Governador mandou emissários para sondar parlamentares em Brasília. Senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) foi um dos consultados
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Marconi Perillo preside reunião da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura em 2008 (Valter Campanato/ABr)
Acuado com versões diferentes sobre a venda de uma mansão em Goiânia, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), começou a enviar emissários para sondar parlamentares da CPI do Cachoeira e tentar amansar congressistas que poderiam constrangê-lo no depoimento que vai prestar na próxima terça-feira. Entre os procurados estão senadores de primeiro mandato, como Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), considerado “combativo demais” pelo goiano,
Perillo, que nega ter procurado os parlamentares, se dispôs a conversar previamente com integrantes na CPI na segunda-feira ou no próprio domingo. Ele viria a Brasília antes de comparecer à comissão para “esclarecer” incongruências sobre pelo menos dois pontos: as quatro versões sobre o real comprador da mansão dele em Goiânia e o pagamento ao jornalista Luiz Carlos Bordoni, que recebeu recursos do então candidato a governador vindos da empresa Alberto&Pantoja, usada como “laranja” pela quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira para repassar dinheiro da empreiteira Delta.
O mistério que envolve a mudança de donos da casa de Perillo foi explorado longamente nesta semana durante a CPI no depoimento do empresário Walter Paulo Santiago. Dono da Faculdade Padrão, em Goiânia, Santiago é apontado pelo governador como o real comprador do imóvel. O choque de versões neste episódio é emblemático porque foi nesta mansão que Carlinhos Cachoeira foi preso em fevereiro pela Polícia Federal.
Perillo nega qualquer interferência entre os parlamentares da CPI. “Se alguém tomou essa iniciativa, foi sem o conhecimento do governador”, disse a chefia de gabinete do político goiano.
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