Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

segunda-feira, 12 de abril de 2010

ESCÂNDALOS BRASILEIROS - Fraude em fundos de Sudene e Sudam pode chegar a R$ 16,6 bilhões, diz ministério


O Globo

RIO - Uma década após a série de escândalos envolvendo a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o saque promovido por fraudadores e maus administradores nas autarquias regionais ganhou uma proporção nunca imaginada: R$ 16,6 bilhões, quatro vezes mais do que o estimado na época dos escândalos, segundo o Ministério de Integração Nacional.
Esse é o valor que foi pelo ralo dos fundos de investimento da Amazônia (Finam) e do Nordeste (Finor) - mecanismo de financiamento das superintendências, revela reportagem de Bruno Villas Bôas publicada na edição desta segunda-feira do GLOBO. Passados dez anos, todos seguem impunes e o dinheiro não retornou aos cofres públicos.
Segundo o Ministério da Integração, responsável agora pelo passivo dos fundos, o calote foi aplicado por 1.571 empresas financiadas até 2001, quando as superintendências foram extintas no governo Fernando Henrique Cardoso em meio aos escândalos. Empresas fantasmas, projetos inexistentes, superfaturamento e laranjas estão no rol das denúncias, que envolvem empresários, políticos e servidores. Outra parte era de projetos mal avaliados e jamais fiscalizados. Até hoje, fraudes das antigas Sudam e Sudene são descobertas pelo Ministério Público Federal (MPF).
Os escândalos vieram à tona em 6 de abril de 2000, quando o então presidente do Senado Antônio Carlos Magalhães (PFL, atual DEM) acusou o senador Jader Barbalho de tráfico de influência na Sudam. Meses depois, foi descoberto que a mulher de Jader, Márcia Centeno, recebeu recursos do Finam, para investir em um ranário. O senador acabou renunciando ao cargo para escapar da cassação.

 


 

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