Ultimato de Amorim a Hillary deve-se a subsídios ao algodão
Ao lado da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deu um ultimato ontem aos Estados Unidos na questão dos subsídios ao algodão, condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
Após uma reunião de trabalho com a secretária, o ministro afirmou que os EUA terão 30 dias — a partir da publicação, na próxima segunda-feira, da lista de produtos importados daquele país a serem sobretaxados pelo Brasil — para apresentarem compensações que evitem a retaliação comercial. Caso contrário, serão impostas restrições ao ingresso de bens americanos e a propriedade intelectual.
A lista de produtos já é conhecida pelo empresariado brasileiro. O prazo fixado pelo governo seria a última porta para uma negociação bilateral.
Depois de ouvir atentamente o que disse Amorim, Hillary garantiu que os EUA começarão a negociar, na próxima semana, um acordo com o Brasil.
Foi a primeira vez que um representante dos EUA admitiu apresentar compensações para evitar sanções nas áreas de bens e serviços. A secretária disse acreditar "num final feliz" para o episódio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário