Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

domingo, 11 de abril de 2010

ESPORTE/VÔLEI - Rio de Janeiro supera o São Caetano no tie-break e faz sua nona final de Superliga


Na briga pelo heptacampeonato, equipe carioca vai enfrentar o Osasco

GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro vai disputar sua nona final de Superliga. Após uma semana complicada, na qual a tensão de mais um revés somou-se ao drama de ficar ilhado por 20 horas no ginásio do Maracanãzinho, a equipe carioca entrou na quadra do Tijuca Tênis Clube, neste sábado, motivado para o jogo decisivo contra o São Caetano. Empurrado pelos gritos da fervorosa torcida, o time de Bernardinho aplicou 3 sets a 2, com parciais de 25/15, 20/25, 25/14, 25/27 e 15/8, e fechou a série melhor de três em 2 a 1.

Satiro Sodré/adorofoto

Dani Lins e Fabiana param a ponteira Mari, que chegou a se irritar com as provocações da torcida carioca

- Foi um espetáculo maravilhoso. Ainda bem que acabou bem para o nosso lado. Ganhamos dois sets com relativa facilidade. Mas foi um jogo tenso. Vimos que a coisa complica se dermos qualquer tipo de brecha para um time que tem Fofão, Mari e Sheilla. Mais uma vez, saímos de uma dificuldade e mostramos força. O time apresentou um vôlei de alto nível, e isso será importante em uma final em partida única - afirmou o treinador, referindo-se ao dia 18 de abril.

Nesta data, Rio de Janeiro e Osasco protagonizam a decisão dos últimos seis anos. O ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, será palco do duelo. A equipe carioca busca o heptacampeonato, sendo o quinto título seguido. O time paulista, por sua vez, tentará subir ao lugar mais alto do pódio pela quarta vez. O Osasco vai jogar sua 11ª final em 16ª edições da competição - a nona consecutiva.

Jogo começa com tumulto no entrada do ginásio

Para brigar por mais um título, o caminho foi longo. O Rio precisou esquecer a derrota do primeiro jogo, superar a noite de alagamento no Maracanãzinho, empatar a série em 1 a 1 e entrar para o tudo ou nada neste sábado. Quando a partida começou, torcedores tumultuavam o portão para tentar entrar no ginásio. A oposto Joycinha foi a maior pontuadora da partida, com 27 acertos - sendo 25 de ataque. As centrais Fabiana e Carol Gattaz foram importantes no bloqueio, assim como a levantadora Dani Lins na organização das jogadas.

Do outro lado, o São Caetano viu uma de suas principais jogadoras se descontrolar em quadra. Irregular, Mari foi alvo da torcida carioca. Durante os cinco sets, a ponteira ouviu provocações e, irritada, fez um gesto de ‘banana’. A oposto Sheilla foi quem se destacou no time, com 26 pontos.

- Sofremos com o volume de jogo do Rio de Janeiro, a constância que a equipe delas apresentou. Mas essa é a característica marcante desse time. É um elenco que se conhece muito bem, e a Fabizinha tem momentos que parece ter oito braços. Defende tudo. Fico satisfeito que foi uma partida disputada. Não foi um três sets a zero, o que não reflete o equilíbrio dos dois times. Tenho a certeza de que teremos uma grande final - disse o técnico Mauro Grasso.

Irritada, Mari dá nota zero para torcida carioca

O São Caetano entrou em quadra parecendo ainda não ter se recuperado da virada sofrida na segunda partida da série semifinal. O Rio de Janeiro conseguiu quebrar a recepção do time paulista e dificultar os ataques das ponteiras adversárias. Ao todo, a equipe carioca somou 14 pontos em falhas adversárias. Mais concentrado, o time de Bernardinho fechou o set em 25/15, sem grandes dificuldades.

No segundo set, um outro São Caetano voltou à quadra. Com a oposto Sheilla decidindo no ataque, o time paulista cresceu e chegou à primeira parada técnica com três pontos de vantagem (8/5). O número de erros excessivos mudou de lado. O Rio de Janeiro não apresentou o mesmo ritmo da primeira parcial e viu a ponteira adversária Mari dominar e ajudar a equipe paulista a marcar 16/11. O São Caetano administrou a diferença e, no ataque de Mariana, fechou o set em 25/20.

O Rio se recuperou e entrou para o terceiro set dificultando a recepção paulista. No ataque, Joycinha foi o destaque e ajudou as donas da casa a abrirem 8/2. A torcida carioca pegou no pé da ponteira Mari, que reagiu às provações com gestos e foi punida pela arbitragem. O jogo ficou quente dentro e fora da quadra. Com a levantadora Dani Lins melhor em quadra, o Rio de Janeiro continuou dominando e com vantagem (16/12). No contra-ataque de Joycinha, destaque do set, a equipe da casa fechou a parcial em 25/14.

- Eu não tenho sangue de barata. Isso é perseguição. Nunca fiz nada para essa torcida. Até penso em jogar aqui um dia. Hoje dou nota zero para a torcida do Rio de Janeiro - desabafou Mari, logo após a partida.

O técnico Mauro Grasso começou o quarto set com a ponteira Dayse no lugar de Mariana, como terminou a parcial anterior. E dois pontos de bloqueio do Rio de Janeiro marcaram o começo do set. O time carioca continuou com a mesma eficiência no saque e dificultou a recepção, assim como o ataque, da equipe paulista. Na primeira parada técnica, a vantagem das donas da casa era de cinco pontos.

O São Caetano evoluiu e diminuiu a vantagem. No bloqueio da levantadora Fofão sobre Érika, o grupo paulista encostou no marcador (14/13) para, em seguida, empatar (16/16). O placar ficou equilibrado até o fim do set, que foi decidido no detalhe. Depois de um ponto de bloqueio e do saque forçado de Fofão, que dificultou a recepção e causou os dois toques de Dani Lins, o São Caetano fez 26/24 e levou a decisão para o tie-break. 



Jogadoras do Rio se abraçam e festejam a vaga conquistada para mais uma final de Superliga

A atuação da central Fabiana fez a diferença no início do quinto set, e o Rio de Janeiro abriu 5/2. Apesar da dificuldade na recepção do São Caetano, a oposto Sheilla era a opção das bolas de segurança de Fofão. No ataque de Érika, o time carioca marcou 8/4. E a noite era mesmo da equipe da casa. Impulsionado pela torcida, o grupo de Bernardinho ditou o ritmo do set e fechou em 15/08, no contra-ataque da oposto Joycinha.

- Superação. Essa é a palavra. O grupo se uniu a cada dia depois de tudo o que passamos. O nome do time é superação - comentou a levantadora Dani Lins.

 


 

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