O ministro da Fazenda, Guido Mantega, elogiou a atuação do Banco Central na gestão da política monetária e diz que Selic só aumenta se meta de inflação estiver ameaçada
Redação Época, com Agência Senado
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, elogiou nesta segunda-feira (1) a atuação do Banco Central na gestão da política monetária. Ele lembrou que o BC é a autoridade que responde pela gestão da taxa Selic (juro básico da economia) e que apenas aumentará os juros "se houver risco de descumprimento da meta" (de inflação).
O ministro salientou que o BC, até agora, não fez nenhuma manifestação de que vá aumentar os juros no curto prazo. Embora ele tenha destacado que, se o BC observar em suas análises técnicas que é necessário um aumento da Selic, isso será feito sem problemas. O ministro afirmou que o presidente da instituição, Henrique Meirelles, fez um comentário correto e adequado na última sexta-feira, segundo o qual a autoridade monetária não vai ser influenciada pelo calendário cívico, ou seja, pelo evento das eleições, para tomar decisões relativas à política monetária.
Mantega apontou que há especialistas de mercado que expressam uma grande preocupação com a inflação no curto prazo e apontam que o BC pode aumentar a Selic no dia 28 de abril ou em duas semanas (17 de março), quando ocorrerá o próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom).
O ministro, entretanto, citou que, se por exemplo a economia começar a crescer a uma velocidade muito alta, de 6,5% a 7%, e isso estiver causando elevação forte da inflação, o Copom agirá com a sua independência técnica.
"Não haverá pressão de demanda por esse lado (sobre a indústria), não há ameaça iminente de alta dos juros", declarou. Mantega destacou que não está dizendo que o BC vá aumentar ou baixar juros pois esta é uma faculdade do BC. "Na semana passada, o Banco Central aumentou o compulsório, uma medida para reduzir a liquidez da economia" (em R$ 71 bilhões até abril). Ele ressaltou que essa foi uma medida que atua em consonância com as ações de política monetária e, com bom humor, afirmou: "torço para que não tome (outra medida)".
O ministro da Fazenda reafirmou que o governo vai cumprir a meta fiscal de 2010, que é atingir um superávit primário de 3,3% do PIB. "Nossa prioridade é atingir esta meta e vamos cumpri-la como já fizemos nos outros anos", afirmou.
Mantega disse que o projeto de desoneração da folha de pagamento, defendido pelo governo, somente deverá avançar neste ano se as condições das contas públicas antes disso garantirem a poupança do orçamento de 3,3% do PIB. "Não há dúvidas de que vamos atingir a meta", afirmou, ressaltando que é equivocada a avaliação de alguns analistas segundo a qual o ano eleitoral levará o governo a gastar mais do que o previsto, o que o levará a não atingir aquele objetivo.
O ministro salientou que o BC, até agora, não fez nenhuma manifestação de que vá aumentar os juros no curto prazo. Embora ele tenha destacado que, se o BC observar em suas análises técnicas que é necessário um aumento da Selic, isso será feito sem problemas. O ministro afirmou que o presidente da instituição, Henrique Meirelles, fez um comentário correto e adequado na última sexta-feira, segundo o qual a autoridade monetária não vai ser influenciada pelo calendário cívico, ou seja, pelo evento das eleições, para tomar decisões relativas à política monetária.
Mantega apontou que há especialistas de mercado que expressam uma grande preocupação com a inflação no curto prazo e apontam que o BC pode aumentar a Selic no dia 28 de abril ou em duas semanas (17 de março), quando ocorrerá o próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom).
O ministro, entretanto, citou que, se por exemplo a economia começar a crescer a uma velocidade muito alta, de 6,5% a 7%, e isso estiver causando elevação forte da inflação, o Copom agirá com a sua independência técnica.
"Não haverá pressão de demanda por esse lado (sobre a indústria), não há ameaça iminente de alta dos juros", declarou. Mantega destacou que não está dizendo que o BC vá aumentar ou baixar juros pois esta é uma faculdade do BC. "Na semana passada, o Banco Central aumentou o compulsório, uma medida para reduzir a liquidez da economia" (em R$ 71 bilhões até abril). Ele ressaltou que essa foi uma medida que atua em consonância com as ações de política monetária e, com bom humor, afirmou: "torço para que não tome (outra medida)".
O ministro da Fazenda reafirmou que o governo vai cumprir a meta fiscal de 2010, que é atingir um superávit primário de 3,3% do PIB. "Nossa prioridade é atingir esta meta e vamos cumpri-la como já fizemos nos outros anos", afirmou.
Mantega disse que o projeto de desoneração da folha de pagamento, defendido pelo governo, somente deverá avançar neste ano se as condições das contas públicas antes disso garantirem a poupança do orçamento de 3,3% do PIB. "Não há dúvidas de que vamos atingir a meta", afirmou, ressaltando que é equivocada a avaliação de alguns analistas segundo a qual o ano eleitoral levará o governo a gastar mais do que o previsto, o que o levará a não atingir aquele objetivo.
Inflação de demanda
O ministro da Fazenda afirmou que "estão afastadas as possibilidades de inflação de demanda" na indústria em 2010. Mantega questionou dirigentes de empresas de grande porte em almoço na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entre as quais Cutrale, Coteminas, Odebrecht e Moinho Pacífico, a fim de saber se elas têm condições de atender o avanço do consumo no Brasil neste ano, cujas expectativas de crescimento do PIB são de pelo menos 5%.
O ministro manifestou-se "satisfeito" com a resposta unânime segundo a qual o setor manufatureiro tem plenas condições de incremento do nível de atividade mais acelerado neste ano, baseado em aumento dos investimentos e confortável nível de utilização da capacidade instalada (Nuci).
Mantega ressaltou que a inflação neste ano deve fechar ao redor de 4,5%. "Portanto, o cumprimento da meta é exequível", afirmou. O ministro ressaltou que a inflação apresentou um movimento de alta que já era previsto há alguns meses, em janeiro e fevereiro, em função de alguns fatos como a alta da tarifa de ônibus em São Paulo, os impactos das excessivas chuvas sobre produtos alimentícios e elevação de tarifas escolares. "O IPCA em janeiro atingiu 0,75%, mas em março deve ficar em um patamar entre 0,30% e 0,35%", comentou.
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