da Folha Online
Um terremoto de 6,1 graus na escala Richter atingiu o Chile na noite desta quarta-feira (3) e foi sentido em Santiago, no maior abalo secundário desde o terremoto de 8,8 graus do último sábado.
O epicentro do novo tremor, que deixou às escuras parte do município de Lampa, no norte da região Metropolitana de Santiago, ficou a 39 quilômetros a sudoeste de Valparaíso. O centro do terremoto foi no oceano, a uma profundidade de 34 quilômetros, segundo o USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos, na sigla em inglês), que monitora a atividade sísmica no mundo.
O abalo aconteceu às 23h locais na quarta-feira (mesmo horário de Brasília), e foi sentido, além de Santiago, na região de Valparaíso.
Segundo a agência de notícias Reuters, desde sábado, cerca de 150 terremotos secundários atingiram o Chile.
Vítimas
O número de mortos no terremoto de 8,8 que atingiu o Chile no sábado (27) subiu para 802, informou nesta quarta-feira à noite o Escritório Nacional de Emergência (Onemi).
De acordo com o subsecretário do Interior, Patrício Rosende, o número de desaparecidos continua em 19.
A região de Maule foi a que registrou mais mortes. No entanto, corpos também foram recolhidos nas localidades de Bío-Bío, O'Higgins --na região metropolitana de Santiago--, Valparaíso e Araucanía.
Rosende afirmou que o número de mortos pode aumentar, mas não deu detalhes sobre as vítimas fatais de acordo com cada região afetada pelo tremor.
Mais cedo, a presidente chilena, Michelle Bachelet, afirmou, com lágrimas nos olhos, que a cifra de mais de 800 mortos pelo devastador terremoto continuará subindo, enquanto a Marinha admitiu que não alertou a tempo a população litorânea sobre os tsunamis no Pacífico.
Quatro dias depois de um dos terremotos mais violentos da história, helicópteros, lanchas e equipes de socorro continuam à procura de sobreviventes. "Tenho a impressão de que vai haver mais mortos", disse Bachelet com a voz embargada a uma rádio.
Após críticas às autoridades nos últimos dias, a Marinha assumiu a culpa pela falha na comunicação com as populações costeiras no centro e sul do país, afetadas pelos maremotos decorrentes do sismo inicial.
com Efe e Reuters
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