Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

quarta-feira, 14 de abril de 2010

APOSENTADOS - Revisão do reajuste é adiada para fim do mês


Governo defende aumento de 6,14% para 7%, enquanto parlamentares pedem 7,71%. Sem acordo, proposta fica para depois

POR LUCIENE BRAGA

Rio - Aposentados e pensionistas do INSS que ganham acima do salário mínimo (R$ 510) terão de esperar mais para o desfecho da novela da revisão do reajuste concedido em janeiro, que pode passar de 6,14% para 7,71%. A MP 475, que trata do tema, estava na pauta de ontem da Câmara, mas foi adiada e só deve ser votada no fim do mês, devido aos feriados nacionais na semana que vem, além do aniversário de Brasília, dia 21.

Ontem, em reunião de líderes, o líder do governo na Casa, Cândido Vaccarezza (PT-SP), reafirmou que não existe a menor possibilidade de ultrapassar o índice de 7%. Segundo ele, o aumento real já custará R$ 5 bilhões e não há como dar mais. Ontem, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que havia batido o pé nos 6,14%, admitiu os 7%.

O aposentado Joaquim Maia, 80 anos, não confia na aprovação dos 7,71%. “Eu acho difícil. O presidente da Câmara (Michel Temer) está desinteressado, mas nosso movimento continua”, comenta. “A data está em aberto. Mas vamos fazer pressão”, insiste a presidente da Federação das Associações de Aposentados do Rio, Yedda Gaspar.

A Fundação Getúlio Vargas divulgou ontem o Índice de Preços ao Consumidor - Terceira Idade (IPC-3i), que subiu 2,72% nos primeiros três meses do ano. O INPC, índice oficial para o reajuste de aposentados, fechou em 2,30% no primeiro trimestre.

Centrais sindicais e a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas participaram ontem de audiência que tratou do repasse de 5% do Fundo Social que será mantido pelo pré-sal para o INSS. Até o ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, defendeu. Grupos de aposentados pediram que o repasse seja permanente, diferentemente do que se fez com a CPMF, extinta há dois anos.


 


 

Nenhum comentário: