RACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre
da Agência Folha, em Porto Alegre
Ativistas da Via Campesina promoveram nesta quarta-feira uma série de protestos no Rio Grande do Sul em alusão ao Dia Internacional da Mulher (8 de março).
Simultaneamente, mulheres sem-terra em três cidades gaúchas invadiram um prédio público, bloquearam uma rodovia e ainda impediram o tráfego de caminhões na frente de uma multinacional do agronegócio.
As alegações para os protestos foram a política agrícola do governo federal, que os sem-terra dizem privilegiar o agronegócio, e a violência cometida contra as mulheres.
Ninguém foi preso. De acordo com a Brigada Militar, não houve repressão porque os protestos foram pacíficos. Segundo a polícia e a Via Campesina, entre mil e 1.200 pessoas participaram das atividades.
Em Porto Alegre, um grupo de cem mulheres invadiu o escritório regional do Ministério da Agricultura pela manhã e espalhou sementes pelo chão. Depois, elas participaram de um ato público na UFRGS (Universidade Federal do RS).
Em Esteio (18 km da capital), outro grupo bloqueou a entrada da empresa Solae, uma companhia de agronegócio controlada pelas multinacionais Bunge e pela DuPont.
As manifestantes simulavam a amamentação de esqueletos, no que disseram ser uma crítica à produção de alimentos transgênicos. Caminhões foram impedidos de entrar ou sair da empresa entre as 8h e as 11h.
No noroeste do Rio Grande do Sul, cerca de 800 mulheres bloquearam a RS-471 entre Palmeira das Missões e Novo Barreiro (375 km de Porto Alegre) entre as 8h30 e as 10h30.
Integrantes da Via Campesina afirmaram que outros protestos serão deflagrados em diversos pontos do Estado nos próximos dias.
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