TERRA
A Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada no Rio de Janeiro, irá afetar o tráfego dos voos comerciais na cidade. A determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em diminuir a circulação no espaço aéreo da cidade irá afetar cerca de 98 voos das quatro principais companhias aéreas do País.
Os voos cancelados serão com destino ao aeroporto do Galeão. A Gol informou que irá cancelar oito voos no dia 20, 30 voos no dia 22 e três no sábado, dia 23. Já a TAM cancelará 12 voos no dia 20 de junho e outros dois no dia 22 de junho. A WebJet informou que, ao todo, 27 voos serão remarcados. Já a Azul irá cancelar seis voos no dia 19 de junho, cinco no dia 20 de junho e cinco no dia 22 do mesmo mês.
As companhias afirmaram que irão entrar em contato com os clientes e reembolsar quem havia comprado os bilhetes. Eles também poderão ser reacomodados em outros voos.
Rio+20
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 13 a 22 de junho de 2012, deverá contribuir para a definição da agenda de discussões e ações sobre o meio ambiente nas próximas décadas.
Com o objetivo de renovar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes, a Rio+20 terá como foco principal a economia verde e a erradicação da pobreza.
A Rio+20, que assim é chamada por marcar os 20 anos da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), será composta por três momentos. Nos primeiros dias, de 13 a 15 de junho, está prevista a 3ª Reunião do Comitê Preparatório, em que representantes governamentais discutirão os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. Entre os dias 16 e 19 serão programados eventos com a sociedade civil. E de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.
No entanto, mesmo com toda a expectativa para acordos que possam mudar o futuro do planeta, a conferência é alvo de críticas e alguns chefes de Estados apontam, inclusive, para o "risco de fracasso" da Rio+20. O presidente francês, François Hollande, que deve estar presente no evento, » alertou para as dificuldades e riscos de que se pronunciem palavras que não serão cumpridas com atos.
A ex-ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, » também criticou a Rio+20. Para ela, os líderes políticos "conseguiram excluir a ciência do debate" e o documento que prepara para a Rio+20 "manteve o problema de separar ecologia e economia, quando é preciso integrá-las".
Além disso, apesar dos esforços do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, vários líderes mundiais estarão ausentes, incluindo o presidente americano Barack Obama. Do lado europeu, o presidente russo Vladimir Putin, o presidente da Comissão Europeia José Manuel Barroso e o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy confirmaram presença. No entanto, nem a chanceler alemã Angela Merkel nem o primeiro ministro britânico David Cameron deverão participar. Para garantir a presença de países africanos e caribenhos, o Itamaraty, o Ministério da Defesa e a Embraer trarão as delegações de 10 deles.
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