Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

quinta-feira, 11 de março de 2010

GREVE DE FOME EM CUBA - Deputado Raul Jungmann (PPS-PE) entrega a Lula carta de dissidentes cubanos


PDF Imprimir E-mail
Escrito por Assessoria do PPS   
O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), Membro da comissão de Relações Exteriores da Câmara, entregou ao presidente Lula, nesta quarta-feira (10/03), carta do grupo de dissidente cubanos que pede ao que o governo brasileiro interceda junto ao governo de Cuba pela liberdade dos presos políticos do país. Trata-se do documento que, em visita a Cuba, Lula alegou não ter recebido. Junto com a carta dos dissidentes cubanos, Jungmann protocolou na Presidência da República um ofício pedindo que o Planalto repudie o flagrante desrespeito aos direitos humanos em Cuba. "Nesse caso, quando um governo se omite, como faz o brasileiro, está tomando um lado, que é o da repressão política praticada pelo regime cubano", afirmou o deputado.

Jungmann também considerou descabida a declaração dada por Lula comparando a situação dos presos políticos cubanos com a de presos comuns no Brasil. "Lula e a ministra Dilma (Rousseff) foram presos políticos. Por isso mesmo o presidente não poderia nivelar prisioneiros de consciência com sequestradores, assassinos e estupradores, que são pessoas que cometeram crimes. Isso não tem o menor cabimento. Os prisioneiros de Cuba estão na cadeia porque lutam pela democracia e pela liberdade", afirmou o deputado.
Em 23 de fevereiro, o preso político Orlando Zapata Tamoyo, morreu na prisão após greve de fome. Dois dias antes, o grupo enviou uma carta pedindo ajuda ao governo do Brasil. No entanto, durante visita a Havana, Lula alegou que não recebeu o documento e disse que a mensagem não teria sido protocolada. "Agora Lula não pode mais dizer que não sabia. De qualquer maneira, é até um fato muito estranho alguém precisar de uma carta para tomar conhecimento do flagrante desrrespeito aos direitos humanos em Cuba. Mas se falava a carta, agora não falta mais", provocou o deputado.
Junto com a primeira carta, Jungmann anexou notícias sobre um segundo documento da resistência cubana divulgado ontem pelo Comitê Pró-Liberdade dos Prisioneiros Cubanos Orlando Zapata Tamoyo. No texto, os dissidentes apelam: "Acreditamos que o senhor pode interceder junto ao governo de Cuba para pôr fim a uma situação que, além disso, obscurece os esforços destinados a articular uma autêntica comunidade de Estados latino-americanos e caribenhos centrada nos direitos de seus cidadãos", expressaram. Dizem ainda que "a influência regional do Brasil, sua confiança no potencial transformador da sociedade democrática e seu conceito de estratégia podem ajudar Cuba a compartilhar padrões mundiais em matéria de direitos humanos". Os dissente alertam que um segundo preso, o jornalista opositor Guillermo Fariñas, que está em greve de fome, pode morrer nos próximos dias.
Um funcionário da presidência brasileira disse à agência de notícias France Presse que Lula não recebeu nenhuma carta. Outra fonte do governo brasileiro afirmou que o documento não foi aceito pois estaria sem assinaturas. "Nossa intenção é que o presidente tenha o conhecimento de tudo isso e até cobre explicações da embaixada para que se esclareça o real motivo para o não recebimento do apelo", explicou Jungmann, para quem o Brasil tem um compromisso histórico com a defesa dos direitos humanos e não pode se esconder dessa debate.
Fonte: Site do Deputado Raul  Jungmann http://www.rauljungmann.com.br

Nenhum comentário: