Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 16 de março de 2010

RIO DE JANEIRO/GOVERJ/SEGURANÇA PÚBLICA - família é acusada de ataque a micro-ônibus

A polícia prendeu quatro acusados do ataque ao micro-ônibus da linha 701 (Alvorada-Madureira), que deixou 13 pessoas feridas na Cidade de Deus, há duas semanas. Os detidos são todos da mesma família: dois primos, o pai e a mãe de Leandro de Oliveira da Silva, 19 anos, que havia sido capturado pela PM horas antes do atentado. Seis das vítimas do crime ainda estão internadas em hospitais.
Segundo a polícia, a mãe de Leandro, Rosângela de Oliveira da Silva, 40 anos, incitou moradores a cercar o ônibus e apedrejar carros que transitavam no local, em protesto contra prisão do filho. Ela vai ser processada por associação ao tráfico e incentivo à baderna. O primo do traficante, Jefferson da Silva, 18 anos, está enquadrado na mesma acusação.
Os parentes tiveram suas prisões preventivas decretadas pela 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá. No fim da tarde de domingo, soldados da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Cidade de Deus receberam informações de que o foragido David Gomes da Silva, 23 anos, também primo de Leandro, estava em uma barbearia da comunidade. Ao chegarem ao estabelecimento, o acusado negou sua identidade, mas suas tatuagens o entregaram. Ele não sabia que os PMs já tinham informações sobre a sua vida.
David foi levado para a 32ª DP (Taquara), onde confessou ser traficante, mas negou participação no ataque. Segundo testemunhas, ele teria transportado gasolina em um galão para atear fogo ao veículo. De acordo com os os policiais da UPP, após o ataque, David fugiu para o Favela da Chatuba, no Complexo da Penha, onde ficou escondido algum tempo e depois espalhou um boato de que havia sido morto. "Ele pensava que a PM iria esquecê-lo", disse o capitão Sidnei Pazinni, comandante da UPP da Cidade de Deus.
A prisão de David não foi divulgada a princípio pela polícia, pois o delegado João Luiz Garcia, titular da 32ª DP, ainda possuía as ordens de prisão preventiva decretadas pela Justiça contra Jeferson e seus tios Rosângela e Argemiro Galdino da Silva, 44 anos.
Detidos na segunda-feira em uma ação conjunta da Polícia Civil com a PM, os três negam envolvimento no episódio. Testemunhas contaram que pelo menos 15 pessoas cercaram o ônibus e jogaram pedras, uma delas no para-brisa, o que teria forçado o motorista a parar.
Na segunda-feira, policiais da 32ª DP, do 18º BPM (Jacarepaguá) e da UPP da Cidade de Deus cercaram as casas dos pais de Leandro, onde também estava Jefferson. Não houve reação. Segundo a polícia, o pai de Leandro, Argemiro Galdino da Silva, não teve participação nas manifestações nem no ataque ao coletivo, mas será processado por associação ao tráfico, já que vivia às custas do filho.
Os policiais da 32ª DP estão agora tentando capturar dois traficantes da Cidade de Deus, conhecidos como Índio e Lindinho, reconhecidos por testemunhas como participantes do ataque ao micro-ônibus.
O Dia

 

 

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