Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 3 de abril de 2012

BAIXARIA NA @ALERJ - Cidinha Campos (PDT) e Clarissa Garotinho (PR) protagonizaram debate com ofensas pessoais


Após bate-boca, deputadas agora decidem se calar

Cidinha Campos (PDT) e Clarissa Garotinho (PR) protagonizaram um acalorado debate no plenário da Assembleia Legislativa, com direito a ofensas pessoais

Ediane Merola

RIO - Após protagonizarem um acalorado debate no plenário da Assembleia Legislativa, com direito a ofensas pessoais, as deputadas estaduais Cidinha Campos (PDT) e Clarissa Garotinho (PR) não pretendem dar continuidade ao bate-boca, ocorrido na terça e na quarta-ferias da semana passada e com trechos publicados na coluna "Nhenhenhém", de Jorge Bastos Moreno, no GLOBO, sábado passado. As duas também não planejam entrar com representação na Mesa Diretora, que precisa ser procurada por algum parlamentar para encaminhar pedido de análise de falta de decoro à corregedoria da casa.

Por meio de sua assessoria, o presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB), disse que a Assembleia é um espaço democrático e, por esse motivo, no plenário cabe todo tipo de debate. Ele informou ainda que, nos dois dias, a discussão não afetou a votação dos projetos, que ocorreram normalmente.

A discussão teve início após o deputado federal Anthony Garotinho (PR), pai de Clarissa, publicar em seu blog que Cidinha teria tentado esconder uma doação de campanha feita pelo PMDB. Ela negou as acusações e atacou o deputado em plenário, chamando os membros da família do deputado de "pivete" e "trombadinha". Um dia depois, Clarissa contra-atacou comparando Cidinha à personagem Dona Clotilde, a Bruxa do 71, do seriado "Chaves", e lembrando que, no passado, ela atentou contra a própria vida.

Na terça-feira, quando fez o discurso contra Garotinho, Cidinha confirmou que recebeu dinheiro do PMDB e afirmou que o valor foi declarado ao TSE em 2010. Ao chamar o deputado de deletério, ela explicou que a palavra quer dizer doente, incapaz. A parlamentar continuou sua defesa até o deputado estadual Gilberto Palmares (PT) fazer um aparte e declarar solidariedade a ela, "pois é um absurdo é esse tipo de denúncia". Neste dia, Clarissa não estava no plenário.

Durante votação realizada no dia seguinte, para concessão do título de benemérito do estado ao Secretário estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões, a deputada Janira Rocha (PSol) criticou a medida e foi ironizada por Cidinha. Ela disse ter dúvidas se a parlamentar defende a PM ou o PM, numa referência ao marido de Janira, que é tenente da Polícia Militar e responde ao Conselho de Justificação por ter participado do movimento de luta dos policiais. O tema gerou polêmica, foi retirado da pauta e, ao ocupar o plenário para discursar, Clarissa saiu em defesa de Janira e dela própria, dizendo que Cidinha, como de costume, usou de sarcasmo com os deputados.

Nesta quinta-feira, ao conversarem com o GLOBO por telefone, Clarissa e Cidinha mantiveram os termos usados no bate-boca, mas afirmaram que não pretendem levar a discussão à Mesa Diretora. Clarissa acrescentou que não alimentará a conversa no plenário.

— A população não espera que o plenário seja palco de baixaria, mas jamais direcionei ofensa à deputada, é ela que sempre fala de nós, deputados da oposição. Apenas respondi à ofensa. Mas não pretendo levar à diante. Se quiser debater política, vamos debater — disse Clarissa, acrescentando que não entrará com representação. — Não penso em fazer isso, é isso o que ela quer, para depois ainda se fazer de vítima. Depois que ela perdeu o programa que tinha na TV fica usando a Alerj para falar besteira. Não vou mais entrar em debate, quero que ela reveja a postura dela.

Cidinha, que também pretende mudar o tom, diz que Clarissa é quem sempre a ataca, principalmente depois dos fins de semana, quando deve se encontrar com pai.

— Fico imaginando os dois falando de mim — contou Cidinha, acrescentando que não pretende denunciar o deputado federal. — Entrar contra o Garotinho? Ele não tem a menor credibilidade. Ele acha que não posso defender o atual governo, mas após a gestão dele é obrigação minha defender o Cabral. E a Clarissa disse que eu tentei o suicídio. Mas eu estava apaixonada, era jovem. E o que ela está fazendo? Está se juntando com outros para roubar.



Fonte O Globo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/apos-bate-boca-deputadas-agora-decidem-se-calar-4479788#ixzz1qyJQK5Cw

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