Meta é manter a liderança sobre Dilma no estado
Denise Rothenburg
Publicação: 07/03/2010 08:09
Denise Rothenburg
Publicação: 07/03/2010 08:09
Depois de perder a semana passada num esforço para pular a fogueira acesa por setores do próprio PSDB e acabar com os boatos de que não seria candidato a presidente, o governador de São Paulo, José Serra, dedicará o resto deste mês ao fortalecimento de sua vantagem no próprio estado para a largada da campanha presidencial. Serra planeja deixar o governo entre 22 e 30 de março. Todo o esforço em viagens e agendas até essa data será no sentido de assegurar a liderança.
A intenção dos tucanos é conseguir, em outubro, uma frente acima de 5 milhões de votos sobre Dilma em território paulista. Eles fazem esse cálculo com base no resultado eleitoral do primeiro turno de 2006. Há quatro anos, Geraldo Alckmin (PSDB) obteve 11,9 milhões de votos em São Paulo. Lula ficou com 8 milhões. Agora, como Dilma não é Lula e não tem uma história política no estado, a expectativa do PSDB é ampliar essa distância sobre o PT na sucessão presidencial deste ano.
Na última sexta-feira, Serra desistiu de comparecer ao aniversário do senador Marconi Perillo (PSDB-GO), uma festa que pretendia reunir mais de mil pessoas. Tudo para não desmarcar a agenda de inaugurações previamente acertada em São Paulo. Foi para Botucatu entregar cinco viadutos da Rodovia Castello Branco (SP-280). Antes, passou por Avaré, para anunciar a ampliação do Programa Vila Dignidade — um projeto de construção de condomínios para idosos de baixa renda onde as casas foram projetadas com pisos antiderrapantes e rampas. Toda sexta-feira, ele percorre, pelo menos, dois municípios do estado em inaugurações e assinatura de convênios para a ampliação de projetos.
As chuvas que provocaram uma tragédia na vida de milhares de paulistas no início do ano também atrapalharam o calendário de inaugurações do governador. Antes de deixar o governo, ele pretendia entregar todas as obras do Rodoanel e a Linha 4 do metrô. Agora, não sabe se conseguirá. Estava previsto, inclusive, um convite ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para as inaugurações. Serra está convencido de que é bom aparecer ao lado do presidente, como forma de mostrar que tem uma boa convivência e não irá abandonar o que for positivo do atual governo, caso do Bolsa Família. O governador paulista era, na gestão Fernando Henrique Cardoso, um dos tucanos que fazia a ponte com o PT quando os dois partidos abriam alguma brecha para conversas.
Terreno
A intenção do PSDB é preparar todo o terreno para o lançamento oficial da pré-candidatura de Serra na última semana de março. Esse calendário não vai mudar, até porque nesse período estarão concentrados os programas regionais do PSDB na televisão, que serão usados para reforçar a imagem do governador de São Paulo. Também ficou acertado que Geraldo Alckmin será o candidato tucano ao governo estadual, mas isso só deve ser anunciado oficialmente pelo PSDB quando Serra já estiver fora do governo.
O deputado Mendes Thame (PSDB-SP), que comanda o partido no estado, tem trabalhado no sentido de evitar que o fato de postergar o anúncio do nome de Alckmin não seja visto com desconfiança por parte do grupo mais aliado ao ex-governador. A intenção, afirma ele, é não dividir os holofotes e ter dois momentos. “Todos já entenderam que precisam estar unidos”, diz Thame, referindo-se a Serra, Geraldo Alckmin, o vice-governador, Alberto Goldman, e o secretário de Governo, Aloysio Nunes Ferreira.
"Todos (no partido) já entenderam que precisam estar unidos"
Mendes Thame, deputado federal pelo PSDB-SP
O número
5 milhões - Diferença de votos em São Paulo que o PSDB quer ter sobre o PT na disputa pela Presidência
A intenção dos tucanos é conseguir, em outubro, uma frente acima de 5 milhões de votos sobre Dilma em território paulista. Eles fazem esse cálculo com base no resultado eleitoral do primeiro turno de 2006. Há quatro anos, Geraldo Alckmin (PSDB) obteve 11,9 milhões de votos em São Paulo. Lula ficou com 8 milhões. Agora, como Dilma não é Lula e não tem uma história política no estado, a expectativa do PSDB é ampliar essa distância sobre o PT na sucessão presidencial deste ano.
Na última sexta-feira, Serra desistiu de comparecer ao aniversário do senador Marconi Perillo (PSDB-GO), uma festa que pretendia reunir mais de mil pessoas. Tudo para não desmarcar a agenda de inaugurações previamente acertada em São Paulo. Foi para Botucatu entregar cinco viadutos da Rodovia Castello Branco (SP-280). Antes, passou por Avaré, para anunciar a ampliação do Programa Vila Dignidade — um projeto de construção de condomínios para idosos de baixa renda onde as casas foram projetadas com pisos antiderrapantes e rampas. Toda sexta-feira, ele percorre, pelo menos, dois municípios do estado em inaugurações e assinatura de convênios para a ampliação de projetos.
As chuvas que provocaram uma tragédia na vida de milhares de paulistas no início do ano também atrapalharam o calendário de inaugurações do governador. Antes de deixar o governo, ele pretendia entregar todas as obras do Rodoanel e a Linha 4 do metrô. Agora, não sabe se conseguirá. Estava previsto, inclusive, um convite ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para as inaugurações. Serra está convencido de que é bom aparecer ao lado do presidente, como forma de mostrar que tem uma boa convivência e não irá abandonar o que for positivo do atual governo, caso do Bolsa Família. O governador paulista era, na gestão Fernando Henrique Cardoso, um dos tucanos que fazia a ponte com o PT quando os dois partidos abriam alguma brecha para conversas.
Terreno
A intenção do PSDB é preparar todo o terreno para o lançamento oficial da pré-candidatura de Serra na última semana de março. Esse calendário não vai mudar, até porque nesse período estarão concentrados os programas regionais do PSDB na televisão, que serão usados para reforçar a imagem do governador de São Paulo. Também ficou acertado que Geraldo Alckmin será o candidato tucano ao governo estadual, mas isso só deve ser anunciado oficialmente pelo PSDB quando Serra já estiver fora do governo.
O deputado Mendes Thame (PSDB-SP), que comanda o partido no estado, tem trabalhado no sentido de evitar que o fato de postergar o anúncio do nome de Alckmin não seja visto com desconfiança por parte do grupo mais aliado ao ex-governador. A intenção, afirma ele, é não dividir os holofotes e ter dois momentos. “Todos já entenderam que precisam estar unidos”, diz Thame, referindo-se a Serra, Geraldo Alckmin, o vice-governador, Alberto Goldman, e o secretário de Governo, Aloysio Nunes Ferreira.
"Todos (no partido) já entenderam que precisam estar unidos"
Mendes Thame, deputado federal pelo PSDB-SP
O número
5 milhões - Diferença de votos em São Paulo que o PSDB quer ter sobre o PT na disputa pela Presidência
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