Análises laboratoriais das amostras coletadas pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente) indicam que a mortandade de peixes na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, foi causada pelo acúmulo de matéria orgânica, que provocou a proliferação de algas, prejudicando a respiração das espécies.
Segundo os laudos preliminares, a chuva e a insuficiência de renovação das águas contribuíram para o acúmulo de matéria orgânica. Um laudo mais específico deve sair em uma semana.
O Inea descartou que o acidente ambiental tenha relação com o fato de a comporta do Canal do Jardim de Alah ter sido aberta um dia antes, devido ao rompimento de uma tubulação, e que causou despejo na praia do Leblon.
O instituto informou que já foi concluída a primeira fase do projeto de recuperação da lagoa Rodrigo de Freitas, de despoluição das águas e controle do esgoto urbano. No entanto, ainda há muita instabilidade na renovação das águas, o que prejudica o equilíbrio.
A segunda etapa prevê a construção de dutos para garantir a renovação das águas, que ainda está em fase de licenciamento.
A lagoa voltará a ser monitorada com boias durante 24 horas para acompanhar a alteração na oxigenação da água.
A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) já removeu 86,8 toneladas de peixes mortos da lagoa Rodrigo de Freitas, desde as 7h da ultima sexta-feira (26) até a tarde de segunda (1º). Segundo a Secretaria do Meio Ambiente, duas boias de monitoramento serão instaladas em data ainda não determinada no local para acompanhar as condições da água na superfície e no fundo da lagoa.
De acordo com a professora de Ficologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Mariângela Meneses, nunca foi registrado um nível tão alto do micro-organismo com potencial tóxico na lagoa. Segundo ela, foi registrado 400 mil algas por milímetro de água --o normal é 80 mil.
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