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sábado, 20 de março de 2010

FALECIMENTO - Morre ex-primeiro ministro do Nepal Girija Koirala


Girija Prasad Koirala morreu aos 85 anos devido a uma infecção 
pulmonar Foto: Reuters

Girija Prasad Koirala morreu aos 85 anos devido a uma infecção pulmonar

Foto: Reuters

O ex-primeiro-ministro nepalês Girija Prasad Koirala, importante no processo de paz no Nepal e uma das figuras políticas mais relevantes do país, morreu neste sábado aos 85 anos devido a uma infecção pulmonar, informou à agência Efe seu médico pessoal, Man Bahadur Khatri Chettri. A notícia da morte foi confirmada por sua filha e atual ministra de Exteriores do país, Sujata Koirala, segundo a televisão estatal Nepal TV.
Koirala, que foi chefe de governo de Nepal em cinco ocasiões (1991-1994, 1998-1999 - quando liderou dois Executivos diferentes -, 2000-2001 e 2006-2008), sofria uma obstrução pulmonar crônica que se agravou na semana passada, quando foi hospitalizado. Dias depois teve leve melhora, e recebeu alta, mas não resistiu a uma piora do quadro neste sábado.
O Partido do Congresso Nepalês, formação mais antiga do país, que Koirala presidia, informou que o corpo do líder histórico será cremado amanhã, segundo a imprensa nepalesa. A morte de Koirala deixa um vazio importante no panorama político do país, em um momento no qual era preparada sua nova Constituição, um dos pontos-chave do acordo de paz de 2006, que pôs fim a 10 anos de guerra civil entre o governo nepalês e a guerrilha maoísta.
O líder chegou pela primeira vez à chefia de Governo em 1991, ano no qual foi restaurada a democracia no país depois que em 1960 o rei Mahendra proibiu os partidos políticos. Koirala foi um dos principais responsáveis por levar a guerrilha maoísta à mesa de negociações, após dez anos de luta armada, e assinou o acordo de paz de 2006, cuja letra prevê, entre outros pontos, a redação de uma nova Carta Magna e a integração de antigos combatentes nas forças de segurança do Estado.
Apesar de não ocupar nenhum cargo oficial, o papel de Koirala no processo de paz e nas conversas para a nova Constituição lhe valeram o reconhecimento como líder político dos diferentes partidos do país.
EFE

 


 

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