Produtos fora de validade usados em radiografias prejudicam diagnósticos
Foto: Reprodução
“O revelador vencido faz com que o exame perca a definição, os contrastes. É um problema sério porque dificulta muito o diagnóstico. Na mamografia, por exemplo, há o risco de não se identificar um câncer em estágio inicial”, afirma João Paulo. “O revelador vencido em uma radiografia de tórax pode dificultar o diagnóstico de uma pneumonia”.
A imprecisão nos diagnósticos não é o único problema. O uso de fixador vencido faz com que um exame que poderia ser guardado por até 4 anos se apague em poucos dias. “Quando o fixador é velho, o filme fica grudando e a imagem pode se apagar em até uma semana. Ou seja, pode ser que o paciente sequer consiga levar o resultado para o médico”, diz João Paulo.
Segundo memorando interno do HFB ao qual O DIA teve acesso, o Centro de Diagnóstico e Imagem da unidade solicitou ao departamento de compras fixador em 29 de setembro. “Não conseguimos fixador (...) após várias solicitações. Se não recebermos até amanhã, não será possível revelar nenhum exame radiológico a partir desta data”.
Segundo funcionários do hospital, as caixas dos dois produtos, vencidos em abril e maio, foram entregues no centro no início de outubro. Além disso, os produtos que até ontem estavam sendo usados venceram em agosto.
Unidade admite falta de filme para radiografia
O hospital federal, que desde julho enfrenta uma crise de falta de medicamentos, equipamentos e insumos, não tem filme de tamanho 35x43, necessário para raios X de tórax e abdômen de adultos.
Segundo documento do HFB, segunda-feira, só havia filmes para dois dias de exames, o que pode acarretar a paralisação do procedimento. “Um adulto que sofre acidente de carro, por exemplo, deve ser submetido a este tipo de raios X”, diz funcionário do HFB.
Em nota, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde afirma que a direção “substituiu os materiais assim que detectou que (...) estavam fora da validade”. O hospital não explica como os produtos vencidos foram parar no centro de imagens: limita-se a negar que tenham sido usados. O HFB admite a falta do filme, diz que a compra “já foi providenciada”, mas não explica por que deixou o produto faltar.
Segundo a unidade, outro filme de tamanho similar pode ser usado “sem prejuízo no atendimento”.
A imprecisão nos diagnósticos não é o único problema. O uso de fixador vencido faz com que um exame que poderia ser guardado por até 4 anos se apague em poucos dias. “Quando o fixador é velho, o filme fica grudando e a imagem pode se apagar em até uma semana. Ou seja, pode ser que o paciente sequer consiga levar o resultado para o médico”, diz João Paulo.
Segundo funcionários do hospital, as caixas dos dois produtos, vencidos em abril e maio, foram entregues no centro no início de outubro. Além disso, os produtos que até ontem estavam sendo usados venceram em agosto.
Unidade admite falta de filme para radiografia
O hospital federal, que desde julho enfrenta uma crise de falta de medicamentos, equipamentos e insumos, não tem filme de tamanho 35x43, necessário para raios X de tórax e abdômen de adultos.
Segundo documento do HFB, segunda-feira, só havia filmes para dois dias de exames, o que pode acarretar a paralisação do procedimento. “Um adulto que sofre acidente de carro, por exemplo, deve ser submetido a este tipo de raios X”, diz funcionário do HFB.
Segundo a unidade, outro filme de tamanho similar pode ser usado “sem prejuízo no atendimento”.
Reportagem de Clarissa Mello e Pâmela Oliveira
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