Origem : Wikipedia
Eike Fuhrken Batista (Governador Valadares, 3 de novembro de 1956) é um empresário e engenheiro metalúrgico[2] brasileiro, que atua em várias áreas, com destaque para o setores de mineração e petróleo. É conhecido por sua ousadia nos negócios, a ponto de ser taxado às vezes de aventureiro. Antes conhecido por ser ex-marido de Luma de Oliveira e filho de Eliezer Batista, tornou-se ainda mais conhecido para o público em geral ao conquistar a maior fortuna do país, avaliada em US$ 17,5 bilhões, segundo a revista Época Negócios (estimativa feita em maio de 2008). Porém, em novembro de 2008, após a crise que abateu os mercado mundial em outubro, a fortuna de Eike diminuiu cerca de US$ 10 bilhões, passando de US$ 16 bilhões para US$ 6 bilhões[3].
De acordo com a lista de bilionários da Revista Forbes em 2009, Eike Batista é considerado como a 61ª pessoa mais rica do mundo, sendo o primeiro colocado dentre os brasileiros que estão na lista, sendo seu patrimônio avaliado em 7,5 bilhões de dólares (14% a mais que em 2008).[4][5] Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009[6].
Desperta as mais variadas percepções entre executivos e especialistas, tais como aventureiro, agressivo, brilhante, ousado, exibicionista, megalomaníaco e visionário.[7]
Índice
1 Biografia
1.1 O começo
1.2 Criando empresas
1.3 Fracassos empresariais
1.4 Relação com políticos
1.5 Casamento e separação
1.6 Depois da separação
1.7 Homem mais rico do Brasil
1.8 Investigação pela PF
1.9 Empresas
2 Referências
3 Ligações externas
Biografia
1.1 O começo
1.2 Criando empresas
1.3 Fracassos empresariais
1.4 Relação com políticos
1.5 Casamento e separação
1.6 Depois da separação
1.7 Homem mais rico do Brasil
1.8 Investigação pela PF
1.9 Empresas
2 Referências
3 Ligações externas
Biografia
O começo
Eike é um dos sete filhos do empresário Eliezer Batista, ministro das Minas e Energia no Governo João Goulart e, ao longo de boa parte da ditadura militar, presidente da Companhia Vale do Rio Doce, então uma empresa estatal.
A mãe nasceu na Alemanha e Eike viveu em sua companhia naquele país, dos 12 aos 23 anos.[8]
Eike formou-se engenheiro metalúrgico na Alemanha.[2] Iniciou seus negócios intermediando a venda de diamantes, quando identificou vendedores na selva amazônica e apresentou-os a empresários europeus.[2] Associou-se a um conhecido garimpeiro de Alta Floresta, conhecido como Ditão, que permitiu que ele transitasse livremente pelos garimpos da região em troca de obter compradores para o ouro. Reconhecendo o bom investimento, Eike acabou comprando a mina, o que lhe rendeu um patrimônio de 6 milhões de dólares aos 25 anos.[9] Para tanto, teria pedido, aos 22 anos, logo após sair da universidade, um empréstimo de 500 mil dólares a dois joalheiros judeus, obtendo 6 milhões de dólares em apenas um ano, conforme relato de um dos diretores da EBX.[2]
No início dos anos 90, quando possuía considerável quantidade de minas, a mineradora canadense Treasure Valley interessou-se pelo negócio, dando a Eike uma participação de 11% da empresa em troca das minas no Brasil. Eike tornou-se o principal acionista e presidente da empresa e seu nome foi trocado para TVX.[9] Entre 1991 e 1996, o valor da empresa mais que triplicou, mas os negócios na Grécia causaram redução considerável dos lucros e Eike acabou renunciando ao comando da empresa em 2001, que acabou sendo comprada pela Kinross Gold Corp. em junho de 2002 por 875 milhões de dólares canadenses.[10] Eike teria deixado a empresa com mais de um bilhão de dólares.[9]
Criando empresas
A partir daí, começou a criar novas empresas, ficando famoso no mundo empresarial pela inclinação para assumir riscos. Tornou-se inevitável no mercado a comparação de Eike com seu pai, tido como um empresário conservador e cauteloso.
É acusado de usar informações privilegiadas conseguidas através do cargo de seu pai na direção da Companhia Vale do Rio Doce, quando começou a negociar com minas de ouro.
Na virada do século, Eike era proprietário das seguintes empresas: EBX (empresa holding e encomendas expressas), TVX (mineração), MPX (energia), AMX (recursos hídricos) e MMX (mineração e siderurgia), todas com sede no Rio de Janeiro, onde passa a morar.
O mais bem sucedido de seus negócios é o de mineração: em 1999, a TVX acumulava 300 toneladas de ouro em reservas líquidas, produzia 20 toneladas anuais, contava com mais de 2 mil empregados e começava a atuar na Grécia. A preferência pelo xis na sigla das empresas tem uma explicação dada pelo próprio Eike: "O X representa a multiplicação, acelera a criação da riqueza".
Praticante de off-shore (corrida em lanchas de alta velocidade), conquistou os títulos de campeão brasileiro, americano e mundial entre 1990 e 1991.
Fracassos empresariais
Sofreu alguns revezes nos negócios, como a fábrica de jipes JPX, instalada em Pouso Alegre, Minas Gerais, que fechou em 2002, após vários problemas com fornecedores, rede de concessionárias e redução de compras de seu maior cliente, o governo brasileiro.[9] Montou também uma empresa de encomendas expressas, a EBX, que apesar de ter sido líder de mercado, faliu em três anos quando os Correios reagiram à concorrência.[9] Criou também uma franquia no ramo de cosméticos, utilizando o nome de sua então esposa Luma de Oliveira, mas o negócio foi vendido em 2002 sem nunca ter dado o retorno esperado.[9] Os três revezes teriam custado perdas da ordem de 160 milhões de dólares.[9]
Em 2006, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro considerou Eike responsável pela falência de dez franqueadas da FLX Consultoria e Franchising Ltda., que comercializavam produtos da marca Clarity. A FLX era de propriedade de Eike e Luma, sendo Eike dono de 99% das ações. Foi desconsiderada a personalidade jurídica da empresa e os bens pessoais de Eike teriam que responder pela indenização, que atingia cerca de 4 milhões de reais.[11]
Relação com políticos
Eike desembolsa considerável quantia em doações para candidatos e partidos políticos, de vários estados. Nas eleições de 2006, contribuiu com 4,5 milhões de reais. Conforme Delcídio Amaral, senador pelo Mato Grosso do Sul que recebeu 400 mil reais para sua campanha naquelas eleições, as doações foram da pessoa física, pois "ele [Eike] separa as coisas".[2] Foi o maior doador da campanha de Waldez Góes, governador reeleito do Amapá, com 200 mil reais[12], e também o maior doador pessoa física para a campanha de reeleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva, com um milhão de reais.[13]. Contribuiu com 10 milhoes de reais para o Comite Olimpico Brasileiro.
Quando teve problemas na Bolívia ao tentar implantar uma siderúrgica naquele país, mas sendo expulsa por Evo Morales, contratou José Dirceu como consultor para intermediar as negociações.[2] Foi também o maior patrocinador privado do filme Lula, o filho do Brasil, de Luiz Carlos Barreto, doando um milhão de reais para o projeto cultural.[14]
Casamento e separação
Em 1991, apesar da oposição da família, casa-se com Luma de Oliveira, atriz e modelo, mas principalmente um dos símbolos sexuais dos homens brasileiros. Ele abandonou sua noiva, a socialite Patrícia Leal, a uma semana da cerimônia de casamento para ficar com Luma. Eike e Patrícia já haviam casado no religioso, união posteriormente anulada pelo Vaticano, permitindo que Patrícia se casasse dois anos depois com Antenor Mayrink Veiga, ex-namorado de Luma.[15] Estiveram casados por 13 anos e tiveram dois filhos, Thor e Olin.
Em 2004, a separação de Eike e Luma repercute intensamente na mídia. A separação coincidiu com um período em que era grande a exposição de Luma no noticiário, pois, rompendo um acordo tácito que teria feito com o marido, voltou a desfilar no Carnaval carioca, posou para revistas masculinas e também para um calendário do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Quando deste último trabalho, teria se envolvido com um oficial daquela corporação, o capitão Albucacys, o que ambos desmentem.
Depois da separação
Após a separação, sucederam-se fatos negativos na vida empresarial de Eike. Em 2006, após encerrar uma disputa com a Petrobrás devido a um contrato assinado em 2002, a MMX vendeu à estatal, por 137 milhões de dólares, uma termoelétrica no Ceará, apelidada de "Termoluma", em alusão à ex-mulher de Eike. A estatal havia assumido os custos de operação da usina, mas não a usava, porque não havia demanda, dando prejuízo à Petrobrás (quando firmado o contrato, havia falta de energia no país). Depois de longa batalha na justiça, a estatal comprou a usina.[16]
Ainda em 2006, teve que abandonar o projeto de uma siderúrgica na Bolívia, diante de acusações do presidente Evo Morales de desrespeito às leis do país, pois o empreendimento estava localizado na faixa de fronteira e contribuiria para a devastação de florestas. Em entrevista, Eike disse que se tratava de perseguição política, pois seus sócios bolivianos eram opositores de Morales.
No entanto, no mesmo ano, lança ações da MMX na Bovespa e levanta mais de um bilhão de reais de fundos nacionais e estrangeiros com o objetivo de tornar a empresa uma das gigantes mundiais na exploração de minério de ferro. Inicia ainda novos negócios no Rio de Janeiro: o sofisticado restaurante chinês Mr. Lam, na Lagoa, um hospital na Barra da Tijuca e uma empresa de turismo para promover passeios de navio na Baía de Guanabara.
Assume um namoro com a ex-modelo Flávia Sampaio, 23 anos mais jovem[17], e, de volta às corridas de lancha, bate o recorde da travessia marítima Rio-Santos.[8]
Em junho de 2008, a oferta pública inicial de ações da OGX Petróleo Gás e Participações na Bovespa atinge 6,711 bilhões de reais, tornando-se a maior oferta pública inicial da história da bolsa brasileira. A demanda foi dez vezes maior que a oferta, atingindo o teto da faixa sugerida, sendo em sua maioria comprada por estrangeiros.[18]
Homem mais rico do Brasil
Em março de 2008, o brasileiro mais bem cotado na lista da revista Forbes era Antonio Ermírio de Moraes, na 77ª posição, com um patrimônio familiar de US$10 bilhões. Outros 17 brasileiros, entre eles o empresário Eike Batista, que declarou em 2008 que pretende se tornar o homem mais rico do mundo em cinco anos[9], apareciam na lista.
No ranking da Forbes de 2008, Eike estava na posição nº 142 dentre as maiores fortunas do mundo, então estimada em 6,6 bilhões de dólares.
Após a venda de parte da mineradora MMX para a gigante multinacional Anglo American por US$ 5,5 bilhões, o empresário Eike Batista, 51 anos, calculou a sua fortuna e chegou à conclusão de que já possuía US$ 16,6 bilhões - do total do negócio, R$ 3 bilhões foram diretamente para o seu bolso. "Sou o homem mais rico do Brasil", afirmou, segundo reportagem da revista Exame. De acordo com a publicação, e se os cálculos do empresário não estiverem errados, ele seria o 26º homem mais rico do mundo pelo ranking da Forbes.[9] A revista Época Negócios, em maio de 2008, havia estimado seu patrimônio em 17,5 bilhões de dólares, estimando em 13,5 bilhões de dólares suas participações acionárias no "império X", 3,3 bilhões de dólares em dinheiro, pela venda de parte da MMX à Anglo American e 400 milhões pelo seu patrimônio imobiliário. Não foram contabilizados seus bens móveis, como carros, lanchas e aviões.[17] Como grande parte da fortuna é vinculada ao preço de ações das empresas, a crise mundial que derrubou bolsas no mundo inteiro foi responsável pela sensível queda das estimativas a partir do segundo semestre de 2008.
Além do tamanho da fortuna, impressiona também a velocidade com que ela cresceu, diz a revista Exame. Batista tinha um patrimônio calculado em R$ 1,6 bilhão até 2005, quando era mais conhecido como o ex-marido da modelo Luma de Oliveira. Desde então, esse montante teria aumentado em mais R$ 15 bilhões em dois anos, chegando a 17,5 bilhões de dólares, segundo a revista Época Negócios (antes das investigações da PF). [19] O aumento rápido de sua fortuna foi impulsionado especialmente pelo rápido aumento de preço das commodities e pelo rápido crescimento do mercado de capitais brasileiro.[9]
Seu sucesso também é creditado por trazer grandes executivos para trabalhar em suas empresas, oferecendo vantajosas participações no capital de suas empresas.[9] Paga generosas comissões a banqueiros de investimento, que assim passam uma ótima imagem dele a seus clientes, o que traz grande valorização para suas empresas.[9]
Segundo a revista Forbes em sua lista de 2009 dos homens mais ricos do mundo, o empresário Eike Batista passou do 142º para o 61º lugar e é o brasileiro mais bem colocado. Ele aparecia com uma fortuna calculada em US$ 6,6 bilhões, valor que passou a US$ 7,5 bilhões na estimativa para 2009.
Investigação pela PF
Eike Batista tem sido alvo de investigação de uma operação da Polícia Federal, a qual recebeu ironicamente o nome "Toque de Midas", alusão ao Rei da Mitologia Grega que transformava em ouro tudo aquilo que tocava. Alguns especialistas no setores petrolífero e minerador desconfiavam do rápido e vertiginoso enriquecimento de Eike, levando em conta o fácil êxito de seus negócios em setores demasiado competitivos. A PF investiga possível financiamento ilícito de campanha política que visualizasse facilidade na concessão de licitações em determinadas áreas de exploração mineral no Estado do Mato Grosso. Além disso, também se cogita uma possível fraude no processo licitatório de concessão da Estrada de Ferro do Amapá (EFA), operada pela MMX. [20] Segundo a revista Carta Capital, anúncio da operação da PF causou às empresas de Eike, nos dias subseqüentes, uma perda de valor em bolsa de R$ 5,3 bilhões.
Tem sido apuradas suas ligações com o governador do Amapá, Waldez Góes.[12]
Empresas
Para saber mais sobre as empresas de Eike Batista:
EBX
MMX
Mr Lam
Porto de Peruíbe
AVX Táxi Aéreo
Eike é um dos sete filhos do empresário Eliezer Batista, ministro das Minas e Energia no Governo João Goulart e, ao longo de boa parte da ditadura militar, presidente da Companhia Vale do Rio Doce, então uma empresa estatal.
A mãe nasceu na Alemanha e Eike viveu em sua companhia naquele país, dos 12 aos 23 anos.[8]
Eike formou-se engenheiro metalúrgico na Alemanha.[2] Iniciou seus negócios intermediando a venda de diamantes, quando identificou vendedores na selva amazônica e apresentou-os a empresários europeus.[2] Associou-se a um conhecido garimpeiro de Alta Floresta, conhecido como Ditão, que permitiu que ele transitasse livremente pelos garimpos da região em troca de obter compradores para o ouro. Reconhecendo o bom investimento, Eike acabou comprando a mina, o que lhe rendeu um patrimônio de 6 milhões de dólares aos 25 anos.[9] Para tanto, teria pedido, aos 22 anos, logo após sair da universidade, um empréstimo de 500 mil dólares a dois joalheiros judeus, obtendo 6 milhões de dólares em apenas um ano, conforme relato de um dos diretores da EBX.[2]
No início dos anos 90, quando possuía considerável quantidade de minas, a mineradora canadense Treasure Valley interessou-se pelo negócio, dando a Eike uma participação de 11% da empresa em troca das minas no Brasil. Eike tornou-se o principal acionista e presidente da empresa e seu nome foi trocado para TVX.[9] Entre 1991 e 1996, o valor da empresa mais que triplicou, mas os negócios na Grécia causaram redução considerável dos lucros e Eike acabou renunciando ao comando da empresa em 2001, que acabou sendo comprada pela Kinross Gold Corp. em junho de 2002 por 875 milhões de dólares canadenses.[10] Eike teria deixado a empresa com mais de um bilhão de dólares.[9]
Criando empresas
A partir daí, começou a criar novas empresas, ficando famoso no mundo empresarial pela inclinação para assumir riscos. Tornou-se inevitável no mercado a comparação de Eike com seu pai, tido como um empresário conservador e cauteloso.
É acusado de usar informações privilegiadas conseguidas através do cargo de seu pai na direção da Companhia Vale do Rio Doce, quando começou a negociar com minas de ouro.
Na virada do século, Eike era proprietário das seguintes empresas: EBX (empresa holding e encomendas expressas), TVX (mineração), MPX (energia), AMX (recursos hídricos) e MMX (mineração e siderurgia), todas com sede no Rio de Janeiro, onde passa a morar.
O mais bem sucedido de seus negócios é o de mineração: em 1999, a TVX acumulava 300 toneladas de ouro em reservas líquidas, produzia 20 toneladas anuais, contava com mais de 2 mil empregados e começava a atuar na Grécia. A preferência pelo xis na sigla das empresas tem uma explicação dada pelo próprio Eike: "O X representa a multiplicação, acelera a criação da riqueza".
Praticante de off-shore (corrida em lanchas de alta velocidade), conquistou os títulos de campeão brasileiro, americano e mundial entre 1990 e 1991.
Fracassos empresariais
Sofreu alguns revezes nos negócios, como a fábrica de jipes JPX, instalada em Pouso Alegre, Minas Gerais, que fechou em 2002, após vários problemas com fornecedores, rede de concessionárias e redução de compras de seu maior cliente, o governo brasileiro.[9] Montou também uma empresa de encomendas expressas, a EBX, que apesar de ter sido líder de mercado, faliu em três anos quando os Correios reagiram à concorrência.[9] Criou também uma franquia no ramo de cosméticos, utilizando o nome de sua então esposa Luma de Oliveira, mas o negócio foi vendido em 2002 sem nunca ter dado o retorno esperado.[9] Os três revezes teriam custado perdas da ordem de 160 milhões de dólares.[9]
Em 2006, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro considerou Eike responsável pela falência de dez franqueadas da FLX Consultoria e Franchising Ltda., que comercializavam produtos da marca Clarity. A FLX era de propriedade de Eike e Luma, sendo Eike dono de 99% das ações. Foi desconsiderada a personalidade jurídica da empresa e os bens pessoais de Eike teriam que responder pela indenização, que atingia cerca de 4 milhões de reais.[11]
Relação com políticos
Eike desembolsa considerável quantia em doações para candidatos e partidos políticos, de vários estados. Nas eleições de 2006, contribuiu com 4,5 milhões de reais. Conforme Delcídio Amaral, senador pelo Mato Grosso do Sul que recebeu 400 mil reais para sua campanha naquelas eleições, as doações foram da pessoa física, pois "ele [Eike] separa as coisas".[2] Foi o maior doador da campanha de Waldez Góes, governador reeleito do Amapá, com 200 mil reais[12], e também o maior doador pessoa física para a campanha de reeleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva, com um milhão de reais.[13]. Contribuiu com 10 milhoes de reais para o Comite Olimpico Brasileiro.
Quando teve problemas na Bolívia ao tentar implantar uma siderúrgica naquele país, mas sendo expulsa por Evo Morales, contratou José Dirceu como consultor para intermediar as negociações.[2] Foi também o maior patrocinador privado do filme Lula, o filho do Brasil, de Luiz Carlos Barreto, doando um milhão de reais para o projeto cultural.[14]
Casamento e separação
Em 1991, apesar da oposição da família, casa-se com Luma de Oliveira, atriz e modelo, mas principalmente um dos símbolos sexuais dos homens brasileiros. Ele abandonou sua noiva, a socialite Patrícia Leal, a uma semana da cerimônia de casamento para ficar com Luma. Eike e Patrícia já haviam casado no religioso, união posteriormente anulada pelo Vaticano, permitindo que Patrícia se casasse dois anos depois com Antenor Mayrink Veiga, ex-namorado de Luma.[15] Estiveram casados por 13 anos e tiveram dois filhos, Thor e Olin.
Em 2004, a separação de Eike e Luma repercute intensamente na mídia. A separação coincidiu com um período em que era grande a exposição de Luma no noticiário, pois, rompendo um acordo tácito que teria feito com o marido, voltou a desfilar no Carnaval carioca, posou para revistas masculinas e também para um calendário do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Quando deste último trabalho, teria se envolvido com um oficial daquela corporação, o capitão Albucacys, o que ambos desmentem.
Depois da separação
Após a separação, sucederam-se fatos negativos na vida empresarial de Eike. Em 2006, após encerrar uma disputa com a Petrobrás devido a um contrato assinado em 2002, a MMX vendeu à estatal, por 137 milhões de dólares, uma termoelétrica no Ceará, apelidada de "Termoluma", em alusão à ex-mulher de Eike. A estatal havia assumido os custos de operação da usina, mas não a usava, porque não havia demanda, dando prejuízo à Petrobrás (quando firmado o contrato, havia falta de energia no país). Depois de longa batalha na justiça, a estatal comprou a usina.[16]
Ainda em 2006, teve que abandonar o projeto de uma siderúrgica na Bolívia, diante de acusações do presidente Evo Morales de desrespeito às leis do país, pois o empreendimento estava localizado na faixa de fronteira e contribuiria para a devastação de florestas. Em entrevista, Eike disse que se tratava de perseguição política, pois seus sócios bolivianos eram opositores de Morales.
No entanto, no mesmo ano, lança ações da MMX na Bovespa e levanta mais de um bilhão de reais de fundos nacionais e estrangeiros com o objetivo de tornar a empresa uma das gigantes mundiais na exploração de minério de ferro. Inicia ainda novos negócios no Rio de Janeiro: o sofisticado restaurante chinês Mr. Lam, na Lagoa, um hospital na Barra da Tijuca e uma empresa de turismo para promover passeios de navio na Baía de Guanabara.
Assume um namoro com a ex-modelo Flávia Sampaio, 23 anos mais jovem[17], e, de volta às corridas de lancha, bate o recorde da travessia marítima Rio-Santos.[8]
Em junho de 2008, a oferta pública inicial de ações da OGX Petróleo Gás e Participações na Bovespa atinge 6,711 bilhões de reais, tornando-se a maior oferta pública inicial da história da bolsa brasileira. A demanda foi dez vezes maior que a oferta, atingindo o teto da faixa sugerida, sendo em sua maioria comprada por estrangeiros.[18]
Homem mais rico do Brasil
Em março de 2008, o brasileiro mais bem cotado na lista da revista Forbes era Antonio Ermírio de Moraes, na 77ª posição, com um patrimônio familiar de US$10 bilhões. Outros 17 brasileiros, entre eles o empresário Eike Batista, que declarou em 2008 que pretende se tornar o homem mais rico do mundo em cinco anos[9], apareciam na lista.
No ranking da Forbes de 2008, Eike estava na posição nº 142 dentre as maiores fortunas do mundo, então estimada em 6,6 bilhões de dólares.
Após a venda de parte da mineradora MMX para a gigante multinacional Anglo American por US$ 5,5 bilhões, o empresário Eike Batista, 51 anos, calculou a sua fortuna e chegou à conclusão de que já possuía US$ 16,6 bilhões - do total do negócio, R$ 3 bilhões foram diretamente para o seu bolso. "Sou o homem mais rico do Brasil", afirmou, segundo reportagem da revista Exame. De acordo com a publicação, e se os cálculos do empresário não estiverem errados, ele seria o 26º homem mais rico do mundo pelo ranking da Forbes.[9] A revista Época Negócios, em maio de 2008, havia estimado seu patrimônio em 17,5 bilhões de dólares, estimando em 13,5 bilhões de dólares suas participações acionárias no "império X", 3,3 bilhões de dólares em dinheiro, pela venda de parte da MMX à Anglo American e 400 milhões pelo seu patrimônio imobiliário. Não foram contabilizados seus bens móveis, como carros, lanchas e aviões.[17] Como grande parte da fortuna é vinculada ao preço de ações das empresas, a crise mundial que derrubou bolsas no mundo inteiro foi responsável pela sensível queda das estimativas a partir do segundo semestre de 2008.
Além do tamanho da fortuna, impressiona também a velocidade com que ela cresceu, diz a revista Exame. Batista tinha um patrimônio calculado em R$ 1,6 bilhão até 2005, quando era mais conhecido como o ex-marido da modelo Luma de Oliveira. Desde então, esse montante teria aumentado em mais R$ 15 bilhões em dois anos, chegando a 17,5 bilhões de dólares, segundo a revista Época Negócios (antes das investigações da PF). [19] O aumento rápido de sua fortuna foi impulsionado especialmente pelo rápido aumento de preço das commodities e pelo rápido crescimento do mercado de capitais brasileiro.[9]
Seu sucesso também é creditado por trazer grandes executivos para trabalhar em suas empresas, oferecendo vantajosas participações no capital de suas empresas.[9] Paga generosas comissões a banqueiros de investimento, que assim passam uma ótima imagem dele a seus clientes, o que traz grande valorização para suas empresas.[9]
Segundo a revista Forbes em sua lista de 2009 dos homens mais ricos do mundo, o empresário Eike Batista passou do 142º para o 61º lugar e é o brasileiro mais bem colocado. Ele aparecia com uma fortuna calculada em US$ 6,6 bilhões, valor que passou a US$ 7,5 bilhões na estimativa para 2009.
Investigação pela PF
Eike Batista tem sido alvo de investigação de uma operação da Polícia Federal, a qual recebeu ironicamente o nome "Toque de Midas", alusão ao Rei da Mitologia Grega que transformava em ouro tudo aquilo que tocava. Alguns especialistas no setores petrolífero e minerador desconfiavam do rápido e vertiginoso enriquecimento de Eike, levando em conta o fácil êxito de seus negócios em setores demasiado competitivos. A PF investiga possível financiamento ilícito de campanha política que visualizasse facilidade na concessão de licitações em determinadas áreas de exploração mineral no Estado do Mato Grosso. Além disso, também se cogita uma possível fraude no processo licitatório de concessão da Estrada de Ferro do Amapá (EFA), operada pela MMX. [20] Segundo a revista Carta Capital, anúncio da operação da PF causou às empresas de Eike, nos dias subseqüentes, uma perda de valor em bolsa de R$ 5,3 bilhões.
Tem sido apuradas suas ligações com o governador do Amapá, Waldez Góes.[12]
Empresas
Para saber mais sobre as empresas de Eike Batista:
EBX
MMX
Mr Lam
Porto de Peruíbe
AVX Táxi Aéreo
Referências
↑ #142 Eike Batista - Forbes.com. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 Veja Rio on-line. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ Crise corrói US$ 10 bilhões da fortuna de Eike Batista - O Globo. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ The World's Billionaires 2009 - Forbes.com. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ Eike Batista é o homem mais rico do Brasil - Portal EXAME. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ Época - NOTÍCIAS - Os 100 brasileiros mais influentes de 2009. revistaepoca.globo.com. Página visitada em 20 de Dezembro de 2009.
↑ Época NEGÓCIOS - Notícias e tendências sobre economia, negócios, inovação e sustentabilidade - NOTÍCIAS - O enigma Eike. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ 8,0 8,1 Folha Online - Brasil - Saiba mais sobre o empresário Eike Batista - 11/07/2008. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ 9,00 9,01 9,02 9,03 9,04 9,05 9,06 9,07 9,08 9,09 9,10 9,11 Portal Exame
↑ Bloomberg
↑ Eike Batista é responsabilizado por falência.... Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ 12,0 12,1 Folha Online - Brasil - Investigação da PF aproxima ainda mais o empresário Eike Batista ao governo do Amapá - 15/07/2008. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ Folha Online - Brasil - Setor bancário deu maior doação à campanha de Lula - 29/11/2006. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ ISTOÉ Dinheiro - Revista Semanal de Negócio, Economia, Finanças e E-Commerce. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ ZAZ - ISTOÉ GENTE - REPORTAGENS - Luma de Oliveira e o prazer de provocar. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ Folha Online - Dinheiro - Compra da "TermoLuma" é boa para Petrobras, diz Merrill Lynch - 24/03/2005. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ 17,0 17,1 Época Negócios - EDG ARTIGO IMPRIMIR - O enigma Eike. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ OGX faz o maior IPO da Bovespa, com R$ 6,7 bilhões - 12/06/2008 - Agência Estado. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ Notícias e indicadores de economia e finanças - Invertia. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ Empresa de Eike Batista é suspeita de fraude em licitação e empresário vira alvo de Operação da PF - O Globo Online. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
Ligações externas
[1] Eike e Luma: detalhes da separação
[2] Recorde na travessa marítima Rio-Santos: texto e vídeo
http://portalexame.abril.uol.com.br/revista/exame/edicoes/0910/negocios/m0149852.html
↑ #142 Eike Batista - Forbes.com. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 Veja Rio on-line. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ Crise corrói US$ 10 bilhões da fortuna de Eike Batista - O Globo. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ The World's Billionaires 2009 - Forbes.com. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ Eike Batista é o homem mais rico do Brasil - Portal EXAME. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ Época - NOTÍCIAS - Os 100 brasileiros mais influentes de 2009. revistaepoca.globo.com. Página visitada em 20 de Dezembro de 2009.
↑ Época NEGÓCIOS - Notícias e tendências sobre economia, negócios, inovação e sustentabilidade - NOTÍCIAS - O enigma Eike. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
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↑ Bloomberg
↑ Eike Batista é responsabilizado por falência.... Página visitada em 27 de outubro de 2009.
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↑ Notícias e indicadores de economia e finanças - Invertia. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
↑ Empresa de Eike Batista é suspeita de fraude em licitação e empresário vira alvo de Operação da PF - O Globo Online. Página visitada em 27 de outubro de 2009.
Ligações externas
[1] Eike e Luma: detalhes da separação
[2] Recorde na travessa marítima Rio-Santos: texto e vídeo
http://portalexame.abril.uol.com.br/revista/exame/edicoes/0910/negocios/m0149852.html
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