E alega que 25% das ausências foram por problemas de saúde
A maior parte do elevado número de ausências de deputados nas sessões plenárias deliberativas em 2009 ocorreu porque os deputados estavam participando de trabalhos das comissões permanentes e temporárias, da Comissão Mista de Orçamento e de CPIs, segundo justificativa apresentada ontem pela Assessoria de Imprensa da Câmara.
Por meio de nota, na qual contesta números do levantamento feito pelo site "Congresso em Foco" e publicado pelo GLOBO, a assessoria afirma que as atividades paralelas dos deputados, na própria Câmara, são responsáveis por 60% das faltas justificadas de 2009.
Segundo a assessoria, muitas vezes os deputados estão com ministros em audiências públicas na Câmara, em visitas de CPIs nos estados e em outras atividades de comissões externas, não podendo, nessas ocasiões, comparecer às sessões.
Na nota, a assessoria destaca que, enquanto em 2008 estiveram em funcionamento 31 comissões especiais e três CPIs, em 2009 funcionaram 80 comissões especiais e cinco CPIs.
"O trabalho das comissões, que motivou a maior parte das ausências dos parlamentares, resulta na aprovação conclusiva de mais proposições do que o plenário. Em 2009, foram aprovados conclusivamente 341 projetos de lei nas comissões, ante 237 em 2008. Enquanto isso, o plenário aprovou 231 proposições em 2009 e 209 em 2008", diz o texto.
Na nota, a assessoria da Câmara afirma também que a diferença entre as ausências dos parlamentares nas sessões plenárias entre 2008 e 2009 foi de 1.883 e não de 2.185, número divulgado pelo site "Congresso em Foco".
No levantamento, o site encontrou 9.820 faltas dos deputados em 2009 contra 7.643 em 2008.
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