da Agência Brasil
O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), defendeu nesta quarta-feira, durante audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), que o país adote cotas sociais que priorizem alunos de baixa renda e não cotas raciais.
Ao participar de audiência pública que trata de políticas afirmativas para a reserva de vagas no ensino superior, ele condenou a entrada de negros ricos por meio da política de cotas raciais e questionou números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que classifica a população em brancos, pretos e pardos.
"Somos mestiços. Nosso grande problema é a pobreza, que é estrutural. O racismo não é estrutural. Ao estabelecermos cotas raciais, estabelecemos que os negros ricos podem entrar por meio das cotas, o que é uma discriminação grave", disse o senador.
"Quem é discriminado no Brasil é apenas o negro ou será que nosso problema é em relação ao pobre, que nada possui independentemente de sua cor? Temos 19 milhões de brancos pobres. Qual o tratamento que vamos dar [a eles]? Eles também não têm uma escola boa e recebem salário inadequado", completou.
Demóstenes disse ainda que é um mito a afirmação de que as universidades públicas são feitas para ricos e as privadas, para os pobres. Ambas, segundo ele, concentram ricos.
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