Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

RIO - Nú com a Mão no Bolso

Sem royalties, falta dinheiro para obras, UPPs e servidores
O governador Sérgio Cabral, ao lado do vice, Luiz Fernando Pezão: protestos contra redistribuição
Foto: Arquivo

Ana Paula Viana e Mario Campagnani 
Os investimentos do estado em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e em infraestrutura, principalmente obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, serão comprometidos, caso vire lei a nova proposta de redistribuição dos ganhos da produção de petróleo — os chamados royalties — entre todos os estados e municípios do país. A redução dos recursos recebidos pelo Rio afetará até o pagamento de inativos do estado, segundo o vice-governador, Luiz Fernando Pezão.

— O impacto maior será em obras de expansão do metrô e de saneamento, além de infraestrutura para a Copa e as Olimpíadas. Se o Rio perder sua participação nos royalties, elas vão parar. O governo não teria como arcar com a folha de pagamento dos aposentados, que hoje é bancada pelos royalties. Se tivermos que desviar dinheiro para pagar essa folha, paralisamos todas as nossas despesas — disse.O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, alertou para os problemas.

— Os serviços públicos vão piorar sem os recursos dos royalties. Saúde, segurança e educação terão menos verbas. A infraestrutura não vai funcionar. Vamos voltar ao cenário que tínhamos há alguns anos — disse Gouvêa Vieira.

O substitutivo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que redivide as receitas da exploração de petróleo, foi aprovado, anteontem, no Senado. Um estudo da Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico, divulgado ontem, mostra que as perdas do Estado do Rio e dos municípios fluminenses, somente em 2012, deverão chegar a R$ 3,1 bilhões.

Votação em 30 dias
O novo texto deverá ser votado em até 30 dias, na Câmara dos Deputados. Apesar da primeira aprovação, Cabral disse acreditar que a presidente Dilma Rousseff vetará a ideia.

— Ficaram comprometidas as finanças do estado completamente. Tem duas características muito graves. Não só (afeta) Copa e Olímpiadas. Fica também comprometido o pagamento aos aposentados e o pagamento (de dívidas) à União — afirmou

Fonte Extra http://extra.globo.com/noticias/economia/sem-royalties-falta-dinheiro-para-obras-upps-servidores-2854316.html#ixzz1bPq6VyUe

Um comentário:

Felipepompeua disse...

Os cariocas não merecem. Vão perder um recurso importante para o estado do Rio, e nada em troca. E tem mais. O Brasil também é um grande produtor de ferro, bauxita (alumínio), manganês e nióbio. Essas jazidas estão distribuídas por vários estados. Por que os benefícios que estes estados recebem também não entraram na conta. Ué, SP e Rj e outros, não tem direito a receber a sua parte, daquilo que é extraído no Para, ou em Minas Gerais. Como é que fica. Areia nos olhos dos outros é bom né.