Daniela Lima
Publicação: 07/03/2010 08:06
Convencimento homem a homem. Essa será uma das táticas do PSDB para alavancar a candidatura do governador de São Paulo, José Serra, à Presidência da República. O partido decidiu que usará à exaustão o poder de convencimento de seus filiados em áreas e estados onde a campanha do tucano ainda não decolou. A sigla já iniciou o treinamento de filiados que estão sendo chamados de “multiplicadores”. A ação começou em estados da Região Nordeste e agora vai ganhar corpo Brasil afora.
Uma espécie de curso técnico de política foi ministrado para essas pessoas. A missão delas é, principalmente, afastar fantasmas que assombram o imaginário do eleitor, em plataformas que o PT desenvolve com mais sucesso que o PSDB. Caberá a esse grupo, por exemplo, apresentar argumentos que comprovem que o candidato dos tucanos não é contra o Bolsa Família, e mais: que trabalhará para ampliação do programa de transferência de renda. “Em 2006, nós não chegamos a alguns locais em que o Geraldo Alckmin (candidato do PSDB à Presidência na época) não tinha força. Desta vez vamos fazer campanha em todo lugar. Começamos em vários estados do Nordeste, e agora vamos fazer isso em grande escala”, explicou o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE).
Os tucanos também querem expandir o alcance da internet na campanha. A exemplo do que farão os petistas, que colocarão militantes para atuar em blogs e sites de relacionamento, defendendo e disseminando ataques em prol da candidata do PT — a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff —, o PSDB também escalou um time de filiados para dar fôlego à campanha virtual de Serra. Cinco blogs já iniciaram esse trabalho, em fase experimental.
Boataria
Para dar musculatura e aumentar o apoio em torno de José Serra — que vem sofrendo sucessivos desgastes por conta da resistência em oficializar a pré-candidatura — a direção do partido vai mobilizar todos os membros que contam com mandatos. Na próxima semana o recado será dado em reunião com a bancada de senadores e, depois, com os deputados federais. A intenção é acabar com os rumores, que brotam dentro da própria legenda, de que Serra poderia desistir da disputa, ou de que não está trabalhando para consolidar palanques nos estados.
Com isso, os tucanos esperam minimizar os boatos de que não há um consenso em torno da candidatura do governador paulista. A iniciativa acontecerá depois de Serra ter vivido momentos delicados, que fragilizaram a imagem da campanha. Os gritos de “Aécio presidente” durante a celebração dos 100 anos de Tancredo Neves, em Minas, enquanto o governador daquele estado discursava, ao lado do paulista, ilustram o tamanho do abacaxi que os tucanos terão que descascar com a própria base.
O partido também vai acelerar a elaboração das propostas que nortearão o plano de governo que será apresentado por Serra durante a campanha. Atualmente, nomes importantes para a gestão tucana trabalham na elaboração de diretrizes para o plano. No staff tucano estão nomes como o do cientista político Eduardo Graeff, ex-secretário-geral da Presidência na gestão de Fernando Henrique Cardoso, e o do economista e ex-assessor de José Serra, Geraldo Biazzoto. Ambos participaram da elaboração do plano de governo na candidatura anterior de Serra à Presidência, em 2002.
Centralizado
O comitê principal da campanha de José Serra ficará em São Paulo. Serão centralizadas no estado as ações de compra de material e toda a parte operacional da campanha. A parte política, no entanto, contará com um braço em Brasília, onde o partido vai manter
um escritório.
Uma espécie de curso técnico de política foi ministrado para essas pessoas. A missão delas é, principalmente, afastar fantasmas que assombram o imaginário do eleitor, em plataformas que o PT desenvolve com mais sucesso que o PSDB. Caberá a esse grupo, por exemplo, apresentar argumentos que comprovem que o candidato dos tucanos não é contra o Bolsa Família, e mais: que trabalhará para ampliação do programa de transferência de renda. “Em 2006, nós não chegamos a alguns locais em que o Geraldo Alckmin (candidato do PSDB à Presidência na época) não tinha força. Desta vez vamos fazer campanha em todo lugar. Começamos em vários estados do Nordeste, e agora vamos fazer isso em grande escala”, explicou o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE).
Os tucanos também querem expandir o alcance da internet na campanha. A exemplo do que farão os petistas, que colocarão militantes para atuar em blogs e sites de relacionamento, defendendo e disseminando ataques em prol da candidata do PT — a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff —, o PSDB também escalou um time de filiados para dar fôlego à campanha virtual de Serra. Cinco blogs já iniciaram esse trabalho, em fase experimental.
Boataria
Para dar musculatura e aumentar o apoio em torno de José Serra — que vem sofrendo sucessivos desgastes por conta da resistência em oficializar a pré-candidatura — a direção do partido vai mobilizar todos os membros que contam com mandatos. Na próxima semana o recado será dado em reunião com a bancada de senadores e, depois, com os deputados federais. A intenção é acabar com os rumores, que brotam dentro da própria legenda, de que Serra poderia desistir da disputa, ou de que não está trabalhando para consolidar palanques nos estados.
Com isso, os tucanos esperam minimizar os boatos de que não há um consenso em torno da candidatura do governador paulista. A iniciativa acontecerá depois de Serra ter vivido momentos delicados, que fragilizaram a imagem da campanha. Os gritos de “Aécio presidente” durante a celebração dos 100 anos de Tancredo Neves, em Minas, enquanto o governador daquele estado discursava, ao lado do paulista, ilustram o tamanho do abacaxi que os tucanos terão que descascar com a própria base.
O partido também vai acelerar a elaboração das propostas que nortearão o plano de governo que será apresentado por Serra durante a campanha. Atualmente, nomes importantes para a gestão tucana trabalham na elaboração de diretrizes para o plano. No staff tucano estão nomes como o do cientista político Eduardo Graeff, ex-secretário-geral da Presidência na gestão de Fernando Henrique Cardoso, e o do economista e ex-assessor de José Serra, Geraldo Biazzoto. Ambos participaram da elaboração do plano de governo na candidatura anterior de Serra à Presidência, em 2002.
Centralizado
O comitê principal da campanha de José Serra ficará em São Paulo. Serão centralizadas no estado as ações de compra de material e toda a parte operacional da campanha. A parte política, no entanto, contará com um braço em Brasília, onde o partido vai manter
um escritório.
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