Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

MASSACRE NO REALENGO - escola de Realengo 7 meses após o atirador matar 12 alunos

Salas, corredores e até a fachada da unidade ganharam cores e formas diferente

No R7

Francine Dallolio / R7

As lembranças visuais são quase inexistentes eo antigo prédio foi todo modificado
Superação tem sido a palavra mais pronunciada entre professores e funcionários na Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo, zona oste do Rio de Janeiro, após sete meses da tragédia que abalou o Rio de Janeiro.

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O sentido de mudança ganhou força durante as obras de reestruturação da unidade escolar. Nada se parece com o cenário de medo do dia 7 de abril deste ano, quando o ex-aluno da instituição, Wellington Menezes de Oliveira, entrou no colégio armado com dois revólveres e atirou contra estudantes em uma sala de aula, matando 12 jovens e ferindo outros 12.

Salas, corredores, refeitório e até a fachada da escola ganharam cores e formas diferentes. Segundo Luis Marduk, diretor da unidade, o principal objetivo das obras foi resgatar o ambiente de estudo para auxiliar o processo de superação do trauma.
- Pensaram no primeiro momento em derrubar a escola e até fecha-la, mas a união da comunidade escolar, de ex-professores, e a adesão da maioria de pais, fizeram com que a escola se mantivesse em pé, compreendendo que o grande desafio era vencer a dor onde ela se instalou.

A instituição hoje conta com o apoio de psicólogos e pedagogos que acompanham diariamente alunos e professores. Seis crianças continuam afastadas da escola e recebem em casa atendimento psicológico e reforço escolar, para que não não haja defasagem de idade e série até que elas sejam naturalmente reintegradas ao ambiente escolar.

O processo de retomada da normalidade veio através das aulas de arte ministradas pela professora Laura Taves, que se surpreendeu com o amadurecimento precoce das crianças.

- Fiquei muito surpresa com o poder de superação dessas crianças. As manifestações de solidariedade com os colegas é imensa, vejo isso na produção dos trabalhos. Sempre escrevem o nome da escola acompanhados de mensagens de carinho.

As oficinas foram tão produtivas que um painel com azulejos pintados pelos alunos será colocado na fachada da instituição. Serão 5.560 azulejos com desenhos e mensagens de esperança colorindo o cenário escolar.

Sala onde atirador matou 12 alunos deixa de existir
A primeira reforma aconteceu depois de quinze dias da tragédia. Das salas em que o atirador esteve, uma foi incorporada à biblioteca e a outra foi transformada em laboratório multifuncional, que serve para atender as crianças com necessidades especiais.

Depois de sete meses, as lembranças visuais são quase inexistentes. O antigo prédio foi todo modificado. Na sala em que a tragédia aconteceu, colunas e paredes foram derrubadas, abrindo espaço para dois banheiros e um longo corredor que leva ao novo prédio anexo.

- O local não poderia ser mantido como sala de aula, em função das lembranças. Então, optamos por descaracterizá-lo. Além disso, a prefeitura ter doado o terreno atrás da escola para construirmos um prédio anexo.

As obras de construção do novo edifício começaram no mês de setembro e devem ficar prontas até o fim de dezembro. O novo edifício, com três andares, vai abrigar um laboratório de informática e ciências, sala de dança e artes marciais, além de um auditório para 120 alunos.






Pintura em azulejo faz parte das atividades desenvolvidas na escola e que auxiliam no processo de superação. Foto: Francine Dallolio

Um comentário:

Pro-Realengo - Luiz Fortes (administrador) disse...

Parabéns! Mas aguardamos que façam em todas as escolas do município..e não só onde a imprensa está presente...achamos que não fizeram para aparecer. Portanto vamos diminuir a verba dos póliticos em coisas desnecessárias e invistam na educação em geral.
ass: Pró-Realengo