Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 2 de março de 2010

Serra afirma que só política industrial pode gerar empregos

DANIEL RONCAGLIA
colaboração para a Folha Online, em Sorocaba (SP)

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pré-candidato à Presidência, afirmou nesta terça-feira que o crescimento industrial é fundamental para a geração de empregos.
"A indústria é e continuará sendo fundamental para o nosso desenvolvimento", disse o governador, que participou da abertura de uma fábrica de tratores da CNH (Case New Holand), da Fiat, em Sorocaba (SP).
No evento, estavam presentes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), provável adversária do governador nas eleições deste ano.
Em seu discurso, Serra rebateu a ideia de que o Brasil deve focar seu desenvolvimento no setor de exportação de produtos agrícolas ou no de serviços. "Ambas essas teses são erradas ou falaciosas."
Segundo o governador, o setor de serviços serve apenas para "países de economia pequena, em paraísos fiscais ou que se especialize em algumas questões modernas como de telecomunicações."
Ele afirmou que tem identificação com a indústria desde a infância, quando morava no bairro industrial da Mooca, zona leste de São Paulo. "Na origem também para mim a questão da indústria está muito associada à minha infância e ao meu desenvolvimento", afirmou.
Como vem fazendo em suas falas, Serra voltou a tratar de futebol. "Meu único problema com a Fiat é que ela patrocinava o Palmeiras e não patrocina mais", afirmou.
Em uma antecipação do que pode ser o debate econômico durante as eleições, Dilma Rousseff disse, antes de Serra, que o Estado de São Paulo foi o principal beneficiário da política econômica do governo federal feita durante a crise financeira no fim de 2008.
"Essa determinação beneficiou o Brasil como um todo, mas beneficiou de uma forma especial São Paulo, porque São Paulo é hoje um dos maiores centros produtores de máquinas e equipamentos do Brasil", afirmou a ministra.
A ministra defendeu ainda o que chamou uma "política conjugada", que, segundo ela, é uma combinação de incentivo ao consumo interno com a disponibilizarão do crédito. "Isso explica a pujança do país", disse.
No mesmo evento, Lula afirmou que o melhor tipo de governo é que o que faz o óbvio. "Na política, a gente não inventa", afirmou o presidente.
Segundo Lula, a política não se aprende na universidade e que fazer o óbvio pode ser difícil. "A arte de governar é exatamente fazer as coisas simples", disse.

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