O lugar que já foi um dos principais palcos do automobilismo nacional hoje está abandonado e virou ponto de tráfico de drogas e de vandalismo.
Com instalações deterioradas, o autódromo internacional de Goiânia está fora do calendário de competições nacionais e os maiores eventos que ocorrem no local são uma espécie de "baile" clandestino organizado por moradores da cidade.
Nos anos 80, o autódromo, que é do governo do Estado, abrigou etapas do Mundial de motociclismo. Agora, denúncias indicam que até um suposto traficante vive lá. Nos últimos anos, a Fórmula Truck foi a única a realizar corridas ali. Devido ao asfalto danificado, organizadores de provas regionais usam só parte do traçado.
Um relatório da Polícia Militar sobre o mau uso do circuito, de 3.800 m, apontou que até 5.000 pessoas iam ao local, aos fins de semana, nas "festas" promovidas. Os invasores abriram buracos nos muros para entrar na área livremente.
O promotor Marcelo Celestino, representante do Ministério Público em um fórum organizado sobre a situação do autódromo, diz que nas "festas", além de tráfico, há "mulheres fazendo striptease em cima de caminhonetes" e motoqueiros "empinando motos". "Sem nenhuma vigilância", afirma.
A federação local de automobilismo diz que o circuito não deve receber provas neste ano.
O Goiás Turismo, órgão estadual responsável pelo local, diz que as invasões não ocorrem mais desde 2007 e que não tinha como garantir vigilância 24 horas do autódromo. Segundo a PM e a Promotoria, os casos ocorreram em 2009. A polícia prometeu agora vigilância em tempo integral na área para coibir eventos clandestinos.
O governo diz já ter pronto projeto de reforma do circuito, orçado em R$ 25 milhões, feito pelo responsável por pistas da F-1. A licitação para a obra deve ocorrer a partir de maio.
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