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sábado, 3 de abril de 2010

INTERNACIONAL/IRÃ - Empresa iraniana comprou peças para enriquecer urânio, diz "Washington Post"


Colaboração para a Folha Online


Uma empresa iraniana ligada ao programa nuclear do país comprou equipamentos especiais para o enriquecimento de urânio, apesar de sanções que proíbem companhias e países de realizar transações deste tipo com o Irã, informa o jornal americano "The Washington Post" neste sábado.
A empresa comprou válvulas especiais e medidores de vácuo fabricados pela francesa KD Valves-Descote, que até dezembro pertencia ao conglomerado industrial americano Tyco International, diz o jornal.
O presidente da KD Valves, Jean-Pierre Richer, disse ao jornal que sua empresa não tem negócios com a China devido à natureza dos produtos que vende, enquanto um porta-voz da Tyco afirmou que a companhia revisou seus arquivos desde 2006 e não encontrou nenhuma venda para a Zheijiang ou para Talwar.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e agências de inteligências ocidentais estão investigando como essas peças chegaram até Teerã, segundo um diplomata em Viena, diz o "Washington Post".
Um e-mail de 14 de janeiro, que originou a investigação da AIEA, afirma que as válvulas chegaram ao Irã por meio de um intermediário representando uma companhia chinesa, diz o jornal.
No e-mail, o intermediário aparece como Vikas Kumar Talwar, que seria funcionário da empresa chinesa Zheijiang Ouhai Trade Corp., subsidiária do grupo Jinzhou, com sede em Wenzhou.
Pouco se sabe da empresa iraniana que supostamente obteve as válvulas, a Javedan Mehr Toos.
Integrantes de governos ocidentais afirmam que a empresa iraniana compra desde 2009 materiais nucleares para a Kalaye Electric Company, outra empresa do país envolvida na pesquisa e no desenvolvimento de centrífugas da Organização de Energia Atômica do Irã.
Aparentemente, a Javedan Mehr Toos tentou comprar ímãs de centrífugas, segundo as fontes.
A Kalaye Electric Company e a Organização de Energia Atômica do Irã foram sancionadas em dezembro de 2006 pela ONU por suas supostas atividades nucleares.
Uma fonte conhecedora da investigação da AIEA explicou que o Irã tentou por dez vezes nos dois últimos anos adquirir válvulas usadas no processo de enriquecimento de urânio. 'Alguns dos pedidos chegaram a seu destino, outros não', disse.
Investigadores americanos disseram que peças chegam com relativa frequência ao Irã por meio dos Emirados Árabes Unidos, China, Cingapura e Malásia.
Com Efe

 


 

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