Publicada em 21/10/2011 às 23h11m
Evandro Éboli (eboli@bsb.oglobo.com.br)
BRASÍLIA - O Ministério do Esporte contratou uma ONG ligada a servidor da própria pasta. O Instituto Via BR foi contratado ano passado pelo ministério para a organização da IIIª Conferência Nacional do Esporte, em junho de 2010. A entidade foi registrada em nome de Vanessa Borba, sócia de Antônio Máximo em outra empresa, a Contra Regra. Máximo é chefe de gabinete de Wadson Ribeiro, secretário Nacional de Esporte Educacional do Ministério do Esporte.
NO CARGO: Dilma decide manter Orlando Silva no Ministério do Esporte
INFOGRÁFICO: Saiba quanto CGU cobra de cada ONG
Além da prestação de serviço para o Ministério do Esporte, a Via BR conseguiu outro contrato no governo. No fim de 2010, a organização foi contratada pela Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, para a produção de um documentário sobre desaparecidos políticos. Esse convênio foi no valor de R$ 278,9 mil, e o prazo de vigência de um ano. A ONG funcionava em São Paulo, no mesmo endereço da empresa Hermana Filmes e Produções, de propriedade de Ana Cristina Petta, mulher do ministro do Esporte, Orlando Silva.
No contrato com a Comissão de Anistia, a Via BR subcontratou a Hermana, e Ana Petta teve a incumbência de fazer o trabalho de pesquisa e análise do momento histórico relatado no documentário "Repare bem", que conta a história de três gerações de famílias de desaparecidos políticos. Ana Petta disse que, quando soube da ligação da Via BR com a pasta dirigida por seu marido, após ser procurada pela imprensa, devolveu os R$ 32,1 mil que recebera pelo serviço.
Ana Petta disse que tem uma carreira de atriz independente e que seu trabalho não tem vinculação com o do marido:
- Tenho minha própria carreira, independente do Orlando. Fiz o trabalho para qual fui contratada, ficou super bonito e devolvi o dinheiro quando soube da relação da empresa com o Ministério do Esporte.
O Ministério do Esporte confirmou que Antônio Máximo foi sócio da proprietário da Via BR numa outra empresa. Em nota, o ministério disse que para a contratação da ONG foi levada em conta apenas sua capacidade técnica. "O Ministério não se pauta por decisões de cunho ideológico e age sempre em respeito às normas que regem as celebrações de convênios", afirmou o Ministério do Esporte.
Para o ministério, o que importa é o trabalho feito pela entidade contratada e não cabe ao ministério julgar convênios de seus contratados com outros setores do governo.
O Ministério da Justiça confirmou o convênio com a Via BR. E informou que a entidade foi selecionada por edital e licitação publicado em junho de 2010. Em nota, o ministério afirmou que não há qualquer contrato firmado diretamente pela Pasta com a Hermana Filmes, de Ana Petta. "No escopo do convênio, consta que a Via BR contratou a empresa Hermana Filmes para desenvolver trabalho técnico especializado de pesquisa para subsidiar documentário".
O ministério confirmou que Ana Petta devolveu os R$ 32,1 mil e encaminhou cópia do recibo do depósito, feito no dia 26 de setembro, na conta do convênio. O documentário ficará pronto no final do ano.
Fonte O Globo http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/10/21/ong-ligada-servidor-do-ministerio-do-esporte-tambem-conseguiu-outro-contrato-com-governo-no-ministerio-da-justica-925634985.asp#ixzz1bWH7rTRQ
Evandro Éboli (eboli@bsb.oglobo.com.br)
BRASÍLIA - O Ministério do Esporte contratou uma ONG ligada a servidor da própria pasta. O Instituto Via BR foi contratado ano passado pelo ministério para a organização da IIIª Conferência Nacional do Esporte, em junho de 2010. A entidade foi registrada em nome de Vanessa Borba, sócia de Antônio Máximo em outra empresa, a Contra Regra. Máximo é chefe de gabinete de Wadson Ribeiro, secretário Nacional de Esporte Educacional do Ministério do Esporte.
NO CARGO: Dilma decide manter Orlando Silva no Ministério do Esporte
INFOGRÁFICO: Saiba quanto CGU cobra de cada ONG
Além da prestação de serviço para o Ministério do Esporte, a Via BR conseguiu outro contrato no governo. No fim de 2010, a organização foi contratada pela Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, para a produção de um documentário sobre desaparecidos políticos. Esse convênio foi no valor de R$ 278,9 mil, e o prazo de vigência de um ano. A ONG funcionava em São Paulo, no mesmo endereço da empresa Hermana Filmes e Produções, de propriedade de Ana Cristina Petta, mulher do ministro do Esporte, Orlando Silva.
No contrato com a Comissão de Anistia, a Via BR subcontratou a Hermana, e Ana Petta teve a incumbência de fazer o trabalho de pesquisa e análise do momento histórico relatado no documentário "Repare bem", que conta a história de três gerações de famílias de desaparecidos políticos. Ana Petta disse que, quando soube da ligação da Via BR com a pasta dirigida por seu marido, após ser procurada pela imprensa, devolveu os R$ 32,1 mil que recebera pelo serviço.
Ana Petta disse que tem uma carreira de atriz independente e que seu trabalho não tem vinculação com o do marido:
- Tenho minha própria carreira, independente do Orlando. Fiz o trabalho para qual fui contratada, ficou super bonito e devolvi o dinheiro quando soube da relação da empresa com o Ministério do Esporte.
O Ministério do Esporte confirmou que Antônio Máximo foi sócio da proprietário da Via BR numa outra empresa. Em nota, o ministério disse que para a contratação da ONG foi levada em conta apenas sua capacidade técnica. "O Ministério não se pauta por decisões de cunho ideológico e age sempre em respeito às normas que regem as celebrações de convênios", afirmou o Ministério do Esporte.
Para o ministério, o que importa é o trabalho feito pela entidade contratada e não cabe ao ministério julgar convênios de seus contratados com outros setores do governo.
O Ministério da Justiça confirmou o convênio com a Via BR. E informou que a entidade foi selecionada por edital e licitação publicado em junho de 2010. Em nota, o ministério afirmou que não há qualquer contrato firmado diretamente pela Pasta com a Hermana Filmes, de Ana Petta. "No escopo do convênio, consta que a Via BR contratou a empresa Hermana Filmes para desenvolver trabalho técnico especializado de pesquisa para subsidiar documentário".
O ministério confirmou que Ana Petta devolveu os R$ 32,1 mil e encaminhou cópia do recibo do depósito, feito no dia 26 de setembro, na conta do convênio. O documentário ficará pronto no final do ano.
Fonte O Globo http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/10/21/ong-ligada-servidor-do-ministerio-do-esporte-tambem-conseguiu-outro-contrato-com-governo-no-ministerio-da-justica-925634985.asp#ixzz1bWH7rTRQ
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