Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 16 de março de 2010

CASO ISABELLA NARDONI - Acusados de matar Isabella Nardoni serão julgados na próxima semana


A partir de segunda-feira, o Tribunal do Júri vai analisar os argumentos da acusação e da defesa e ouvir as testemunhas. Pai e madrasta são acusados de matar a menina em março de 2008.



Começa na semana que vem o julgamento de Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, acusados de matar Isabella Nardoni em março de 2008.

A partir de segunda-feira, o tribunal do júri vai analisar os argumentos da acusação e da defesa e ouvir as testemunhas.

Nem parece o mesmo lugar. já não há câmeras, nem curiosos - como há quase dois anos. A tranquilidade voltou à rua Santa Leocádia, na Vila Mazzei, zona norte da capital. Mas o que aconteceu neste prédio não sai da memória de quem vive no local.

Isabella Nardoni tinha cinco anos quando foi encontrada caída no jardim do edifício London. Era uma noite de sábado, a menina não resistiu.

“Ah jogaram uma criança, jogaram uma criança, vai ver que a criança caiu”, diz uma senhora.

Desde o momento em que Isabela foi encontrada no jardim, Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, únicos réus pela morte, afirmam que uma terceira pessoa pode ter entrado no apartamento quando o casal estaria na garagem com os outros filhos e Isabela, sozinha.

O que realmente aconteceu naquela noite é o que o tribunal do júri vai responder a partir de segunda-feira. Para o promotor não há dúvida sobre a autoria do crime. Mesmo sem uma prova inquestionável.

“Nós não temos a prova crucial, a perícia crucial. Eu não me refiro assim. O processo tem um acervo probatório muito grande. Nós temos várias testemunhas cujos depoimentos nos permitiram visualizar o histórico de vida daquele casal”, fala o promotor Francisco Cembranelli.

Um vídeo elaborado pelo Instituto de Criminalística a partir do trabalho dos peritos vai ser usado pela promotoria para sustentar a acusação.

Na versão da polícia, o casal para na garagem do prédio, local onde a madrasta teria agredido Isabella. Vestígios de sangue teriam ficado no carro.

Para a acusação Alexandre entrou em casa com a filha no colo e a jogou no chão da sala. Em seguida, Ana Jatobá teria se asfixiado a menina com as duas mãos.

Pela conclusão dos peritos, Alexandre pegou uma faca e uma tesoura, foi ao quarto e cortou a tela de proteção.

Depois, pegou a filha no colo, entrou no quarto e caminhou sobre a cama. a pegada de Alexandre ficou no lençol.

O pai teria jogado a menina desacordada pela janela. A tela de proteção ficou marcada na camiseta do pai.

O advogado de defesa do casal Nardoni questiona o trabalho da polícia científica e também vai usar isso no tribunal.

“A perícia não pode trabalhar para montar uma história que a polícia não conseguiu montar e neste caso eu não tenho dúvida que isso foi feito, a perícia trabalhou em função da polícia”, fala Roberto Podval, advogado de defesa.


 


 

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