Secretário de Conservação afirma que Comlurb atua apenas nas vias próximas
O GLOBO
O lixo que se acumula às margens da Baía de Guanabara no entorno do Aeroporto Internacional Tom Jobim
ANGELO ANTONIO DUARTE / O GLOBO
RIO - O secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, afirmou na sexta-feira que o lixo acumulado nas margens da Baía de Guanabara, no entorno do Aeroporto Internacional Tom Jobim, é de responsabilidade da Infraero. Segundo ele, nos últimos três meses foram realizadas duas reuniões com a empresa e ficou acertado que toda a limpeza do entorno do aeroporto seria feita pela Infraero. Mas, como O GLOBO mostrou na sexta-feira, a cada maré uma grande quantidade de lixo se acumula na região, criando um cenário de degradação, além de representar risco às aeronaves, devido ao aumento do número de aves e até de objetos nas pistas.
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— Durante as reuniões, a Infraero reconheceu que não dispunha dos meios adequados para limpar a área. Mas, apesar disso, a obrigação continua a ser deles. Fica claro que são insuficientes os contratos de limpeza que o aeroporto possui, e o órgão ficou de solucionar o problema. Queremos ver tudo limpo, e a dona do lixo na margem do Galeão é a Infraero — disse Osório ao GLOBO.
Procurada, a Infraero manteve a posição de que “vem dialogando positivamente com a prefeitura para tratar de diversos temas em comum, o que inclui a remoção de resíduos que chegam à orla do aeroporto”.
Limpeza acontece em média duas vezes por mês
Osório afirma que “a preocupação da prefeitura com o aeroporto é enorme” e que a Infraero “faz um trabalho colaborativo com a prefeitura”.
— A Comlurb faz o recolhimento de lixo nas vias públicas próximas ao Galeão. Até porque as pistas de pouso e decolagem são de difícil acesso, por conta da segurança, tornando mais prudente que uma empresa seja contratada para fazer o trabalho — acrescentou Osório.
Trechos das margens são limpos de tempos em tempos pela Infraero, mas não há uma periodicidade. O entulho é retirado, por exemplo, quando é feito o aparo da grama do entorno do Galeão, que, segundo a própria Infraero, ocorre duas vezes por mês. A empresa Sanetran Saneamento Ambiental S/A tem a concessão do serviço de coleta do aeroporto e recolhe mensalmente cerca de 16 toneladas de lixo. Mas o contrato não abrange o recolhimento do entulho que se acumula às margens da Baía de Guanabara.
Apesar das discussões em torno do lixo nas margens do aeroporto, a presidente do Instituto Baía de Guanabara, Dora Negreiros, acredita que a solução para o problema seja a educação da população.
— O lixo da margem do Galeão vem principalmente de municípios da Baixada Fluminense. É como enxugar gelo, pode limpar o quanto quiser, mas o lixo sempre voltará. O que resolve é educação da população — disse Dora.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/lixo-no-galeao-prefeitura-diz-que-limpeza-com-infraero-5358881#ixzz1zH6wRhTG
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