Claro, Vivo, TIM e Oi arremataram principais lotes; ágio médio foi 34,37%
O GLOBO
BRASÍLIA e BRASÍLIA — Uma grande disputa marcou o primeiro dia do leilão de faixas de frequência para a 4G — banda larga de altíssima velocidade — promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No total, foram vendidas 28 licenças nacionais e regionais, no valor de R$ 2,724 bilhões, o que representou um ágio médio de 34,37% sobre os preços mínimos. O leilão continua nesta quarta-feira, quando serão abertos os últimos 33 lotes e outros 36 que ficaram para uma nova rodada.
As quatro grandes operadoras de telefonia arremataram os lotes nacionais e vão pagar, juntas, R$ 2,565 bilhões para prestar serviços de internet banda larga de altíssima velocidade, associada à banda larga rural. A Claro, que arrematou o primeiro lote, vai pagar R$ 844,519 milhões para oferecer o serviço, com ágio de 34% sobre o preço mínimo de R$ 630,191 milhões. A Vivo arrematou o segundo lote por R$ 1,050 bilhão — ágio de 66,62% sobre o preço inicial de R$ 630,191 milhões.
Já a vencedora do terceiro lote foi a TIM, que vai pagar R$ 340 milhões, um ágio de 7,9% sobre os R$ 315,096 milhões iniciais. Valor pequeno em relação aos concorrentes, porque as licenças são menores. Nesse caso, Claro e Vivo estavam impedidas de participar porque venceram os leilões anteriores do primeiro e segundo lotes da banda 4G. Por fim, a Oi foi vencedora do quarto lote e vai pagar R$ 330,851 milhões pela exploração da 4G e da banda larga rural, com um ágio de 5% sobre o preço mínimo de R$ 315,096 milhões.
Vivo: objetivo é o mercado de dados
No Estado do Rio, a Sky comprou três licenças regionais para explorar o serviço de 4G. Pela primeira, referente ao DDD 21, a empresa vai pagar R$ 10,381 milhões, quando o preço mínimo era R$ 9,794 milhões. Pela segunda, a Sky terá de desembolsar R$ 11,209 milhões, pelo DDD 22. O preço mínimo estabelecido era de R$ 10,575 milhões. E a empresa ainda vai pagar R$ 7,874 milhões pela área de DDD 24, cujo preço mínimo era de R$ 7,429 milhões.
A TIM e a Oi disputaram a licença para prestar o serviço de 4G na região metropolitana do Rio (DDD 21). A TIM venceu o leilão por R$ 17,877 milhões, um ágio de 5% em relação ao preço mínimo de R$ 17,025 milhões.
No total, foram vendidas 24 licenças regionais de 4G. A Oi ficou com seis licenças e vai pagar R$ 14,359 milhões; a TIM, com quatro, terá que desembolsar R$ 34,819 milhões; e a Sky levou 12 licenças e vai fazer os maiores investimentos — R$ 90,576 milhões. A Sunrise, do megainvestidor George Soros, foi tímida, arrematando apenas duas licenças no interior de São Paulo, onde já explora TV por assinatura, e vai pagar R$ 19,094 milhões.
O presidente da Anatel, João Rezende, disse que o resultado do leilão, com a venda das licenças nacionais de 4G, demonstra a confiança dos investidores na economia e no mercado de telecomunicações brasileiro.
O presidente da Oi, Francisco Valim, disse que os investimentos da empresa em 4G já estão computados no total de R$ 24 bilhões anunciados para o período de 2012 a 2014. Para a prestação do serviço, Valim considera que será necessário dobrar o número de torres existentes hoje, que chegam a 20 mil. E admitiu que, no início, a tecnologia não sairá barata.
— É cara a tecnologia de rede e o produto para o usuário.
Antonio Carlos Valente, presidente do grupo Telefônica no Brasil, controlador da Vivo, disse que o objetivo principal com a aquisição da licença da 4G é o mercado de dados. Por sua vez, o presidente interino da TIM, Mario Girasoli, avaliou que a licitação está sendo bem-sucedida.
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