Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

quinta-feira, 14 de junho de 2012

CPI DO CACHOEIRA - Presidente da CPI enterra tentativa tucana de ouvir Dilma


PSDB protocolou requerimento para que a presidente enviasse explicações por escrito - e pedido foi rejeitado. CPI aprovou quebras de sigilo de Agnelo e Perillo

Gabriel Castro
VEJA

CPI do Cachoeira presidida pelo senador Vital do Rêgo (José Cruz/Agência Senado)

A CPI do Cachoeira enterrou, nesta quinta-feira, a tentativa do PSDB de levar a presidente Dilma Rousseff à comissão. Conforme antecipou a coluna Radar, de Lauro Jardim, os tucanos protocolaram na noite de quarta um pedido de convocação da presidente, em meio a uma guerra com o PT. Mais tarde, o partido recuou e transformou o pedido em um requerimento de informações. O PSDB queria que Dilma respondesse por escrito às acusações de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de que sua campanha presidencial foi alimentada por caixa dois de empreiteiras. Ainda assim, a base aliada protestou e o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), encerrou o assunto: "Essa comissão tem a obrigação constitucional de desconhecer e rejeitar liminarmente esse requerimento. Isso é um atentado à Constituição Federal".

Os parlamentares ainda aprovaram a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Os dois pedidos passaram por unanimidade.

Nesta quarta, Agnelo disse à CPI que abria mão dos sigilos. Perillo, que havia negado a sugestão no dia anterior, também ofereceu seus dados à comissão. Mas era necessária a aprovação dos requerimentos para formalizar a decisão da Comissão Parlamentar de Inquérito. 

A oposição queria que o prazo fosse ampliado de cinco anos, como proposto inicialmente, para dez anos, o que permitiria a obtenção de informações sobre a nebulosa compra da atual casa de Agnelo Queiroz, em março de 2007. O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), consentiu. 

Agnelo e Perillo são acusados de permitir a infiltração da quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira em seus governos. Também na sessão desta quinta, a CPI adiou novamente a convocação do empresário Fernando Cavendish, ex-presidente da construtora Delta e evitou a convocação de Pagot. O PT votou em bloco em favor do adiamento das duas convocações.

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