Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 4 de outubro de 2011

JÉROME VALCKE - O Homem que venceu DIlma

           

A terceira mulher mais poderosa do mundo prometeu falar grosso com o presidente da Fifa e se rendeu ao secretário-geral

Por Augusto Nunes
Primeira mulher a assumir a presidência da República, primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da ONU, terceira mulher mais poderosa do mundo no ranking da revista Forbes, Dilma Rousseff acaba de ampliar o acervo de pioneirismos: é a primeira chefe de governo que, em vez de conceder uma audiência ao presidente da FIFA, pediu ao comandante da mais corrupta entidade esportiva do planeta que lhe abrisse um espaço na agenda. Foi Dilma quem solicitou a Joseph Blatter que a encontrasse em Bruxelas. Para ampliar a humilhação, o supercartola do futebol mandou em seu lugar o secretário-geral Jérôme Valcke.
Lastimável na forma, o espetáculo da subordinação protagonizado por Dilma e Orlando Silva, ministro do Esporte, foi ainda pior no conteúdo. Terminada a conversa com Valcke, ficou claro que o Brasil, para não perder a chance de gastar o que não tem com a Copa de 2014, fará tudo o que a Fifa quiser. “Deixamos claro que não aceitaremos certas reivindicações, como a suspensão dos descontos para os idosos”, recitou o ministro, caprichando na pose de defensor da pátria em perigo. Ou seja: o governo topa tudo, menos o que a Constituição não permite. Se tentasse suprimir algum dos direitos conferidos aos idosos, a Lei Geral da Copa tropeçaria no Supremo Tribunal Federal.
Esqueçam o noticiário ufanista dos jornais. O que houve na Bélgica cabe numa frase: a presidente do Brasil prometeu falar grosso com o número 1 da Fifa, sujeitou-se a uma reunião o número 2 e capitulou


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