Brasília - Em visita a Brasília, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, defendeu nesta quarta-feira a escolha dos caças fabricados pela Boeing como a melhor alternativa para o Brasil no projeto FX-2. O Brasil teria tomado a decisão política em favor dos franceses Rafale, mas a compra das 36 novas aeronaves ainda não foi oficialmente divulgada pelo governo.
"Ela (Hillary) abordou como vocês podem imaginar. Ela deu introdução e pediu para o embaixador falar. Disse que o caça é melhor, que é mais barato, que tem todas as qualidades do mundo e eu não esperava ouvir nada diferente", disse o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que acompanhou a secretária de Estado na visita de cortesia ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O processo de venda dos novos caças para o Brasil, apesar de as empresas evitarem falar em valores, deve mobilizar um montante de cerca de 4 bilhões de euros. O Brasil, que no dia 7 de setembro do ano passado anunciou a decisão política de estreitar as negociações com a Rafale, foi pressionado pela sueca Saab, que chegou a oferecer dois caças Gripen ao preço de um. O diretor da companhia no Brasil, Bengt Janér, argumentou como diferença em relação aos demais concorrentes o "grande trunfo de efetiva transferência de tecnologia."
Os custos do projeto FX-2, caso o governo brasileiro escolha os aviões modelo Rafale, são apontados como um fator negativo ao pleito francês. O almirante Edouard Guillaud, chefe do gabinete militar do governo Nicolas Sarkozy, já reconheceu haver "problemas de preço" em relação à proposta da França. Um acidente com dois Rafales no Mar Mediterrâneo, em plenas negociações sobre os caças, também arranhou a imagem dos aviões e induziu os franceses a apresentarem ao governo brasileiro informações sobre o incidente e atestar a segurança das aeronaves negociadas.
A principal demanda do Brasil para escolher o vencedor entre os três finalistas estaria na possibilidade de transferência de tecnologia e na chance de empresas brasileiras poderem fabricar as novas aeronaves e as exportar.
A Saab chegou a listar parte da fuselagem, o trem de pouso e radares como componentes que, caso vitoriosa, dividiria o know-how com o Brasil. Em reunião com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, representantes do governo francês, por sua vez, se comprometeram com a transferência de tecnologia "completa, sem restrição e sem limite."
Em prol da Boeing, por fim, contam argumentos como a possível superioridade técnica dos FA-18 Hornet, além da disposição da empresa americana de desenvolver com a Embraer o cargueiro militar KC-390, a ser vendido para a FAB. A fabricante não garantiria, no entanto, uma ampla transferência de tecnologia, vetando potenciais transações brasileiras com países não alinhados aos Estados Unidos.
As informações são do Terra.
"Ela (Hillary) abordou como vocês podem imaginar. Ela deu introdução e pediu para o embaixador falar. Disse que o caça é melhor, que é mais barato, que tem todas as qualidades do mundo e eu não esperava ouvir nada diferente", disse o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que acompanhou a secretária de Estado na visita de cortesia ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O processo de venda dos novos caças para o Brasil, apesar de as empresas evitarem falar em valores, deve mobilizar um montante de cerca de 4 bilhões de euros. O Brasil, que no dia 7 de setembro do ano passado anunciou a decisão política de estreitar as negociações com a Rafale, foi pressionado pela sueca Saab, que chegou a oferecer dois caças Gripen ao preço de um. O diretor da companhia no Brasil, Bengt Janér, argumentou como diferença em relação aos demais concorrentes o "grande trunfo de efetiva transferência de tecnologia."
Os custos do projeto FX-2, caso o governo brasileiro escolha os aviões modelo Rafale, são apontados como um fator negativo ao pleito francês. O almirante Edouard Guillaud, chefe do gabinete militar do governo Nicolas Sarkozy, já reconheceu haver "problemas de preço" em relação à proposta da França. Um acidente com dois Rafales no Mar Mediterrâneo, em plenas negociações sobre os caças, também arranhou a imagem dos aviões e induziu os franceses a apresentarem ao governo brasileiro informações sobre o incidente e atestar a segurança das aeronaves negociadas.
A principal demanda do Brasil para escolher o vencedor entre os três finalistas estaria na possibilidade de transferência de tecnologia e na chance de empresas brasileiras poderem fabricar as novas aeronaves e as exportar.
A Saab chegou a listar parte da fuselagem, o trem de pouso e radares como componentes que, caso vitoriosa, dividiria o know-how com o Brasil. Em reunião com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, representantes do governo francês, por sua vez, se comprometeram com a transferência de tecnologia "completa, sem restrição e sem limite."
Em prol da Boeing, por fim, contam argumentos como a possível superioridade técnica dos FA-18 Hornet, além da disposição da empresa americana de desenvolver com a Embraer o cargueiro militar KC-390, a ser vendido para a FAB. A fabricante não garantiria, no entanto, uma ampla transferência de tecnologia, vetando potenciais transações brasileiras com países não alinhados aos Estados Unidos.
As informações são do Terra.
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