deu no Estadão
Grupo deve investir R$ 25 bilhões até 2012 para criar gigantes em infraestrutura, petróleo, etanol e habitação
De Cátia Luz e Patrícia Cançado:
A aquisição da petroquímica americana Sunoco pela Braskem e a associação da ETH Bioenergia com a Brenco, que devem ser anunciadas nesta semana, vão colocar as duas empresas da Odebrecht em outro patamar. A Braskem se tornará a sétima maior do mundo no setor e a ETH, criada há menos de três anos, pode ser a número um no ranking global de produção de etanol e energia produzida com bagaço de cana.
Os dois negócios são importantes por si só. Mas simbolizam um movimento mais amplo da Odebrecht. O grupo procura deixar para trás um passado de empreiteira, com grandes obras públicas, escândalos e embaraços políticos, para investir alto em alguns dos setores mais promissores.
O plano é ambicioso. A Odebrecht pretende investir R$ 25 bilhões em três anos para criar campeões em áreas como petroquímica, petróleo, etanol, infraestrutura e habitação popular. "Nossa força está, principalmente, em tudo que se refere à infraestrutura", afirma Marcelo Odebrecht, neto do fundador do grupo. "Só aí tem um potencial gigantesco, uma demanda de capital absurda." O grupo é provavelmente um dos mais preparados para crescer com a exigência por infraestrutura que virá da Olimpíada e da Copa do Mundo.
Embalada pelos investimentos em torno do pré-sal, a Odebrecht quer transformar também a sua empresa de óleo e gás na maior companhia privada do setor no País. Na área de energia, é acionista relevante da hidrelétrica de Santo Antonio - que, ao lado da de Jirau, são as maiores em construção - e disputa as concessões de Belo Monte, Tapajós e Teles Pires. Isso, sem falar na Braskem, que, além da Sunoco, negocia a compra de outras duas petroquímicas nos Estados Unidos. Leia mais em: O avanço do império Odebrecht
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