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quinta-feira, 11 de março de 2010

GOLPE CASO BANCOOP (14) - Segurança relata escolta para saques da Bancoop e reuniões de Vaccari com presidente da cooperativa

SÃO PAULO - Andy Roberto Gurczynska, testemunha-chave do caso Bancoop, afirmou, em entrevista ao GLOBO, ter realizado escolta de funcionários da Cooperativa Habitacional dos Bancários para a realização de saques em dinheiro quando era o chefe de segurança da entidade. Conforme mostra reportagem de Leila Suwwan publicada na edição desta quinta-feira do GLOBO, a operação teria sido utilizada para desviar dinheiro dos empreendimentos imobiliários, parte das somas milionárias seriam destinadas a campanhas do PT.
Gurczynska, que está sob forte esquema de segurança e pediu para não ter o rosto fotografado, afirmou que o ex-presidente da Bancoop Luiz Malheiro, morto em acidente de carro em 2004, realizava encontros após os saques com João Vaccari Neto, então presidente do Sindicato dos Bancários e hoje tesoureiro nacional do PT. O segurança afirmou que Malheiro também era escoltado para encontros com Ricardo Berzoini, na época em que este já era ministro da Previdência. ( Base governista derruba requerimento para convocação de promotor do caso Bancoop )
" Se pedia escolta, era para escoltar alguma coisa "

- Eu ia até o banco com mais um para escoltar, geralmente, uma terceira pessoa. Entrávamos até determinada sala da tesouraria. De lá, a outra pessoa entrava e só trazia o pacote. Muitas vezes um envelope. Se pedia escolta, era para escoltar alguma coisa - relatou Gurczynska.
O segurança disse ainda que a secretária particular de Luiz Malheiro, Helena Lage, programava os saques, enviava funcionários do baixo escalão administrativo da Bancoop e encomendava a escolta de seguranças. O irmão de Luiz, Hélio Malheiro, também seria testemunha do esquema.
Berzoini não foi localizado no celular na noite desta quarta-feira. A assessoria de imprensa do PT informou que Vaccari Neto não concederia entrevista nem faria qualquer manifestação sobre o caso. Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo" desta quarta, Vaccari negou a existência de caixa dois no PT e o rombo de R$ 100 milhões na Bancoop, cifra estimada pelo MP. Seu advogado, Luiz Flávio D'Urso, disse que Vaccari só passou a gerir a Bancoop em 2005 e que Gurczynska sequer afirma ter visto a suposta entrega de dinheiro.
Leia a íntegra da reportagem no Globo Digital (só para assinantes)
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