Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 2 de março de 2010

Lula alerta empresários para "terrorismo eleitoral"

Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em São Paulo
 
Depois de receber prêmio da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) por sua atuação na crise econômica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (2) que as eleições deste ano não devem inibir os investimentos dos empresários seja quem for a pessoa escolhida para sucedê-lo.

Nas eleições gerais de 2002, a economia brasileira sofreu por conta da eminente vitória do esquerdista Lula sobre o candidato governista José Serra, hoje governador de São Paulo e presidenciável do PSDB.

O presidente foi ao evento acompanhado de sua preferida à sucessão, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

"Não acreditem, não aceitem a ideia imbecil de que se ganhar fulano ou se ganhar sicrano a bolsa vai cair", disse Lula. "A eleição não pode mais causar qualquer cenário de terrorismo no Brasil. Não pode mais a bolsa cair porque alguém subiu (nas pesquisas)".

O presidente afirmou que seu sucessor no Palácio do Planalto terá "tendência natural de fazer mais e fazer melhor". "Não existe a possibilidade de quem quer que seja estragar o que está sendo construído neste país", afirmou.

Aos empresários, no entanto, Lula disse que seu governo gerou mais investimentos em infraestrutura --área capitaneada por Dilma-- e defendeu que "o desafio agora é não permitir que a gente volte ao passado".

O presidente da Anfavea, Jackson Schneider, elogiou a decisao de Lula de manter investimentos e incentivar os empresários. "O senhor enfrentou a realidade, venceu a realidade e mostrou que a realidade que ela estava errada", falou.
Lula critica EUA
Na véspera da visita da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, ao Brasil, Lula criticou os Estados Unidos por seu afastamento em relação à América Latina. Citando a sua visita a países da América Central, onde empresários brasileiros firmaram negócios, Lula disse que "os EUA não têm mais uma visão de integração como anos atrás. Hoje cada um cuida de si, mas o Brasil tem disposição de entrar no mercado latino-americano".

Diante de plateia composta por executivos de montadoras, Lula brincou com os bons resultados obtidos no país em comparação com os do exterior. "Hoje os alunos é que dão aula para os professores de anteontem. Se o mundo, os EUA e a Europa tivessem dado os passos que o Brasil deu, o Lehman Brothers não teria quebrado e iniciado a crise".

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