Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

domingo, 13 de novembro de 2011

VAZAMENTO - Mancha de óleo na Bacia de Campos atinge área de 60 km2

Incidente é considerado de médio porte e não deve ser contido antes da semana que vem





A Bacia de Campos é a bacia petrolífera que mais produz na costa brasileira, respondendo atualmente por mais de 80% da produção nacional de petróleo Ramona Ordonez / Agência O Globo




RIO e BRASÍLIA - A mancha de óleo decorrente do vazamento no campo do Frade, na Bacia de Campos e operado pela americana Chevron, já atinge cerca de 60 quilômetros quadrados, segundo dados preliminares do Ibama. De acordo com o coordenador de petróleo e gás da instituição, Cristiano Vilardo, o incidente é de médio porte e não deve ser contido antes da semana que vem, tal a dificuldade de se trabalhar a mil metros de profundidade. O risco de a mancha alcançar o litoral fluminense é pequeno, pois os ventos a estão levando em direção ao alto-mar.

Ontem, a presidente Dilma Rousseff determinou "atenção redobrada e uma rigorosa apuração das causas" do vazamento, "independentemente do tamanho", segundo nota divulgada pela Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto.

O vazamento ocorreu na quarta-feira em uma área a 120 quilômetros da costa. Hoje, o Ibama fará um sobrevoo para avaliar a região. Vilardo explicou que o óleo está vazando de uma estrutura geológica (rocha submarina) a 130 metros de um poço que estava sendo perfurado. Por isso, a perfuração foi suspensa. Mas a produção de outros poços no campo continua. De acordo com a ANP, o Frade é o oitavo campo produtor no Brasil, com média diária de 75 mil barris.

Ainda segundo Vilardo, a empresa tenta cimentar o poço que fica próximo à falha geológica. A diretora de mineração do Serviço Geológico do Estado do Rio, Debora Toci, afirmou que, apesar de raros, vazamentos a partir de rochas acontecem. Ela frisou, porém, que eles são previsíveis:

— Os estudos que precedem a perfuração devem indicar a vulnerabilidade da rocha, para evitar que aconteçam.

O vazamento está ocorrendo a vazão de um barril de petróleo por hora, ritmo considerado baixo pelo oceanógrafo David Zee, da Uerj. Mas, como o foco está a mil metros de profundidade, ainda há petróleo subindo, o que deve ampliar a mancha.

— Isso é o temeroso — diz.

A Chevron informa que "as investigações sobre as causas do incidente continuam".



Fonte: O GLOBO

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