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quinta-feira, 19 de abril de 2012

MAUS-TRATOS A ANIMAIS - falta estrutura para polícia investigar casos

Jornal da Tarde

A investigação da morte de 37 animais que foram encontrados em 13 de janeiro na casa de Dalva Lima da Silva, de 42 anos, na Vila Mariana, zona sul da capital, expõe a falta de estrutura para apurar crimes contra animais.

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As necropsias, por exemplo, só foram feitas depois que protetores arrecadaram dinheiro na internet para pagar os exames, capazes de determinar a causa da morte. Mas esse não é o único problema enfrentado pelos policiais.

Em outras ocorrências, eles reclamam de não ter à disposição veterinários que possam atestar que um bicho está sofrendo maus-tratos. Quando conseguem provar o crime, não encontram lugar para deixar o animal agredido.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura afirma que envia veterinários para apurar denúncias feitas à polícia e reclamações recebidas pelo telefone 156. O órgão diz que só faz necropsias em casos excepcionais.

O CCZ não pode exceder sua lotação máxima, o que poderia configurar maus-tratos. Então, muitas vezes, animais apreendidos são encaminhados para organizações não governamentais ou casas de protetores de animais.

Desde janeiro, a Divisão de Crimes contra o Meio Ambiente do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) recebeu 214 denúncias de maus-tratos a animais. Todas são apuradas, segundo o delegado Wilson Correia Silva. Parte delas é motivada por vizinhos descontentes com barulho e não configuram crime.

O inquérito a respeito dos 37 gatos mortos ainda não foi encerrado. A promotora Vânia Tuglio diz que apura se houve formação de quadrilha, o que aumentaria a pena de Dalva. A promotora pretende estipular pena de pouco mais de dois anos a Dalva. Seu advogado, Martim Lopes, diz que ela aplicou eutanásia em seis gatos porque eles já iriam morrer.


    

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