Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 20 de março de 2012

JOGO ILEGAL - Procuradoria denuncia Carlinhos Cachoeira e mais 80 pessoas

FERNANDO MELLO
DE BRASÍLIA
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O Ministério Público Federal em Goiás ofereceu denúncia à Justiça Federal contra Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e mais 80 pessoas, por envolvimento em uma suposta quadrilha desarticulada pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
Segundo a Procuradoria, o grupo era encabeçado por Carlinhos Cachoeira e explorava direitos dos pontos de jogos caça-níquel em Goiânia e no entorno de Brasília, onde as máquinas estavam clandestinamente instaladas. O negócio se mantinha com apoio de policiais militares, civis e federais.
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"Esses agentes organizavam pseudoatuações, simulações de trabalhos policiais, tudo para conferir impressão de enfrentamento ao crime, ou, em outros casos, eram utilizados para eliminação de concorrentes e desarticulação de pessoas que se afastavam do controle e orientação do grupo, viabilizando um domínio territorial rígido, de longo prazo e cartelizado da atividade, monopolizando-a em todo o estado", aponta a denúncia.
Com 205 páginas, a peça acusatória trata de crimes como formação de quadrilha armada, corrupção, peculato e violação de sigilo perpetrado por servidores públicos federais, estaduais e municipais.
"Os gastos operacionais para manutenção do esquema --como reparos de máquinas caça-níqueis, aluguéis, vantagens indevidas a servidores públicos-- eram uma espécie de investimento, uma vez que o objetivo era que o negócio girasse, ajudando em sua manutenção e, em consequência, viabilizando a racionalização da atividade, a conferir, assim, características empresariais à organização", assinalam os procuradores da República Daniel de Resende Salgado, Lea Batista de Oliveira e Marcelo Ribeiro de Oliveira, responsáveis pela denúncia.
Caso seja condenado, Cachoeira, que está preso no presídio federal de Mossoró (RN), poderá ser condenado a pena superior a 30 anos, segundo a Procuradoria.
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O OUTRO LADO
A Folha ainda não conseguiu contato com os advogados de Cachoeira.
Eles têm defendido a inocência do acusado e afirmado que a prisão dele foi "superdimensionada", por se tratar de contravenção e não crime.

Fonte Folha
   

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