Gabriel Castro, de Brasília
VEJA
Agnelo na CPI do Cachoeira: esperteza ao abrir o sigilo bancário (foto: Wilson Dias/ABr)
Um dos pontos fracos do governador Agnelo Queiroz em seu depoimento à CPI do Cachoeira nesta quarta foi a compra de sua casa, que custou quase o dobro de todo o patrimônio declarado por ele à Receita Federal no ano anterior. O governador se recusou a dar detalhes da origem dos recursos empregados na transação. Dizia apenas que, como abriu mão de seu sigilo bancário e fiscal, os dados iriam responder os questionamentos. Mas não é bem assim.
Os investigados pela CPI tiveram o sigilo quebrado por um período de dez anos. No caso de Agnelo, testemunha, o prazo foi de cinco anos. Como a transação da casa foi feita em março de 2007, ficaria de fora dos dados financeiros do petista que serão encaminhados à CPI.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) também citou o fato de a Justiça já ter quebrado, no ano passado, os sigilos fiscal e bancário de Agnelo – dados que a CPI tem poder de requisitar – para ironizar a postura do petista, que ofereceu as informações à CPI : “Nao se quebra sigilo de sigilo já quebrado”.
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