercadorias a serem importadas e exportadas pelo porto do Rio de Janeiro, então Capital do Império. A posição daquela ilha era bastante cômoda para os inspetores da Alfândega, devido à proximidade dos pontos de fundeio, sendo que o translado de mercadorias poderia ser executado em embarcações miúdas, sem grandes dificuldades.
A decisão da construção, assim como a do seu estilo arquitetônico, foram do Imperador D. Pedro II, tendo em conta não conflitar com a paisagem da Serra do Mar. À época, o Imperador teria afirmado: "A ilha é um delicado estojo, digno de uma brilhante joia".
Optou-se assim por um pequeno "château" em estilo gótico-provençal, inspirado nas concepções do Arquiteto francês Violet-le-Duc, com projeto de autoria de Adolpho José Del Vecchio - então Engenheiro-Diretor de Obras do Ministério da Fazenda -, onde se destacavam as agulhas e as ameias medievais a adornar a silhueta da edificação.
O projeto de Del Vecchio foi contemplado com a Medalha de Ouro na exposição da Academia Imperial de Belas Artes, tendo apresentado a seguinte argumentação:
"A construção planejada, tendo de ser levantada isoladamente em uma ilha, projetando-se sobre um fundo formado pela caprichosa Serra dos Órgãos, encimada por vasto horizonte, e de frente para a entrada da baía, devia causar impressão agradável aos que penetrassem no porto, suficientemente elevada para que pudesse facilmente ser vista de qualquer ponto entre a mastreação dos navios, e prestar-se ao mesmo tempo à fiscalização do ancoradouro."
Del Vecchio preocupou-se ainda com a ornamentação paisagística, tendo declarado em reunião no Ministério da Fazenda:
"Arrematei, por pouco tempo, na Praça do Mercado, certa quantidade de cocos da Bahia, já com os brotos, e fí-los transportar para a ilha e plantar em torno; os coqueiros vieram dentro de breve prazo e não tardaram a dar frutos."
Após a decisão do imperador na escolha do projeto para acolher a aduana, os recursos necessários destinados a execução foram liberados em partes e, em 16 de novembro de 1881, foi assente a primeira pedra dando início à sua construção. Após uma série de aterros de modo a aumentar a área de 4 400 m² para 7 000 m², e aplainar as elevações existentes ao preço de 40:5$500 (quarenta contos, cinco mil e quinhentos réis), foi iniciado o castelo.
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A 27 de abril de 1889 foi inaugurado o edifício com a presença do Imperador, acompanhado de Gastão de Orleans, Conde d'Eu e brilhante comitiva; o translado do cais Pharoux foi realizado utilizando-se a famosa galeota de D. João VI.


ilha fiscal by @elomartins
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Numa certa manhã, já na República, uma lancha passava em frente à Ilha Fiscal tendo a bordo Rui Barbosa, Aristides Lobo, Quintino Bocaiúva, Del Vecchio e outros personagens do regime republicano. Ao observarem o brasão imperial talhado em gnaisse, com absoluto respeito à heráldica e com os dois dragões a apoiá-lo, um dos passageiros da lancha declarou: "Como? Pois o Brasil republicano ainda conserva em um próprio nacional as armas da monarquia! Que se o derrube!" Nesse momento o Engenheiro Del Vecchio interveio e dirigiu-se aos componentes da comitiva argumentando: "Não, senhores. Por Deus! Se mereço alguma coisa da República à qual pretendo servir com a mesma lealdade e o mesmo espírito de sacrifício com que servi ao Império, peço que não toquem naquele emblema. É uma obra prima de cantaria. Fê-la um velho auxiliar do Conde Santa Marinha, um preto septuagenário que é um verdadeiro artista. Hoje, cego e desamparado, acredito que ele sofreria bastante se soubesse que o seu trabalho de tão penosos dias fora cruelmente destruído. Por isso, meus senhores, por favor, imploro a conservação do escudo." Da ocasião que ocorreu esse fato, data a consagração do edifício da Ilha Fiscal como imperecível obra de arte e patrimônio de uma era, devido a ostentar decoração inspirada na monarquia.
Em 1890 prosseguiram as obras de pavimentação em paralelepípedos, e no extremo leste foi construído outro edifício no estilo do principal a fim de abrigar as máquinas elétricas e os serviços auxiliares. Dois anos depois, estavam totalmente concluídas as obras, ao custo total de 1051:322$584, hum mil e cinquenta e um contos, trezentos e vinte e dois mil, quinhentos e oitenta e quatro réis.
Em 6 de setembro de 1893, irrompeu no Rio de Janeiro a chamada Revolta da Armada, na qual substancial parcela da esquadra brasileira, comandada pelo Almirante Custódio de Mello, rebelou-se contra o governo do Marechal Floriano Peixoto. Durante mais de seis meses, ficou a Ilha Fiscal em meio ao duelo de artilharia travado entre as Fortalezas leais ao governo, e os navios e fortalezas da Ilha das Cobras e da ilha de Villegagnon na posse dos revoltosos. Múltiplos foram os danos sofridos pela edificação da Ilha Fiscal com as paredes atingidas por projetis, agulhas de ferro derrubadas, avarias sérias nos telhados, fiação, móveis partidos além de estragos nos belíssimos vitrais. Como as despesas de restauração seriam vultosas, esse foi o motivo para que o engenheiro do Ministério da Fazenda Miguel R. Galvão sugerisse a entrega da Ilha Fiscal ao Ministério da Marinha, em troca de algum edifício que melhor se prestasse ao serviço da alfândega. A troca só se efetuaria em 1913, quase vinte anos depois, não por um edifício, mas pelo Vapor Andrada, proposta do Almirante Alexandrino Faria de Alencar, Ministro da Marinha, ao seu colega da Fazenda Dr. Rivadávia Correia. A partir de 1914, a Marinha fez funcionar nesse local, sucessivamente, a Repartição de Faróis, Repartição Hidrográfica, Repartição Central de Meteorologia, Repartição da Carta Marítima, Superintendência de Navegação, Diretoria de Navegação e finalmente a Diretoria de Hidrografia e Navegação.
Em 1930, a Ilha Fiscal foi ligada à das Cobras por meio de um molhe de concreto transformando-as em duas ilhas geminadas ou, geograficamente, em uma só ilha. Em 1983, a DHN foi transferida para a ponta da Armação, em Niterói. A última organização militar que permaneceu na Ilha Fiscal foi o Grupamento de Navios Hidroceanográficos, até março de 1998. A partir dessa data a Marinha adotou como parte da política de valorização da memória naval abrir ao público esse notável conjunto, e simultaneamente mostrar aos visitantes, a contribuição da Marinha do Brasil no desenvolvimento de áreas fundamentais do país como o social, o científico e o tecnológico.

ilha fiscal by @elomartins
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O edifício encontra-se tombado pela Prefeitura do Rio de Janeiro desde 1990, tendo passado por diversos trabalhos de restauração desde 2001, coordenados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), quando foram restauradas as pinturas do teto, das paredes e do mosaico do piso de parque do torreão.
Em 2006, a Marinha organizou um projeto com o propósito de montar uma iluminação de verão para a Ilha Fiscal, e graças à parceria com a BR Distribuidora, a Marinha presenteou a Cidade do Rio de Janeiro com a beleza da construção do engenheiro Del Vecchio em sofisticada iluminação.

Características

Alguns parâmetros técnicos nortearam o projeto de Del Vecchio: os pontos cardeais O-E posicionavam as alas do prédio, assim como o sentido N-S mostrava ao navegante a direção do canal a ser seguido para quem demandava ou saía barra a fora. O custo da construção civil foi orçado em 145:828$925 (cento e quarenta e cinco contos, oitocentos e vinte e oito mil e novecentos e vinte e cinco réis).

ilha fiscal by @elomartins
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O projeto previa a instalação no torreão de um relógio alemão pela empresa Krussmann e Cia., com as quatro faces iluminadas na parte interna do mostrador para as observações noturnas, e permitia melhor visualização da hora local. A construção ocupou cerca de um terço da ilha medindo sessenta e oito metros de frente, vinte e oito de fundos, e cinquenta e três metros de altura no torreão. Foi considerada uma das mais elegantes construções do Rio de Janeiro, com suas linhas sóbrias e transparecendo no local um ar de catedral medieval. A representação heráldica dos vitrais coloridos a fogo e confeccionados de cristal inglês mostravam o Imperador, ladeado entre os brasões genealógicos da Casa Imperial Brasileira e da Casa de Saxônia, e a Princesa Isabel, ladeada entre os brasões da Casa Imperial Brasileira e a Casa de Orléans. As abóbadas ogivais situadas tanto no primeiro quanto no segundo andar denotavam a filosofia gótica da época. No segundo andar, existe uma sacada com vista para o Sul da baía e com uma bela vista da entrada da barra. Nesse ambiente o imperador apreciava a silhueta da Serra do Mar com o atual Pão de Açúcar e o Corcovado, e deliciava-se abrindo os cocos provenientes da própria ilha para sorver as suas águas.
A sacada é um apêndice à sala destinada ao chefe da aduana, e possui piso em madeiras de lei brasileiras formando um grande mosaico com o desenho da rosa dos ventos. Foi confeccionado com madeira de quatorze diferentes espécies, algumas extintas como: amendoim, pau-brasil, pau-cetim, peroba-do-campo, tremida, raiz de imbuia e roxinho; outras em extinção como: jacarandás da Bahia, do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e de Minas Gerais; outras ainda disponíveis como: canela, imbuia, garapa, pau-marfim, peroba-do-campo e sucupira. Esta obra foi executada pela firma Moreira & Carvalho utilizando a técnica de marchetaria.
A construção em cantaria foi notável sob múltiplos aspectos, principalmente pelo excepcional trabalho executado por Antônio Teixeira Rodrigues, Conde de Santa Marinha, e proprietário da pedreira Saudade na Urca. Todos os materiais utilizados na cantaria provêm do mineral feldspático, xistoso e cristalino denominado gnaisse procedente do morro do Pasmado.
As paredes do salão destinado ao chefe da aduana foram cuidadosamente desenhadas e posteriormente pintadas a óleo por Frederico Steckel.

Bibliografia

  • SILVA, Hélio. Nasce a República. São Paulo: Três, 1975. p. 71.
  • REY, Marcos. Proclamação da República. São Paulo: Ática, 2003. p. 10.
  • CALDEIRA, Jorge. Viagem pela História do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 222. ISBN 8571646589

Ver também


Bibliografia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Fotografias
Marc Ferrez
Eloisa Martins


quarta-feira, 23 de junho de 2010

RUAS, IGREJAS E MONUMENTOS DO RIO DE JANEIRO - Estação Central do Brasil #inforio

Estação Central do Brasil
Estação D. Pedro II
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A Estação Central do Brasil em 1899. Foto de Marc Ferrez.

Uso atual Estação de trens metropolitanos
Localização Praça Cristiano Ottoni, Centro - Rio de Janeiro, RJ
Coordenadas
Código RJ-1364
Linha {{{linha}}}
Linhas Deodoro
Santa Cruz
Japeri
Belford Roxo
Saracuruna
Administração SuperVia
Inauguração 1858
Fechamento
Movimento em Não disponível
Serviços ÔnibusRestaurante




































A Estação Central do Brasil é uma estação ferroviária, localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro, e operada pela Supervia. É a estação de trens mais famosa do Brasil. Até o ano de 1998 era dominada Estação Dom Pedro II, denominação pela qual ainda é também conhecida.
A mesma teve um prédio construído em 1858 para inaugurar a linha da Estrada de Ferro Central do Brasil, a "Estação do Campo". Com o tempo teve seu nome alterado para estação da Corte e, mais tarde, Dom Pedro II. A estação hoje se chama Central do Brasil devido à antiga ferrovia extinta em 1971 por decisão da RFFSA. Este já era o nome informal da estação, e passou a oficial depois das filmagens do filme a que esta deu nome, que teve cenas rodadas na estação e concorreu ao Óscar, com Fernanda Montenegro na disputa pelo prêmio melhor atriz, em 1998.
O prédio construído em 1858 foi reformado anos mais tarde e finalmente demolido nos anos 30, para dar lugar ao atual, em razão das obras de eletrificação e expansão do sistema.
Dela hoje saem trens de diversos ramais, ligando o Centro aos demais bairros da Zona Norte e Oeste do Rio de Janeiro, e também aos municípios da Baixada Fluminense, inclusive o ramal de Saracuruna/Gramacho, do qual originalmente saíam da garagem de Barão de Mauá, por pertencerem à antiga Estrada de Ferro Leopoldina.



Torre do relógio da Estação Central

Estação Central do Brasil
Localização

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Bibliografia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

 

sexta-feira, 11 de junho de 2010

RUAS, IGREJAS E MONUMENTOS DO RIO DE JANEIRO - Rua 1o.de Março #inforio

A Rua Direita - História

O primitivo Caminho de Manuel de Brito, berço histórico da cidade, que ligava o Largo da Misericórdia ao Morro de São Bento, em data indefinida foi dividido em duas partes: a primeira que ficou sendo a Rua da Misericórdia ainda hoje existente e a segunda a Rua Direita, que ligava o Morro do Castelo ao Morro de São Bento.

A Rua Direita, no início do século XVII era apenas uma trilha precária, mas era o local preferido dos mercadores de escravos, no século XVIII, tornou-se uma das ruas mais movimentadas da cidade. Nela se instalaram os primeiros Governadores da cidade, numa casa que ficava na esquina com a Rua da Alfândega. Teve também o primeiro Palácio Episcopal, onde residiu o primeiro Bispo do Rio, D. José de Barros e Alarcão, em 1682.

Mais tarde os Governadores passaram a instalar-se na casa que antes era a Casa dos Contos, designação colonial do tesouro, onde depois veio a ser o Paço dos Vice-Reis e o Paço Real com a chegada da Família Real de Portugal ao Brasil. Em torno desta rua se desenvolveram as principais ruas da cidade. Posteriormente, nela se abrigaram o Banco do Brasil, os Correios, as Lojas da Moda, as confeitarias, já no século XIX. Em 1875 ela passou a chamar-se Rua Primeiro de Março, em homenagem à data da vitória da Batalha de Aquidabã, em março de 1870, que foi um marco importante para o fim da Guerra do Paraguai. Coincidentemente este dia também é o da Fundação da Cidade, 1º de Março de 1565..

Na Rua Direita surgiu, em 1835, a grande sensação da época, uma sorveteria. Foi a primeira rua a ser dotada de numeração nas casas, idéia do arquiteto francês Pedro Alexandre Cavroé. Devido à grande intensidade de tráfego, em 1847, adotou-se nela o sistema de mão e contra-mão. Segundo Ferreira da Rosa: " foi na Rua Direita que o Rio de Janeiro viu traçadas as primeiras linhas da sua grandeza; aí se soletrou a história fortunosa do desenvolvimento desta metrópole". Durante quase três séculos foi em torno da rua Direita, que giraram os grandes acontecimentos políticos da cidade. Só no início do século XX é que a área viu ser transferido o eixo principal da Metrópole para a nova Avenida Central, eixo monumental da nascente República.


Localização








Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março, fotos de Marc Ferrez. A primeira tirada em 1870 olhando-se em direção ao Morro do Castelo, que aparece ao fundo. Mais à frente pode ser visto o passadiço coberto que ligava o Paço ao antigo Convento do Carmo e que servia de caminho para que a Família Real pudesse ir ao Convento e à Catedral, sem passar pela curiosidade popular. Em seguida é vista a antiga Catedral do Rio de Janeiro, a Igreja do Carmo, o Beco dos Barbeiros e o Hotel do Globo.













Foto tirada em 1890 olhando-se em direção ao Morro de São Bento, vendo-se o prédio dos Correios, projetado por Antonio de Paula Freitas e terminado em 1877, seguido do prédio da Bolsa de Valores, recém inaugurado, este prédio depois veio a ser a Praça do Comércio e posteriormente a abrigar a sede do Banco do Brasil. Hoje é o Centro Cultural do Banco do Brasil, mas ainda mantém uma agência do Banco. O prédio em seguida foi destruído para a passagem da Avenida Presidente Vargas.



Rua 1o.de Março atualmente


As seis fotos abaixo mostram vistas da Rua Primeiro de Março. A primeira, tirada do Edifício Garagem Menezes Cortes, mostra uma lateral do antigo Paço Imperial, atualmente um Centro Cultural, e ao seu lado o Palácio Tiradentes. A segunda é uma vista tirada da calçada do antigo Convento do Carmo, mostrando a Igreja de São José, um prédio da Rua Erasmo Braga e a rampa de acesso ao prédio do Palácio Tiradentes, com uma das esculturas que ornamentam sua entrada. A terceira mostra o conjunto formado pelas duas Igrejas do Carmo, a antiga Catedral Metropolitana, hoje Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé e a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, duas das mais antigas e tradicionais igrejas da cidade.

A quarta apresenta uma vista tirada da calçada do Centro Cultural Paço Imperial, com a fachada do antigo Convento do Carmo e o conjunto das Igrejas do Carmo sendo que a Antiga Sé após a recente restauração para os festejos dos 200 anos da chegada de D. João ao Rio de Janeiro. A quinta mostra um detalhe da torre da antiga Catedral já restaurada. A última mostra uma vista da esquina da Primeiro de Março com a Avenida Presidente Vargas, onde se pode ver em primeiro plano os prédios do Centro Cultural Banco do Brasil e dos Correios e Telégrafos e ao fundo o conjunto das Igrejas do Carmo.









 


Bibliografia


Outras RUAS, IGREJAS E MONUMENTOS DO RIO DE JANEIRO


segunda-feira, 7 de junho de 2010

RUAS, IGREJAS E MONUMENTOS DO RIO DE JANEIRO - Arcos da Lapa #inforio

   

Aqueduto da Carioca


Arcos da Lapa.
O Aqueduto da Carioca, popularmente conhecido como os Arcos da Lapa, localiza-se no bairro da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
Considerada como a obra arquitetônica de maior porte empreendida no Brasil durante o período colonial, é hoje um dos cartões postais da cidade, símbolo mais representativo do Rio Antigo preservado no bairro boêmio da Lapa.

Índice


História


Vista do Aqueduto da Carioca (Leandro Joaquim, c. 1790). A lagoa, em primeiro plano, foi aterrada para a construção do Passeio Público. O edifício no alto do morro é o Convento de Santa Teresa.


Aqueduto da Carioca, Rio de Janeiro, Brasil (Marc Ferrez, 1896).


Os primeiros estudos para trazer as águas do rio Carioca para a cidade remontam a 1602, por determinação do então governador da Capitania do Rio de Janeiro, Martim Correia de Sá (1602-1608). Em 1624, um contrato para a construção do primitivo conduto foi firmado com Domingos da Rocha, que não chegou a iniciar os trabalhos. Em 1660 apenas 600 braças de canos estavam assentadas, tendo as obras recebido impulso em 1706, sob o governo de D. Fernando Martins Mascarenhas Lancastro (1705-1709).
Em 1718, sob o governo de Antônio de Brito Freire de Menezes (1717-1719), iniciaram-se as obras de instalação dos canos de água através da antiga Rua dos Barbonos (atual Rua Evaristo da Veiga). Sob o governo de Aires de Saldanha de Albuquerque Coutinho Matos e Noronha (1719-1725), em 1720 o encanamento alcançava o Campo da Ajuda (atual Cinelândia), ainda nos arrabaldes da cidade à época. Foi este governador quem, alterando o projeto original, defendeu a vantagem de se prolongar a obra até ao Campo de Santo Antônio (atual Largo da Carioca), optando pelos chamados Arcos Velhos – um aqueduto ligando o morro do Desterro (atual morro de Santa Teresa) ao morro de Santo Antônio, inspirado no Aqueduto das Águas Livres, que então começava a se erguer em Lisboa. A obra estava concluída em 1723, levando as águas à Fonte da Carioca, chafariz erguido também nesse ano, que as distribuía à população no referido Campo de Santo Antônio.
A solução foi paliativa, uma vez que já em 1727 se registram reclamações de falta de água, atribuindo-se à ação de quilombolas (escravos fugitivos, que viviam ocultos nas matas) a responsabilidade pela quebra dos canos. Mais tarde, o governo pediu contas ao encarregado pela conservação da obra o qual, furtando-se ao seu dever, evadiu-se. Foram estabelecidas, ainda, penas para os atos de vandalismo contra a obra.
O governador Gomes Freire de Andrade (1733-1763) determinou, em 1744, a reconstrução do Aqueduto da Carioca, com pedra do país, diante do elevado custo da cantaria vinda do reino. Com risco atribuído ao brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim, recebeu a atual conformação, em arcaria de pedra e cal. A Carta Régia de 2 de maio de 1747 determinou que as águas fossem cobertas por abóbada de tijolos, para evitar o seu desvio mal-intencionado.
Inaugurado em 1750, as águas brotaram aos pés do Convento de Santo Antônio, em um chafariz de mármore, através de 16 bicas de bronze. Mais tarde essa água foi estendida, através da Rua do Cano (atual Rua Sete de Setembro), até ao Largo do Paço (atual Praça XV), onde os navios vinham abastecer-se.
Na segunda metade do século XIX, durante o Império e, posteriormente, diante do advento da República, novas alternativas para o abastecimento de água aos moradores da cidade do Rio de Janeiro foram sendo utilizadas. O aqueduto, a partir de 1896 passou a ser utilizado como viaduto para os novos bondes de ferro da Companhia de Carris Urbanos, principal meio de acesso do centro aos altos do bairro de Santa Teresa, até os dias de hoje.
Conservados pelo poder público, em nossos dias, os antigos arcos coloniais servem de pano de fundo para diversos eventos, como as festividades da Semana Santa e o tradicional Auto de Natal da cidade.

Características

A estrutura, em pedra argamassada, apresentava originalmente 270 metros de comprimento por 17,6 metros de altura. Em estilo românico, caiada, possui 42 arcos duplos e óculos na parte superior. Em sua construção foi empregada a mão-de-obra de escravos indígenas e africanos.

Panorama do aqueduto da Carioca.

       Localização


       Bibliografia

         Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

 

Outras RUAS, IGREJAS E MONUMENTOS DO RIO DE JANEIRO