Brasília - Mesmo com a redução de álcool na mistura da gasolina, em vigor desde 1º de fevereiro, o preço do álcool continua sendo mais vantajoso que o da gasolina, para abastecer carros flex, em apenas dois Estados do Brasil. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 21 e 27 de fevereiro, apenas em Mato Grosso e Goiás o álcool é mais competitivo que a gasolina. A redução da mistura, segundo governo, foi feita para aumentar a oferta do biocombustível no mercado e assim forçar uma baixa nos preços.
O levantamento leva em conta o critério de que o carro abastecido a álcool tem autonomia 30% menor do que quando abastecido na gasolina. Portanto, o preço por litro do combustível à base da cana-de-açúcar deve ser pelo menos 30% menor do que o derivado do petróleo para ser vantajoso. Em Mato Grosso, a diferença entre os preços do álcool e da gasolina é de 32,96%, e em Goiás de 30,03%, perto do limite.
A pesquisa feita pela ANP leva em conta os preços médios por litro de cada combustível oferecido pelos postos ao consumidor. Como o valor do litro pode variar bastante conforme o posto, vale a pena fazer a conta antes de decidir. Por exemplo, na maior cidade do País, São Paulo, é possível encontrar álcool de R$ 1,599 até R$ 2,099 por litro, sendo a média R$ 1,805.
A conta para decidir pelo combustível é simples. Multiplique o preço da gasolina por 0,7. Se o resultado for maior que o preço do álcool, compensa abastecer com o combustível renovável. Se o valor da multiplicação for menor que o do álcool, a gasolina é mais vantajosa.
As diferenças menores entre o preço dos dois combustíveis são as verificadas no Rio Grande do Sul (9,12%), Santa Catarina (14,97%), Acre (15,2%), Maranhão (15,21%) e Espírito Santo (15,42%).
Redução de álcool na gasolina
Em vigor a partir do dia 1º de fevereiro, a diminuição do percentual de álcool misturado na gasolina é uma medida do governo para tentar aumentar a oferta do combustível renovável e estancar a alta dos preços. A medida terá vigência de 90 dias e, segundo o Ministério de Minas e Energia, aumentará a oferta de etanol em cerca de 300 milhões de l.
Para segurar o preço da gasolina, que poderia aumentar com a redução da mistura de álcool, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre a gasolina, em R$ 0,08 por litro.
As informações são do Terra
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