Menino morreu, em 2008, quando carro foi atingido por tiros de policiais.
PMs alegaram que confundiram veículo onde ele estava com o de suspeitos.
Do G1 RJ
Menino João Roberto foi morto em julho de 2008
(Foto: Reprodução/TV Globo)
A 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) manteve na íntegra a sentença que condena o estado do Rio de Janeiro a pagar indenização de R$ 900 mil aos pais, irmão e avós de João Roberto Amorim. O menino, de 3 anos, morreu em 2008, depois que o carro em que estava com a família foi atingido por tiros de policiais militares que confundiram o veículo com o usado por bandidos, na Tijuca, na Zona Norte.
Procurada pelo G1, a assessoria da Casa Civil do governo informou que a Procuradoria Geral do Estado aguarda a publicação do acórdão para analisar a decisão judicial.
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Em 1ª instância, a sentença da juíza Maria Paula Galhardo, da 4ª Vara da Fazenda Pública, determinava que fossem pagas indenizações por danos morais de R$ 400 mil a cada um dos pais, R$ 50 mil ao irmão e R$ 25 mil a cada um dos avós do menino. Além disso, serão pagas pensões aos pais e indenização pelas despesas do funeral.
Ex-PM é absolvido
O ex-policial militar Elias Gonçalves, acusado de matar em 2008 o menino João Roberto Soares, foi absolvido, em novembro de 2011. Durante a audiência, Elias se declarou inocente. Ele afirmou que fez apenas um disparo para o chão na noite da morte do menino. E acusou o outro ex-PM que estava na viatura de ter efetuado os disparos que matou a criança.
Em 11 de dezembro de 2008, o outro ex-PM, o primeiro a ser julgado, foi condenado a sete meses de detenção, em regime inicial aberto. Mas ele teve a pena suspensa pelo prazo de dois anos e teria de prestar serviços à comunidade durante um ano. O Ministério Público recorreu e a sentença foi anulada em 2009. A 7ª Câmara Criminal determinou que o acusado fosse levado a novo julgamento pelo Tribunal do Júri, mas a data ainda não foi marcada, informou o TJ.
Relembre o caso
João Roberto, na época com 3 anos, foi baleado dentro do carro da mãe, na noite do dia 6 de julho de 2008, na Rua General Espírito Santo Cardoso. A advogada Alessandra Amorim Soares voltava para casa com João e o irmão dele Vinícius, então com 9 meses, quando parou seu carro para dar passagem a uma patrulha da PM.
Os policiais disseram, na época, que teriam confundido o carro de Alessandra com o carro de criminosos que estavam perseguindo e atiraram.
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