Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

segunda-feira, 11 de junho de 2012

#ELEIÇÕES2012 NO RIO - Marcelo Freixo lança candidatura à Prefeitura do Rio


Deputado atacou Eduardo Paes durante evento de lançamento

O GLOBO 
Marcelo Freixo confirma candidatura à Prefeitura do Rio em evento na Câmara dos Vereadores
O GLOBO

RIO - O deputado estadual Marcelo Freixo foi oficializado como candidato do PSOL à Prefeitura do Rio nesta segunda-feira. Em evento realizado na Câmara dos Vereadores, Freixo disse que está preparado para a campanha nas redes sociais e que vai participar da "primavera carioca". Esse é o nome que o candidato dá ao movimento de sua campanha.


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- Essa vai ser uma campanha de muita rua e muita rede. Nós sabemos que temos pouco tempo na televisão porque não aceitamos fazer alianças espúrias. Mas vamos usar as redes sociais, que têm influência enorme junto à população do Rio de Janeiro, e estar nas ruas. Essa militância está acreditando, e é possível que essa seja uma primavera muito diferente do que a gente já teve em outras eleições - disse ele.

Ao lado de integrantes do partido e com apoio de artistas e intelectuais, Freixo atacou a gestão do prefeito Eduardo Paes na área da saúde e educação. Ele acrescentou que considera o prefeito omisso em questões políticas importantes para a população, como o transporte público . O ator Wagner Moura compareceu à oficialização e foi o único não filiado ao PSOL a discursar no evento. O apoio de artistas faz parte da estratégia montada pelo partido para chegar ao segundo turno. O candidato a vice-prefeito na chapa de Freixo é o músico Marcelo Yuka. Durante a solenidade foram anunciados os apoios de Ivan Lins, Caetano Veloso, Frei Beto, Leonardo Boff e Luiz Eduardo Soares.

- Isso faz parte do Rio de Janeiro. É muito bom poder ter o Marcelo Yuka como vice e ter artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso, Wagner Moura. São pessoas que têm uma posição na sociedade muita crítica. São artistas muito queridos e não estão aqui por nenhum interesse privado, e sim como cidadãos do Rio de Janeiro - disse Freixo.

No evento discursaram os deputados Chico Alencar, Jean Wyllys e Ivan Valente, a ex-senadora Marinor Britto, a presidente do PSOL-RJ, Janira Rocha, e Milton Temer. Ivan Valente também comentou o apoio de artistas.

- É muito importante esse apoio que nós estamos recebendo. Estamos vendo algo que não acontece desde 1989, quando as classes artística e intelectual apoiaram a candidatura do Lula.

O ator Wagner Moura explicou sua participação:

- Eu estou aqui por vontade, porque acredito nesse projeto, porque vejo beleza na candidatura que Freixo representa. Não estou aqui para ganhar nenhuma licitação. Uma campanha sinaliza o que será construído enquanto governo e essa campanha não será feita na base de financiamentos ilegítimos.

Freixo disse durante sua fala que o tema da segurança pública não é apenas responsabilidade do governo do estado e que a Prefeitura do Rio precisa disputar os jovens com milicianos e traficantes em áreas carentes. Mesmo sendo ameaçado de morte por sua atuação à frente da CPI que investigou e prendeu milicianos, Freixo disse que fará campanha na Zona Oeste.

- Não vou fazer disso uma guerra particular. A milícia não é um problema meu. É um problema do Rio. Porque se tem um candidato a prefeito nessa cidade que não pode ir para alguns lugares porque criminosos dominam, vamos combinar que esse é um problema do Rio de Janeiro. Isso deve ser tratado como um problema público, de todos, e não um problema exclusivo meu. Cabe ao estado garantir que a campanha de todos os candidatos possa ser feita em todos os lugares.

O candidato criticou a falta de lisura na licitação das linhas de ônibus da cidade feita em 2010. Freixo disse que, se assumir a Prefeitura, fará novamente o processo. Segundo o candidato, a escolha foi feita com “cartas marcadas”.

Sobre a possibilidade de a eleição ter um caráter nacional, ele citou a CPI do Cachoeira e a quebra de sigilo da Delta.

- Uma campanha no Rio de Janeiro sempre tem um caráter nacional. Essa é uma característica da política do Rio de Janeiro. A CPI do Cachoeira vai poder ter um efeito sobre alianças no Rio de Janeiro? Não sabemos. A quebra de sigilo da Delta pode interferir e gerar algum tipo de resultado que diz respeito à campanha eleitoral da mesma maneira como diz respeito ao mensalão. E é inevitável: qualquer campanha no Rio de Janeiro discute problemas nacionais.

No evento, o PCB aderiu à campanha de Freixo. O apoio foi considerado "natural" pelo candidato.


Um comentário:

Apelido disponível: Sala Fério disse...

Então, vamos exigir que, caso seja eleito, ele cumpra o mesmo que cobra dos outros partidos: dobrar os salários da Educação e Saúde sem deixar de dar reajustes a outras categorias, dar lares dignos a todos o que não têm, realizar todas as obras necessárias sem empreiteiras (o PSOL critica as empreiteiras e diz que são um mal em si, pois bancam governos para obter privilégios), além de pacificar toda a cidade sem usar o aparelho de repressão - já que critica isso no governo do RJ. Vamos esperar e ver. Também não pode fazer qualquer aliança com partido que não seja 'puro' ou 'limpo', nem mesmo nas votações da Câmara. Sem acordos e nem coligações espúrias: vamos cobrar.