Para combater a dengue, agentes procuram focos em cidades com maior número de casos: São Sebastião, Paranoá e no Itapoã, onde hoje há 375 casos suspeitos. Mas, eles enfrentam dificuldades.
“Muitas casas, em que não têm ninguém, provavelmente, teremos que voltar novamente”, fala um agente de saúde.
Essa é a maior dificuldade do combate à dengue. No Itapoã, que tem o segundo maior número de casos, os agentes encontraram nas últimas semanas quatro mil casas fechadas. Agora, estão voltando em cada uma para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti. A moradora que acabou de se mudar vai ter trabalho.
“Essa água do jeito que está, dentro de uma semana já começa novamente as larvas”, explica o agente de saúde.
“Tem que jogar tudo fora, dar uma limpeza geral. O que eu puder fazer, eu vou fazer”, afirma a dona de casa Rosiane Martins Gomes.
Medidas simples afastam o risco da dengue. Latinhas no quintal vão para a área coberta. Se chover elas não enchem d´água. “Vou colocar dentro de um saco e guardar”, garante uma mulher.
Terrenos baldios e lixo jogado na rua facilitam a proliferação do mosquito da dengue. Mas o maior perigo está dentro de casa. Segundo a Vigilância Ambiental, é aí que se encontram 90% dos focos do Aedes aegypti.
“Está faltando a conscientização para a maioria das pessoas, que eles têm que limpar o próprio quintal”, diz o gerente de controle de vetores Humberto Loiola.
E o aviso não vale só para lotes habitados. A vizinha desse terreno tem três pessoas em casa com suspeita de dengue. E não sabe mais o que fazer para que o dono cuide do lote.
“Eu estou sempre ligando para o administrador, João Batista, que é administrador do Parque Vivencial e dono do lote. Denuncio sempre ele na administração do Itapoã, e ele nunca tomou providência e o local está lotado de mato”, dia a dona de casa Carlinda da Silva.
O administrador do Parque Vivencial do Paranoá, João Batista, informou que pagou uma pessoa para limpar o lote até amanhã, dia 7.
E o Distrito Federal já tem 1.366 casos confirmados de dengue, e duas pessoas morreram.
Renata Feldmann
Nenhum comentário:
Postar um comentário