Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

FALECIMENTO - Morre aos 45 anos o ex-jogador Ézio, do #Fluminense #Super-Ézio

Ídolo da torcida do Fluminense, o ex-jogador Ézio morreu na noite desta quarta-feira no Rio. Ele sofria com um câncer no pâncreas e estava em tratamento num hospital em Jacarepaguá (zona norte do Rio).


Luciana Whitaker - 05.nov.94/Folhapress

Ézio (de frente), do Fluminense, comemora gol no Maracanã 
O "Super Ézio", como era chamado, se tornou um dos maiores artilheiros do tricolor carioca, jogando pelo time de 1991 a 1995, marcando 118 gols em 236 jogos. Ézio Leal Moraes Filho tinha 45 anos.

O Fluminense, em sua página na Facebook, informou que o corpo do ex-jogador será velado no salão nobre das Laranjeiras, das 9h às 15h desta quinta-feira. 
  "Adeus, artilheiro. Para sempre: Super Ézio do Fluminense!!!", diz trecho da nota do clube. 



No Site do Fluminense Num Domingo de Páscoa, nas Laranjeiras, ganhei um herói: Super Ézio!!!

Era tarde de Domingo de Páscoa, 11 de abril de 1993. Decisão da Taça Guanabara daquele ano contra o Volta Redonda. Eu tinha 12 anos. Estava atrás do gol das piscinas, a baliza onde foi marcado o tento do título. Lembro como se estivesse saindo, neste momento, nas Laranjeiras em festa. Apesar das nuvens, a chuva era a de pó-de-arroz, durante a entrada em campo do time do Fluminense. A torcida fez uma festa linda nas arquibancadas do Manoel Schwartz.
Daquele lance nunca esquecerei. Falta pela direita da grande área. Bola cruzada, a zaga rechaça. Na sobra, o volante Dudu chuta torto e a bola sobra para Ézio. Em uma fração de segundo, ele domina com a esquerda e coloca de chapa com a direita, no ângulo do goleiro Denis. O gol do título. Meu primeiro jogo em um estádio de futebol. Meu primeiro título. E com gol do meu ídolo: o Super Ézio.
Ézio se foi. Milhões de adolescentes (naquela época) tricolores – hoje, adultos – estão com um aperto no coração. Nosso herói partiu. Perdeu para o câncer, mas, como fez em campo, lutou bravamente até o fim. Encarou, como um Super que sempre será.
Se tinha Fla-Flu, era um “Ai, Jesus”. Pra eles, claro. Ézio nunca nos decepcionava. Foram 12 gols sobre o rival da Gávea. É o terceiro maior artilheiro do Fluzão neste clássico. No pós-jogo, suas apostas divertidas com Charles Baiano, centroavante do Flamengo na época, eram capa de todos os jornais. Nosso Super Ézio estava lá, degustando uma picanha servida pelo adversário derrotado. Dava pra sentir o gosto da vitória em mais um Fla-Flu.
Honra e glória
Ézio conquistou a Taça Guanabara (1991 e 1993), o Campeonato Carioca de 1995 e foi vice-campeão da Copa do Brasil de 1992. Durante as renovações de contrato, assinava papéis em branco, tamanha era a sua vontade de ficar no Fluminense.
FICHA TÉCNICA
Fluminense 1 x 0 Vota Redonda (Final da Taça Guanabara de 1993)
Data: 11/04/1993
Local: Estádio Manoel Schwartz (Laranjeiras)
Árbitro: Pedro Carlos Begralda
Renda: Cr$ 850.000.000,00
Público: 8.000 pagantes
Fluminense: Ricardo Pinto; Júlio César, Luís Fernando, Luís Eduardo e Lira; Chiquinho, Dudu, Julinho e Macalé (Cícero); Vágner e Ézio – Técnico: Edinho
Volta Redonda: Roberto Denis; Manu, Denimar, Roberto Silva e Ari; Andinho (Roni), Russo e Fernando César; Humberto, Dão e Darci – Técnico: Wilson Leite
Gol: Ézio (21min / 1º tempo)
Cartões Amarelos: Luís Fernando, Julinho (FLU) – Denimar e Ari (Volta Redonda)
Autor: Eu, mas poderia ser qualquer um de nós

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