Agência Brasil
Publicação: 03/03/2010 17:25
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, condicionou nesta quarta-feira (3) o apoio do Brasil ao novo governo de Honduras, sob comando do presidente Porfirio “Pepe” Lobo, à aplicação de medidas que permitam o retorno do presidente deposto, Manuel Zelaya, ao país. O chanceler fez a afirmação ao lado da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que defende a imediata reintegração de Honduras à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Publicação: 03/03/2010 17:25
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, condicionou nesta quarta-feira (3) o apoio do Brasil ao novo governo de Honduras, sob comando do presidente Porfirio “Pepe” Lobo, à aplicação de medidas que permitam o retorno do presidente deposto, Manuel Zelaya, ao país. O chanceler fez a afirmação ao lado da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que defende a imediata reintegração de Honduras à Organização dos Estados Americanos (OEA).
“Um fato que teria grande valor simbólico seria criar condições para o presidente Zelaya voltar a Honduras”, afirmou Amorim, referindo-se à adoção de medidas de anistia em favor do presidente deposto e seus aliados. Desde janeiro, Zelaya está morando na Costa Rica. Antes ele passou mais de três meses abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, capital de Honduras. Ele é acusado por seus adversários de tentar mudar a Constituição para se manter no poder.
Para Amorim, “Pepe” Lobo está adotando ações concretas em busca da aproximação com a comunidade internacional e também do fortalecimento das instituições internas de Honduras. Segundo Amorim, a deposição de Zelaya, em 28 de junho do ano passado, por uma ação organizada pelas Forças Armadas, Congresso e Corte Suprema hondurenha representa uma indicação de golpe de Estado.
“O Brasil deseja ver um futuro de normalidade em toda a região. Mas países que tiveram o trauma de viver sob o golpe militar, como nós, não podemos tomar essas coisas levemente”, reagiu Amorim. “Nós temos acompanhado com muita atenção os gestos do presidente de Honduras, que tem feito movimentos no sentido de reconciliação nacional, de esquerda, com ou sem aspas”.
“O Brasil deseja ver um futuro de normalidade em toda a região. Mas países que tiveram o trauma de viver sob o golpe militar, como nós, não podemos tomar essas coisas levemente”, reagiu Amorim. “Nós temos acompanhado com muita atenção os gestos do presidente de Honduras, que tem feito movimentos no sentido de reconciliação nacional, de esquerda, com ou sem aspas”.
O governo brasileiro defendeu que as eleições em Honduras, realizadas em novembro, ocorressem com Zelaya reconduzido ao governo. Mas isso não aconteceu. Paralelamente os Estados Unidos lideraram as negociações entre o presidente golpista, Roberto Micheletti, Zelaya e “Pepe” Lobo.
A orientação do governo do presidente Barack Obama é para que a comunidade internacional colabore para a reintegração de Honduras à OEA e apóie a gestão de Lobo. Diplomatas brasileiros afirmam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está observando de forma positiva os esforços do novo presidente hondurenho o que deve levar para um futuro apoio.
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