Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro fala em briga política na ginástica e ressalta resultados inéditos nos Jogos Olímpicos
Michel Castellar
LANCE
Enviado especial a Londres (ING)
Carlos Arthur Nuzman lamentou briga política (Foto: Reuters)
Próximo do fim dos Jogos Olímpicos de Londres, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro Carlos Arthur Nuzman fez um balanço da participação brasileira na Olimpíada. Ele destacou a estrutura dada aos atletas com o Crystal Palace e ressaltou que "tudo que fosse necessário e pedido foi feito".
Nuzman, que festejou a ocorrência de resultados inéditos, creditou o baixo rendimento da ginástica artística feminina, que não chegou às finais, a uma briga política. Para ele, o conflito pode gerar consequências para a Rio-2016.
- Tivemos resultados inéditos e que traduzem a ampliação daquilo que nós esperamos para poder ter bons resultados em outras modalidades. Acho que a diminuição do que teve na ginástica feminina se deveu por uma briga política dentro da confederação e os atletas foram prejudicados. Essa briga política não temos como evitar. Não temos como nos meter. Isso prejudicou e trouxe dano muito grande à ginástica do Brasil - afirmou Nuzman.
Para ele, o conflito pode gerar consequências para a Rio-2016:
- O que podemos fazer, estamos fazendo. Fizemos o CT no velódromo do Rio. E essa briga continua e vejo que teremos problemas pela frente mas vamos tentar buscar uma solução. Briga política talvez seja um dos maiores problemas que temos hoje em dia nas confederações - analisou o presidente.
O superintendente-executivo do COB, Marcus Vinícius Freire, ressaltou o equilíbrio na briga pelo quadro de medalhas. Ele evitou fazer críticas aos brasileiros favoritos que não cumpriram o esperado e lembrou os investimentos para este ciclo olímpico. Segundo o dirigente, foram investidos R$ 331 milhões da Lei Agnelo/Piva e foram gastos R$ 11,6 milhões em Londres.
- Dos 12 primeiros colocados até agora, sete ganharam menos medalhas que em Pequim, destaque para EUA e China. Tivemos uma pulverização de medalhas, mais países ganharam. Tivemos uma especialização, os países com menos chances de medalhas, estão focando em dois ou três esportes. Não só os nossos atletas não confirmaram mas outros que eram campeão do mundo também não confirmaram. Isso faz parte do esporte - afirmou Marcus Vinícius.
Por fim, Nuzman disse que o trabalho para a Rio-2016 já começou e está sendo feito em conjunto:
- O trabalho para 2016 já começou e nós trabalhamos em conjunto com as confederações, Ministério do Esporte, todo o governo federal. Nossa relação com o Ministério do Esporte é excelente, temos trabalhando junto ao longo desse tempo e vamos aperfeiçoar essa estrutura de treinamento para oferecer as melhores condições aos nossos atletas, especialmente diante da torcida brasileira em 2016 - finalizou o presidente.
Para a Olimpíada de Londres, o COB estipulou uma meta de 15 medalhas, já superada. Neste domingo, o Brasil ganhará a 16ª no vôlei masculino e ainda tem chances de pódio no pentatlo moderno, com Yane Marques.
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