da Efe, em Xangai
Três diretores da companhia láctea chinesa Panda Dairy foram condenados a penas de entre três e cinco anos de prisão por produzirem e venderem produtos contaminados com melamina (utilizada na fabricação de produtos sintéticos), em escândalo que envolveu as principais empresas de laticínios do país.
A maior pena foi imposta a Wang Yuechao, representante legal e subdiretor-general da companhia, que passará ficará preso por cinco anos e terá que pagar 400 mil iuanes (US$ 58,5 mil) de multa.
Os outros dois condenados foram Hong Qide, diretor-geral da empresa, condenado a quatro anos e seis meses de prisão e uma multa de 300 mil iuanes (US$ 50 mil), e Chen Dehua, subdiretor-geral, com três anos de prisão e multa de 200 mil iuanes (US$ 29,3 mil), segundo a agência Xinhua.
A firma era reincidente, já que já estava na lista negra de 20 empresas criadas no final de 2008 após ter sido descoberto o escândalo da melamina, produto químico que engana os detectores de proteínas, fazendo com que o leite diluído em água pareça ter mais nutrientes do que realmente tem.
Na ocasião, a contaminação matou pelo menos seis bebês e afetou outras 300 mil crianças em toda a China em 2008.
A sentença conclui que os três condenados tomaram a decisão de reutilizar uma parte do leite contaminada devolvido em pleno escândalo por um cliente com o objetivo de reduzir perdas.
Entre 7 de fevereiro e 21 de abril de 2009, a companhia distribuiu 6.520 latas de leite contaminado. Destas, 3.280 foram vendidas.
Os produtos continham até 34,1 miligramas de melamina por quilo, muito acima dos 2,5 miligramas permitidos pela legislação chinesa.
As autoridades sanitárias de Xangai descobriram as primeiras amostras suspeitas em fevereiro de 2009, e detiveram os três executivos em abril.
A população só foi informada em dezembro do ano passado, o que provocou indignação na imprensa local e acusações de encobrimento.
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